Também quero

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— Com esse documento acabou o expediente Sergipe, pode ir embora. — Sul falou em voz alta enquanto ainda tinha os olhos no último papel em suas mãos.

Paraná já parou o que fazia para observar o namorado com o nordestino, dado os últimos acontecimentos, queria ver o nível de lerdeza do maior.

— E-eu vou ficar mais um pouco se não tiver problema Sul. — O surfista pediu um pouco atrapalhado.

— Claro piá. — O gaúcho estava surpreso, geralmente o menor saía assim que era liberado. — Fica à vontade guri. — Sorriu simpático para ele. — Se quiser pode ir organizando as coisas de amanhã. — Ofereceu distraído, quase deixando passar o olhar prolongado do menor sobre si. Abriu mais o sorriso e falou baixinho. — Ou pode vir aqui um pouquinho. — Deu dois tapinhas maliciosos na própria coxa fazendo-o corar.

Sergipe definitivamente estava embaraçado, mas não queria deixar a oferta ser desperdiçada. Sabia que se quisesse mesmo alguma coisa tinha que também dar seus próprios passos naquela direção. Tentou ser discreto ao conferir Catarina, ela parecia já se arrumar para sair. Um sorrisinho mal disfarçado surgiu nos lábios do surfista.

— Tchau guris! — A loira se despediu com um aceno amplo. — Até amanhã. E se comportem. — Olhou afiada pro nordestino, deixando-o saber que ela havia sim notado suas intenções. Fê-lo corar mais.

— Tchau guria. — Sul cumprimentou simpático e na cara de pau, ela o conhecia demais para fingir que não tinha nada rolando ali.

— Tchau Catarina! — Paraná exclamou de seu lugar. — Ainda te amo daí! — Acenou de volta com um sorriso divertido no rosto, gostava de implicar com ela.

SC revirou os olhos enquanto Sergipe se limitava a se despedir com um aceno de cabeça. Finalmente a mulher foi embora e sabiamente fechou a porta atrás de si.

— E aí guri? Vem aqui ou não? — O gaúcho não perdeu tempo, falou aquilo com um sorriso safado estampado no rosto.

Paraná observava enquanto o loirinho se levantava devagar de seu lugar e contornava a mesa indo de encontro ao barbudo. Eles ainda tinham que tirar o atraso afinal de contas. Assim que o nordestino sentou no colo dele o moreno se levantou de seu lugar.

— Também quero paixão! — Se aproximou rapidamente dos dois.

— Se o Gipe deixar eu abro espaço pra ti paixão.

SE ficou incandescente com a responsabilidade de decidir aquilo. Paraná o abraçou insinuante.

— Eu posso Gipe? — O beijou a bochecha encarando intensamente seus olhos.

O loirinho desviava o olhar repetidamente, mas sempre voltava a encara-lo de volta. Acabou assentindo encabulado. Estivera tão fixado no gaúcho que praticamente tinha esquecido que Paraná também lhe queria. O menor imediatamente o beija na boca já pedindo passagem com a língua.

Enroscaram-se necessitados, um em cada perna do gaúcho, que os assistia de perto com toda sua atenção. Sul estendeu as mãos e pegou a bunda dos dois ao mesmo tempo, os sentindo intimamente, provocando e explorando todo o lugar que conseguia alcançar. Suas costas, pernas, barriga, cintura....

Os três podiam sentir suas intimidades querendo reagir a todos aqueles estímulos. Como num consenso param, era o momento de decidir se continuariam ou não aquilo.

Sergipe tem o olhar embriagado de prazer, era seu corpo pedindo reposição do que havia lhe faltado nos últimos dias. Paraná sorria maroto, não se importava nem um pouquinho de continuar e se desse iria até o final sem o mínimo problema. Sul tentava se manter mais sóbrio, mas estava difícil, muito difícil.

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