É a verdade

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(Edit: Fiz a capa! :D)

Me dói postar desse jeito, mas vai ter que ser assim hj. Sem capa.

Percebi que eu estava procrastinando de postar por causa disso.... Enfim, achei melhor atualizar a fic de uma vez e mais tarde faço a capa que esse cap merece.

Inclusive tb não tive energia de revisar a escrita em muitos detalhes, perdoem qualquer erro por favor.


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— Poti? — Sergipe bateu na porta aberta do escritório do nordeste, chamando atenção do namorado. — Vais ficar mais tempo? Já deu o horário de saída.

Norte pareceu despertar de sua concentração, olhou cansado pro surfista e sorriu.

— Vou sim, fazer hora extra visse. — Virou a cadeira pra encara-lo de frente. — Mas e você Gipe? Não vais ficar mais?

O loiro encolheu os ombros divertido.

— O Sul disse que não precisa. — Se aproximou da mesa do maior, recostando no móvel. — Depois que tu saíste a gente organizou a papelada e distribuiu uma quantidade pra cada dia. Então se eu focar direitinho dá pra fazer tudo no horário de trabalho mesmo. — Sorriu largo. — Aparentemente eu me distraio muito, por isso que acumula. Mas lá no escritório deles é mais fácil de concentrar. — Tocou inconsciente os lábios com um dedo, como se gesticulasse que aquele comentário deveria ser segredo. — Não tem o Maranhão pra vir conversar comigo toda hora também. E é mais silencioso.

RN sorriu divertido, conseguia perceber aquilo. Levantou da cadeira e se espreguiçou levantando os braços. Desceu as mãos em volta do namorado lhe envolvendo num abraço carinhoso. Deu um beijinho na testa dele.

— Então conseguiste se concentrar melhor lá é?

— Sim. — Olhava o maior nos olhos. — Você deveria aceitar mais a ajuda do Paraná visse. Ele é muito organizado nesse tipo de coisa.

O maior desferiu um selinho em seus lábios.

— Vou amanhã. — Respirou fundo, afrouxando o abraço. — Mas hoje quero acabar um negócio antes de sair.

O menor sorriu compreensivo.

— Bem, eu vou indo na frente visse.

— Claro. Ainda estou no meio daquele documento. Vou demorar um pouco.

Norte voltou a se sentar e aproximar da mesa. Sergipe se aproxima dele e lhe dá um último selinho na cabeça.

— Te cuida Poti. Tchau.

O maior sorri para o namorado, observando-o sair.

— Tchau.


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— Tchau guris! Boa noite. — Catarina se levantou de sua mesa, já recolhendo suas coisas. — Até amanhã.

— Tchau guria.

— Tchau Catarina, boa noite pra você também.

Sul e Paraná responderam alegres enquanto observavam a loira sair.

— E então paixão. Como foi trabalhar com o Sergipe? — O menor se aproximou da mesa do barbudo. — Vi que tu liberou ele cedo.

— Bah paixão, o piá não ia render muito mais que aquilo não. Depois do almoço ele estava muito cansado pra pensar em trabalho.... — Olhou pro namorado. — Mas deu pra organizar tudo. — Apontou para as pilhas de papéis na própria mesa. Cada uma distribuída para um dia da semana. — Se ele se concentrar vai dar pra acabar até antes.

O menor observava os post-it coloridos em cada pilha. Sorriu de canto um pouco debochado.

— Que foi paixão? — O loiro perguntou curioso com a expressão do outro. — O que tu achou graça?

— Ah, tu sabe néh. — Olhou maroto. — Tudo isso, todo esse trabalho, é pra que a gente possa transar juntos no final.

O gaúcho colocou a mão no rosto e corou, olhando afiado por entre os dedos.

— Não precisa frasear desse jeito néh guri.

O paranaense deu de ombros.

— Mas é a verdade. — Se aproximou provocativo. — Tu não é tão altruísta quanto gosta de pensar que é. — Sentou no colo alheio.

— Nem tu! — Abraçou a cintura esguia dele. — Eu vi como tu tá te atirando pra cima do meu irmão.

O moreno aproximou sedutor da boca do namorado.

— Pelo menos eu admito o que eu realmente quero. — Beijou-o superficial. — Nunca disse pra ele que minha ajuda seria de graça.

Colaram as bocas. Sul ainda estava relutante com a ideia exposta. Mas era a verdade feia, nua e crua afinal de contas. Beijou um pouco mais agressivo seu par, ele não tinha papas na língua pra falar aquele tipo de coisa. Não era confortável, mas era bom ter alguém que jogasse a verdade na cara quando necessário.

Enroscavam as línguas com vontade, quase travando uma batalha. O maior encerra bruscamente o contato. Agora estava um pouco irritado, pior ainda com o sorriso provocativo do namorado.

— Admite que eu tô certo Sul. — Tocou seus lábios, arrastando a carne para baixo, expondo um pouco os dentes dele. — Tu tá fazendo isso porque tu quer pôr as mãos no Sergipe. — Sorria largo, adorava provocar o namorado. Principalmente sabendo que estava certo. — Ele é adorável mesmo. Quase angelical eu diria. — Olhou de canto se perguntando retoricamente. — Será que eu deveria agir daquele jeitinho inocente pra ti?

O maior vira o rosto pro lado, corando profundamente. Paraná estava muito afiado hoje. Certeiro. O moreno riu divertido, aproximou da orelha exposta e sussurrou sedutor.

— Tudo bem se não quer admitir agora. — Se afastou e desceu do colo alheio. — Mas não finja ignorância.

Rio Grande do Sul apoiou o rosto na mão, cedendo. Somente a linguagem corporal foi suficiente para Paraná, que se afastou serelepe de volta para sua mesa, finalizando as coisas para o dia seguinte. Um pouco mais calmo o gaúcho pergunta.

— Já vai embora piá?

— Sim, não tenho mais nada pra fazer hoje e amanhã quero ver se o Norte não está se enrolando demais nas coisas dele. — Sorriu largo. — Afinal eu quero transar com ele nas férias.

Provocou descaradamente o loiro, que revirou os olhos, voltando a mexer nas coisas em cima de sua mesa, disfarçando o desconforto com as próprias intenções.

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