HIERARQUIA DOS BRINQUEDOS FAVORITOS FINAL.

74 2 0
                                    

♠️ Marcelo Clark ♠️

— John pergunta assim que ela sai.

— Assunto meu com ela, John, vou resolver, não se preocupa. Saia, não tenho mais cabeça para mais nada hoje. Preciso pensar no que fazer. Você fica de olho em tudo e qualquer coisa me avisa.

Ele me cumprimenta, arrumando seu terno e deixa o escritório. Sai em seguida para procurar por Erik que ousou me desobedecer.

— Luke, cadê o Erik? Quero saber porque ele voltou sem minha ordem.

— Chefe, Erik havia saído para comprar umas coisas no mercado a pedido de Arlete. E a senhora resolveu que queria voltar. Eu tentei falar com o Erik, mas ela me disse que ela é a patroa e ela resolve quando vai ou fica... Eu liguei para ele informando do nosso retorno. Ele já está caminho daqui. — Relata, suspirando fundo.

— Até que ele volte, fique de prontidão vigiando o quarto dela. Quando ele chega, você faz a troca.

Dei as instruções e voltei para meu quarto. Ela decidiu voltar sem meu consentimento e a presença do Erik, o que essa mulher tem na cabeça? Tenho que ter uma conversa séria com ela. Kozlov ou o que sobrou da Strauss poderia ter interceptado o comboio e a sequestrado, e meu melhor soldado não estava ao seu lado para garantir sua proteção. Ela não tem noção do risco que correu. Além de resolver os planos, garantir a segurança e bem estar dela também é minha prioridade.

As horas se passaram e eu permaneci no meu quarto avaliando os relatórios que John me mandou até a hora do jantar. Tomei um banho e desci. Não vi Valentina.

— Onde ela está, Arlete? — Pergunto ao sentar na mesa.

— A senhora não saiu mais do quarto desde que chegamos, senhor. Fui até lá para levar o almoço mais cedo e ela estava dormindo.

Já passava das 21:00 e ela estava sem comer? Subi para vê-la.
Depois da confusão com Erik em seu quarto, fico surpreso com a atitude dela.
Está finalmente interessada em ficar comigo? Dormir no mesmo quarto e cama?
Aproveitei a oportunidade para conversar sobre sua vinda repentina.

— Valentina, por que voltou para casa sem eu mandar? E pior ainda, sem o Erik.

— Vai brigar de novo? Se vamos ficar separados, por que desejou tanto se casar? Se for para me manter longe, me dá o divórcio e eu volto para minha mãe. — Fala sem desviar o olhar do meu.

— Não é questão de brigar de novo, você tem noção do perigo que correu? Você foi abordada dentro de casa e saiu sem o seu segurança? Onde está o seu juízo? — Indaguei.

— Mas eu estava com os seguranças no comboio, eles poderiam me defender...

— Valentina, eu não quero você saindo por aí sem o Erik. Ele eu sei que é capaz de te proteger e dará a vida por isso se preciso for. — Falei sério e ela revirou os olhos.

— Como te disse, não sei que merda de negócio está se metendo, mas como esposa estou do seu lado, e quero estar o tempo todo. Quero aprender com o melhor, e quem sabe assim podemos dividir a responsabilidade e você ter mais tempo para sua esposa? Pense nisso e depois conversaremos, boa noite.

Em seguida, me deu um beijo casto, se aninhando em meus braços. Fiquei observando-a, meu pensamento de que ela é bipolar pareceu fazer ainda mais sentido. Não demorou para que eu ouvisse sua respiração pesada, indicando que pegou no sono. Sinto vontade de abraçá-la e o faria se não fosse o ferimento. Degustando um misto de prazer e dor, eu também adormeci.

♣ ♥ ♠ ♦ Contínua no próximo capítulo ♣ ♥ ♠ ♦

Sem EscolhaOnde histórias criam vida. Descubra agora