INVASÃO DA POLÍCIA.

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♥️ Valentina Becker ♥️

Tomar as rédeas na ausência daqueles dois brutamontes parece ter sido a melhor decisão para nós. Estou aliviada por isso, mas a falta de contato com eles me deixa cada dia mais tensa. Sei que ambos sabem se cuidar, mas eu não!

Ainda me sinto insegura mesmo tendo Luke por perto. Nem as leituras conseguem me distrair como faziam antes. Estou em meu quarto comendo, quando ouço um alvoroço lá embaixo, e então saio apressada para ver do que se trata. Deparo-me com um bando de federais invadindo a casa.

— Mas o que está acontecendo aqui?

Vejo Arlete e as demais empregadas todas amedrontadas.

— Minha menina, esses policiais invadiram a casa, mas não tem um mandado.

— Senhora Valentina Clark?

— Sim, sou eu. E quem é o senhor?

— Sou o agente Coulter da procuradoria de investigação especializada em delinquência organizada, da narcóticos.

Ele se apresenta mostrando um distintivo.

— Minha governanta me informou que não tem uma ordem de busca.

— É verdade, mas, preciso fazer algumas perguntas.

Respiro fundo, tentando não mostrar meu nervosismo e relembrar as cenas de filmes policiais que tanto assisti.

— Enquanto não me trazerem a ordem, eu peço por gentileza que saiam da minha casa. É a minha última palavra, eu estou me recuperando de uma gripe forte e preciso descansar.
Eu o confronto e dou sinal para se retirarem.

— Eu vou voltar, tenho instruções explícitas para conseguir o que preciso, e se me forçar, chegarei até às últimas consequências.

Ele se aproxima tentando me intimidar e Luke entra na minha frente.

— Ouviu a dona da casa, agente. Enquanto não tiver um mandado judicial, não a incomode. Vamos senhora, está na hora do seu remédio. Arlete, acompanha ela até o quarto que vou com os policiais até o portão.

— Tudo bem, nos vemos em breve. Com sua licença. — Responde o policial.
Arlete sobe comigo e fico inquieta, esperando pelo retorno de Luke.
Não demora para que ele volte e destrambelho a falar:

— Que merda acabou de acontecer lá embaixo? Fizeram alguma coisa errada que nos comprometesse?

— Valentina, por favor, se acalme. Eu vou averiguar essa situação, mas, pelo que conheço dos homens de Clark, eles não cometeriam essa "rata". Certamente deve ser uma armação dos russos querendo ganhar tempo. A droga que pegamos está escondida no subterrâneo, onde nunca vão achar.

— Drogas! Odeio com toda minha força essa palavra só de ouvir. Quantas famílias são destruídas por essa maldita... Assim que Marcelo voltar, darei um jeito de garantir que ele mude logo de ramo.

***

Se passaram dois dias e não tenho notícia dos dois. Com a liberação das vendas, mediante a um tributo para nós, com meu pulso firme consegui controlar a situação do Brooklyn. Fico feliz com a notícia de que nenhuma criança e adolescentes mais foi vista traficando ou consumindo nas esquinas.

O entra e sai de homens pelo escritório querendo algum tipo de instrução finalmente parece cessar.

Assim, minha atenção volta para a tal câmara secreta de Marcelo.
Puxo o livro e a parede se abre. Assim que entro, aciono o mecanismo para fechar a passagem e sigo escada abaixo.

As luzes nas paredes revelam o caminho que agora olho com atenção, e percebo que a escada é rústica e o guarda corpo de vidro. Ao fim da escadaria, em uma sala ampla, as malas permanecem em cima da mesa.

Aproximei-me e puxo a cadeira, percebo que há um teclado ao lado das malas, contudo, não vejo nenhuma tela.

Eu aperto o enter e, de repente, um projetor lança imagens da casa na parede. Percebo que tudo à minha frente se passa em tempo real. Posso ver cada cômodo e também um carro embicar no portão.

♣ ♥ ♠ ♦ Contínua no próximo capítulo ♣ ♥ ♠ ♦

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