É segredo é?

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— Bom dia, bom dia! — Norte chegou no nordeste cumprimentando todo mundo com bom humor na voz.

Recebeu várias respostas embaralhadas dos colegas.

— Fala aí Norte! Tá de bom humor hoje? — Pernambuco se aproximou sorridente do amigo.

— Sim! — Respondeu alegre. — Finalmente aquele problema do fim de semana foi resolvido visse! E nada como uma boa noite de sono também.

— Isso é a mais pura verdade!

— Bom dia Norte! — Maranhão se aproximou na mesma energia.

— Fala meu bom! — Trocaram toques de mão.

— Visse. Preciso falar contigo. — MA olhou para o mais velho. — Depois.

— Que foi cabra? É segredo é? — Pernambuco não deixou passar.

— Nem tudo é sobre você Buco. — O potiguar interferiu dando um peteleco no braço dele.

— Arre homi! Tah bom! Eu saio pras fuxiqueira conversarem em paz. — PE se afastou levemente ofendido de ser deixado de fora. Foi reclamar com Ceará do outro lado da sala.

Norte e Maranhão observavam enquanto o do bigode saía.

— Fala aí Mara, o que foi?

— O Buco tá pensando umas coisas de tu e Gipe.

RN controlou a expressão do rosto, mas estava preocupado.

— É o que?

— Na sexta parece que ele viu o Sergipe enquanto tu estavas na copa.

— Eita pílula! — Precisou colocar a mão na boca.

— Agora ele acha que tu estás traindo o Gipe. — Se aproximou e falou mais baixo. — Com o Paraná. — O maior precisou rir da ironia e de nervoso. — Já que tu brigasse com o Sul e tudo mais. Eu tentei dizer que não, mas não sei se funcionou muito. — MA olhou para a cara do maior. — Agora disfarça melhor a tua cara homi, assim ele vai saber que eu te contei as coisas!

— Calma! Eu preciso pensar no que fazer! — Parou um momento. — E a Bahia?

— Não sabe de nada. Ele disse que não vai contar.

O potiguar suspirou um pouco aliviado.

— Acho que até ele tem noção do perigo....

— Eu faria alguma coisa visse, isso não vai durar pra sempre. Uma vez que ele tiver certeza das coisas vai direto contar pra ela.

— Eu sei! Eu vou pensar em alguma coisa visse. Obrigado por me contar Mara. — Trocaram outro toque de mão.

— Só fica esperto homi.


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— Bom dia gurizada! — Paraná chegou depois de todo mundo.

— Bom dia paixão. — Sul respondeu com um sorriso sendo imitado por Sergipe.

— Bom dia.

— Bom dia Paraná. — Catarina também respondeu simpática. — É raro tu te atrasar assim. Aconteceu alguma coisa?

— Ai guria, me distrai ontem à noite e dormi tarde daí perdi o horário hoje de manhã.

— Tava fazendo o que piá? — O gaúcho perguntou curioso.

Viu o namorado abrir um sorriso safado.

— Tava fazendo uma lista de compras que eu e o Sergipe vamos comprar amanhã.

Ao ouvir seu nome o nordestino fica mais atento à conversa. Percebendo isso o menor se aproxima dos dois abrindo alguma coisa no celular. Vira o aparelho para eles. A reação é imediata, Sul quase cospe o mate que tomava e Sergipe fica incandescente.


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— Uai sô. Ocê por aqui? — Matinha estranhou o gaúcho entrando no escritório do centro oeste. Ainda assim lhe ofereceu um sorriso. — Achei qui num ia mais aparecê antes das suas férias.

— Não estou aqui pra isso guria. — Lançou um olhar significativo para Goiás. — Apesar de achar interessante. — Sorriu de lado, mas logo voltou à sua pose de colega de trabalho, estendendo um papel para a morena. — Tem mais esses documentos aqui pra ti.

Goiás percebera a atenção sobre si, mas se limitou a desviar o olhar contrariado. Não conseguiu evitar de ficar muito ciente do loiro no ambiente. Cada passo, cada gesto e sua voz baixa tratando de assuntos burocráticos com sua namorada. Era irritante.

O cantor forçou-se a focar no próprio trabalho. Só viu que o gaúcho queria falar consigo quando o mesmo estava praticamente se inclinando em cima de sua mesa, olhou assustado para cima.

— Calma tchê, eu já falei que não mordo. — O sulista sorria largo fazendo o goiano ficar embaraçado. — Tu tem que assinar isso aqui também. — Depositou um documento diante do cantor.

Goiás viu o papel um pouco atrapalhado, leu e assinou onde precisava. Pegou e estendeu a folha pro gaúcho, que fez questão de esbarrar em sua mão ao reaver o documento fazendo-o ter outro sobressalto e ficar novamente super consciente do barbudo na sala. É claro que Sul fazia aquilo de propósito, via o sorriso maroto dele.

Uma notificação chega no celular do sulista, ele rapidamente olha e sua expressão fica estranhamente séria.

— Tchê eu tenho que ir, mais tarde busco o resto da papelada.

— T-tudo bem. — Goiás respondeu atrapalhado por causa da mudança repentina do humor do outro, não sabia como reagir.

— Oqui foi Sul? — Matinha viu a movimentação do amigo, mas sua pergunta chegoutarde demais, ele já estava saindo apressado pela porta.




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Cap curtinho hj pq o corte dramático tinha que ser aqui mesmo haha

Fico feliz em anunciar que estou fazendo bastante progresso em 'Origens' :) escrevi umas 3000 palavras esses dias, só não posto pq está no meio do hot (só se quiserem a coisa toda aos pedaços, me deixem saber). Mas logo, logo sai cap novo.

Falando nisso acho q vou realmente precisar separar 'Origens' e 'Prenha?!' em duas fics novas..... essas tão rendendo visse.

Finalizando a enquete de sugestão de cena pra desenho (se alguém chegar atrasado comenta mesmo assim, vai q ainda rola...?). Os melhores:

Uma composição fofinha dos 4 formando um coração com os braços.

O abraço triplo dos Rio Grande e Paraná.

Uma de 'causos' quando Matin e Minas aceitam a proposta e vão sentar na mesa do Sul e PR.

A vez que o Paraná empurra Sergipe no chão/colo do Sul.

Gostei de todas e acho que vou fazer pelo menos um rabisco de cada. Dito isso não me comprometo a finalizar nenhuma hahahaha. ;-;

RepetecoOnde histórias criam vida. Descubra agora