♠ Marcelo Clark ♠
Sorri. Mas sorri com vontade, com uma felicidade indescritível correndo por minhas veias.
Dou dois passos à frente até estar tão próximo que podia sentir o hálito dele em meu rosto. Tem um leve toque de uma das minhas bebidas caras.— Acho que você não está entendendo. Quando eu começar, vai desejar morrer pelas mãos de seu próprio chefe — aviso, num tom bem ameaçador. — Ludwig me contou que um homem com um sorriso de vampiro a abordou e deixou ela bem assustada.
E o resultado em minha ira se volta para o homem. Ele é mesmo um pouco como ela havia descrito.
Quando menciono o nome de Erik, sua expressão finalmente se modifica e posso enxergar o terror em seus olhos.
Até respirei fundo, sentindo um desejo incontrolável de ser capaz de farejar o medo de uma pessoa, os motivos dele.
Recuo ao lugar e seguro a mão de Dave, pressiono o dedo dele contra o gatilho e atiro num dos pés do sujeito.Ele grita "uoooooooo", mas devia ficar satisfeito por não ter sido com minha espingarda.
— John, chame um médico e enfaixe esse pé — peço. — Não quero que ele morra rápido. Dou as costas ao infeliz, girando minha Pump na mão, feliz como não ficava há um bom tempo.
— Alguém sabe como estancar uma hemorragia após decepar o pau de uma pessoa? Descubram isso e me tragam a bolsa de utensílios! Vão ser horas interessantes aqui...
John me chama num canto e me dá algumas informações muito pertinentes sobre o homem na cadeira, o que me faz esboçar um sorriso.
Não demora muito e Ferdinando, um novato que muda de cor ao ver o sangue, traz o que havia pedido e sussurra algo interessante em meu ouvido. Caminho até ele, sem desviar o olhar do maldito.
— Estou sentindo uma felicidade incomum, sabia? — Arregaço as mangas da minha camisa e mexo na bandeja cheia de brinquedos que colocaram sobre a mesa. — Acabo de descobrir que sua filha está na cidade. Quem diria! Agora além de torturar o pai, vou poder usar sua filha como bem desejar.
— Tente, sua "mulher" teve sorte por não ter sido arrombada por mim naquele corredor. Mas eu diria que ela não terá a mesma sorte pelo meu líder.
A risada dele soa sarcástica. Antes de usar qualquer objeto, quero poder extravasar minha raiva no infeliz que tanto fizera sofrer a mulher que eu escolhi.
Pego o soco inglês e com o punho fechado, desço em seu rosto. Agarro seu cabelo e soco de novo, sem deixar que a cabeça do verme se mexesse para não perder muito tempo. E mais uma vez, fazendo seu nariz sangrar ainda mais.
— Você nunca... — outro soco — mais vai tocar... — outro soco e seus dentes banham-se em sangue — numa mulher novamente. Solto ele e sua cabeça pende para frente, de forma que filetes de sangue escorrem em direção ao chão. Ouço sua risada grotesca enquanto abro e fechava minha mão, alongando meus dedos.
— Morrerei tranquilo... — Cospe um dente. — Já você, viverá para vê-la estremecer de medo quando for pega e levada a ele, e feita de seu depósito de espermas. Pela expressão de pavor na festa, me deu muito tesão, e meu chefe gosta exatamente de ver o medo das pessoas, ele vai se deliciar com ela.
Meus dedos se fecham ao redor de um bisturi e me viro para ele, observando-o. Seguro a ponta de sua orelha esquerda e a arranco por inteira, deixando que berrasse de dor.
— Quer continuar contando o que mais seu chefe gosta de fazer? — pergunto, jogando a ponta de sua orelha no colo dele, e dando a volta para arrancar a outra, sem me importar com o sangue em minhas mãos.
— Lógico que suas bolas deixarei por último. Ah! Já sei! Soube que essas mãos imundas tentaram tocá-la.
Vê-lo se contorcer de dor me dá prazer e uma satisfação inigualável. Eu não consigo mais compreender o que ele diz em meios aos gemidos de dor e murmúrios que imploram qualquer coisa que não me interessa. Giro sua cadeira e a empurro até a mesa, esticando sua mão direita sobre ela.
— Ferdinando, uma ajudinha aqui, por favor. E se vomitar vai para a cadeira também. — Meu segurança agarra o braço do filho da puta, que se debate como um covarde. — Ao menos seja homem e mostre mais coragem. Como não sou bonzinho, vou cortar os quatro principais, tudo bem?
Óbvio que não deceparei todos ao mesmo tempo porque seria um sofrimento só de uma vez.
Opto por fazer de um em um, degustando seus gritos horripilantes. Afasto-me um pouco e vejo que o infeliz está em choque.Aperto a garganta do miserável em pontos estratégicos, despertando-o.
— Acorde! Me diga onde está seu chefe!
O bastardo abre os olhos, sorri e encolhe os ombros.
— Ela é... bom... parece ser gostosa e inexperiente, um presente que meu chefe vai amar tomar de você — murmura.
Tomado de indignação e ódio seguro firme o instrumento.
— Marcelo... — John diz, mas é tarde demais.
Me viro num piscar de olhos, cravo a lâmina no peito do cretino e a deslizo para baixo, abrindo-o em diagonal uns quinze centímetros.
Não era minha intensão finalizar rápido assim, mas a expressão de Valentina, tomada pelo pavor naquela noite, me fez pensar nela nas mãos desse maldito.
Valentina será apenas minha e de mais ninguém!— John, faça o favor de entregá-lo na porta da casa de Mikhail Kozlov. Ele vai considerar uma enorme gentileza termos devolvido seu brinquedinho.
— Nem sabemos se foi Kozlov, Marcelo. Esse homem poderia ter nos dado respostas!
— Confie em mim, isso vai dar mais respostas do que precisamos.— Marcelo, isso vai além do que estamos fazendo. Vai acarretar uma sequência de acontecimentos para os quais não estamos prontos ainda.
A preocupação dele é real e eu a entendo, mas estou farto de não ser respeitado, de fazer tudo sempre tão planejado.
Por uma vez na vida quero assistir o caos acontecer.
♣️♥️♠️♦️ Contínua no próximo capítulo ♣️♥️♠️♦️
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Sem Escolha
Romance"Aos dezessete anos, Valentina nunca imaginou que a roleta do destino giraria de forma tão cruel contra sua vida. Quando o próprio pai a oferece como pagamento de uma aposta perdida, Marcelo Clark, um sanguinário mafioso, bate à sua porta para busca...