CAPÍTULO 5

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PIETRO SANTORINI

- Aqui, costuma ter muita gente ocupando o mesmo espaço. Por sorte, não tem muitas pessoas nas ruas, agora. - Igor comenta enquanto olha através da jenela do carro ao seu lado, as ruas do lado de fora.

- Eu ouvir falar que a Índia é o país mais populoso do mundo. Não sei se me adaptaria bem, em lugar tão cheio de gente. - Digo, com minha cabeça apoida no banco do carro. E com os meus olhos fechados, tentando relaxar o máximo possível.

- É, isso mostra que você é um antissocial. Mesmo estando com Mariana, você sempre me pareceu um um homem solitário. - Não dou muita importância ao que Igor afirma. Pois, escuto uma gritaria vindo do lado de fora, que chama minha atenção de imediato.

- Que barulho é esse? O que está acontecendo? - Abro os olhos buscando ver de onde estão vindo os gritos lá fora.

- Senhor, me parece ser alguém que está agredindo uma mulher. - Rajan respondeu, diminuindo a velocidade do carro.

Nesse instante vejo exato momento em que um homem chuta uma garota caida na rua, como um covarde que ele é, por está batendo em uma mulher, que mais parece ser uma menina indefesa.

- Rajan pare o carro! - Grito me vendo pulando para fora do carro, e logo em seguida acertando a cara do covarde, com um soco.

Assim que ele cai no chão ao lado da garota que  desmaiou, talvez pelo golpes que recebeu desse covarde. Uso toda a minha força para chutar o desgraçado do mesmo jeito que ele estava chutando ela agora pouco.

- Anda! Levanta daí! Vem me bater como estava batendo nela - O incentivo a se erguer e vim me enfrentar. Mas o homem apenas olha para mim, sem sair do lugar.

- Foi o que eu pensei - Murmuro desanimado, por não continuar tendo a chance de socar a cara de um covarde.

Escuto Igor, e Rajan falarem algo em Indu. Mas não dou ouvidos para o que os dois, estão falando. Vou até onde a garota está desacordada e me abaixo para tirar ela do meio da rua. Logo que pego ela em meus braços estranho o quão leve ela é.

- Pietro, o que deu em você? - Igor, questionou parando na minha frente. Ele segura o meu braço tentando me impedir de passar com a menina. Mas me livro de sua mão sem fazer muito esforço.

Meu advogado olha para garota e depois para mim, espantado. Nem eu acredito que no que acabei de fazer também.

Não acredito que acabei arranjando um combate em país desconhecido, por uma garota desconhecida.

- Igor, você fica aqui e arruma essa bagunça que eu fiz. Se for preciso, assione a polícia e não permita que eu seja preso, entendeu? Já Rajan, vai me levar para casa e me ajudar a tomar conta da garota, enquanto você não voltar pra casa. - Explico deixando um Igor completamente desacreditado, para trás.

Em silêncio sigo até o carro com a menina em meus braços, enquanto Rajan também caminha logo atrás de mim, pois sei que ele quem está me seguindo, como eu disse. Rajan, abriu a porta do veículo e me ajudou entrar dentro dele com a menina, que não se mexeu para nada, me deixando preocupado com o fato dela estar desacordada.

Passo a observar os traços finos e delicados do rosto dela, que está apoiado em meu peito, percebendo que apesar dele ser frágil como uma pena. Também é bonito como de uma pantera negra, que a prestes a lutar pelo o que quer, usando suas garras de felina.

- Senhor, já estamos chegando. Na casa, tem uma cozinheira que também será responsável por a limpeza, enquanto os senhores estiverem aqui. Não será melhor levar ela para um hospital? - Sugeriu Rajan.

Noto que começa  a aparecer uma mancha roxa ao redor, do seu olho esquerdo.

- infelizmente, ela vai ter que se contentar com a minha ajuda, sem a participação de um hospital. Podemos chamar um médico. Quando chegarmos ligue para um, e peça para que venha me atender. Diga a ele, que eu pago bem!

- Irei fazer como o senhor deseja. Mas é bom que senhor saiba que estamos em país mais conservador. Talvez seja melhor, que ninguém saiba, que ela está com o senhor. Ela pode sair prejudica se  as pessoas souberem disso. - Rajan me alertou me fazendo lembrar onde estou.

- Então, tenho mais um motivo para não levá-la em um hospital daqui.  - Digo, vendo que Rajan entrou em uma rua, de casas sofisticadas. Bem diferente de tudo que eu já vi, no Brasil.

Quero dizer...a arquitetura.

- Pronto! - Rajan para de dirigir, e me ajuda sair com a menina pra fora do carro.

Logo uma mulher que eu não sei quem é ainda, vem até nós preocupada com menina em meus braços. Ela fala algo que eu não entendo. Mas que o motorista responde deixando a senhora a sombrada com sua resposta.

- Me mostre onde colocar ela - Falo em inglês com a mulher, antes de apontar para em meus braços.

- Sim, senhor! Por aqui! Estava a sua espera! Meu nome é maya. - Responde em inglês, e aponta pra dentro da casa.

- Maya, entendi. Vá na frente.  - Peço a seguindo quando ela começa a andar pra dentro da casa, como eu pedi que fizesse.

- Senhor, já vou chamar o médico  - Rajan diz, também me seguindo.

- Sim, faça isso! - Respondo entrando de um quarto qualquer.

- Aqui, coloque a menina deitada na cama - Faço o que Maya pede.  - Ela vai ficar bem, senhor? - Perguntou Maya que me olha aflita.

- Acho que sim! Me traga um copo de água, e um remédio pra dor. - Pedi sentindo minha mão, começar a doer.

- Volto logo! - Maya fala antes de me deixar sozinho dentro do quarto com a garota. Sem saber o que fazer olho para ela, e sento em uma poltrona ao seu lado, na cama.


Aruna No Âmago Do CeoOnde histórias criam vida. Descubra agora