ESTOU SOZINHA, PRECISO LUTAR.

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♥ Valentina Becker ♥

O olhar de Marcelo está tomado pela fúria, seus dedos apertam cada vez mais minha traqueia, e se o droga não fizer logo o efeito esperado... eu vou pagar um preço alto.


— Você vai ser minha essa noite a qualquer custo, Valentina, não vou abrir mão de você!
Seus dedos começam a perder a força, me permitindo puxar o ar que meus pulmões tanto buscam. Sinto o peso do corpo dele cair sobre o meu. Chamo por ele e vejo que, enfim, o efeito acontece... Chamo por Arlete que não demora aparecer.


— Menina... o que você fez? — Pergunta ao ver o homem apagado sem movimento em cima de mim.


— Chame o Erik, preciso dele para me ajudar. Você se livre das provas, e substitua o frasco por outro. — Ela me olha assustada. Dou um sinal para fazer o que pedi.


Com medo, ela vai até à porta e logo Erik também entra e me olha abismado.


— Valentina, o que você fez? E essa marca no seu pescoço? — Pergunta ao se aproximar, medindo a pulsação de Marcelo.


— Evitando a minha desgraça... Tira ele de cima de mim. — Ele faz o que peço. — Deite-o na cama.


Logo começo a despir suas roupas.


— Me ajuda, Erik. — Com a ajuda dele fica mais fácil fazer o que é preciso. Quando Marcelo está da forma que veio ao mundo chega minha vez...


Respiro fundo e tiro a minha roupa, ficando apenas de Lingerie. Assim, me aproximo de Erik.


— Me bata. Marque todo o meu corpo, deixe marcas como Marcelo deixou daquela vez. — Eu peço e ele me olha incrédulo.


— Eu não vou te machucar Valentina, ficou maluca? A convivência com Marcelo está afetando seus juízos?


Sorrio e fico surpresa comigo mesma.


— Estou tentando sobreviver, Ludwig se não tenho ninguém por mim, tenho que lutar sozinha. Se você não deixar a porra do meu corpo marcado, o meu esforço será em vão e o plano não vai funcionar! Então, por favor, faça o que pedi.


Ele não reage e fica me olhando atordoado, e eu preciso disso para que eu tenha êxito. Parto pra cima dele como na primeira vez que me entregou ao Marcelo, dou tapas, chutes e murros. Ele me segura e pede para parar.


— Erik, faça isso por mim, você disse que eu podia contar com você. Então faça, seja violento como Marcelo é comigo e me deixa marcada.


De tanto insistir, ele começa a me dar tapas e apertões por todo o corpo, minha pele arde com os golpes, encontro tristeza, dor, ódio, remorso no olhar de Erik. Marcelo estava furioso e descontrolado enquanto apertava meu pescoço. Embora sei que esteja fazendo ele fazer algo que repudia claramente. É necessário para que ele acredite em seus olhos que o acusaria através de sua memória. Só deixo Erik parar quando me olho no espelho e vejo meu corpo todo vermelho e dolorido...


Só falta uma coisa...


— Ei grandão, preciso que manche o lençol... eu não posso me cortar porque ele desconfiaria. — Peço e então ele finalmente entende meu plano. — Por favor, Erik, me ajuda... não quero me entregar a ele...


— Você é louca... e eu que vivo falando do maldito, sou um monstro... — Ele fala e então pega uma adaga em seu tornozelo, e logo em seguida faz um corte na perna, deixando seu sangue escorrer e formar a mancha tão desejada.


— Você não é um monstro, é meu libertador. Obrigada... agora, volte ao seu posto. Sabe o que fazer amanhã... será a testemunha dos meus gritos de medo e pavor. Ele se afasta e bebo o resto do uísque do meu copo. Logo, sinto os efeitos em meu corpo.


Caminho com dificuldade e sinto o espasmo da dor antes de me deitar ao lado de Marcelo, abraçada a ele.


Erik joga o lençol sobre meu corpo e deixa o quarto.


Retiro as peças intimas e permaneço imóvel, até que o sono vem ao meu encontro.


♣ ♥ ♠ ♦ Contínua no próximo capítulo. ♣ ♥ ♠ ♦


P.S: Postado meus amores! Valentina está aprendendo a jogar ou não? Será que Marcelo encontrou uma jogadora a sua altura? Comentem aí. Quero saber a opinião de vocês. Paz e luz no coração, até o próximo capítulo.

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