Cavalheiro

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Vamos comemorar que eu consegui escrever um bom pedaço hj \o/


Aqui mais um cap pra vcs :)

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Assim que Rio Grande do Sul parou no estacionamento Goiás abriu a porta e tentou sair, sendo impedido pelo cinto de segurança. Sua quase saída patética fez Paraná e Matinha soltarem uma risadinha em voz alta e Sul o encarar superior com um sorriso largo no rosto.

— Tchê, acho que se tirar o cinto fica mais fácil de sair.

O goiano estava muito irritado com a tormenta que precisou passar no caminho. Estava transbordando de ciúmes e isso o fazia ficar atrapalhado com tudo. Bufou e desafivelou o cinto de segurança, finalmente descendo da caminhonete. Fechou a porta com força.

— Cuidado sô. Num é o teu carro! — Matinha se aproximou dele um pouco preocupada.

O mais alto controlou os próprios nervos. Forçou um sorriso e ofereceu o braço para a mulher, que aceitou o cavalheirismo e enganchou a mão ali. Olhou para o gaúcho com uma certa agressividade.

— Pra onde é o restaurante?

Paraná se adiantou em responder animadamente.

— É bem ali! — Apontou para atrás das costas do outro e começou a rumar para lá. — Vamos piazada que parece que não tem fila no buffet.

Os quatro rapidamente adentraram o restaurante e ocuparam seus lugares na fila do buffet. Sul e Paraná se serviam mutuamente perguntando em voz baixa se queriam aquilo que estavam com o talher de servir na mão. Bem casalzinho meloso. Goiás olhava aquilo com inveja, queria ter mais daquele tipo de proximidade com Matinha. Tomou coragem e fôlego para oferecer algo para a morena quando a viu estendendo o prato e sendo servida pelo gaúcho.

— Obrigada Sul, ocê é muito cavalheiro.

Irritado e se mordendo de ciúmes o goiano se recolheu à sua insignificância, sem antes fuzilar o loiro com ódio. Mas não queria causar escândalo ali. Paraná viu a avalanche de emoções do cantor e se compadeceu um pouco. Ele estava caindo direitinho na jogada do namorado, mas aquilo ali particularmente não foi nada de mais. Ofereceu alguma coisa para demonstrar que não era um gesto tão especial assim.

— Quer Goiás?

Viu claramente a quebra de concentração do maior.

— S-sim. — Estendeu o prato. — Gradicido Paraná.

Já servidos o grupo se apossou de uma das mesas disponíveis. Com os casais sentados lado a lado com seus respectivos pares. Portanto Sul estava de frente para Matinha e Paraná para Goiás.

— Vocês vão querer alguma coisa pra beber? — RS tomou a liderança, iria falar com o garçom em nome da mesa.

— Eu vou querer uma água com gás, gelo e limão no copo. — A mulher falou primeiro.

— Pra mim uma coca mesmo. — Paraná foi o segundo.

Sul olhou para Goiás, esperando o pedido dele.

— Um suco de laranja.

O barbudo sorriu de lado, desconcertando o cantor. Não deu tempo de raciocínio para ele pois logo chamou o atendente e fez o pedido. Em seguida Matinha puxou assunto.

— Intão, como estão as coisas coceis?

— Estão bem guria. — Sul colocou uma garfada na boca e falou de boca cheia mesmo. — Sergipe tá progredindo bem nas coisas dele. Cada vez tenho que ajudar menos.

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