CAPÍTULO 10

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ARUNA

O carro com o americano parte e eu aproveito esse momento para entrar em casa

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O carro com o americano parte e eu aproveito esse momento para entrar em casa. Sou recebida pelos os meus pais e mãos, com beijos e abraços apertados. Meus irmãos choram já os meus pais, eles dizem que estavam preocupados comigo. O que não duvido que seja verdade, pois sei que me amam.

- Eu estou bem! Estou bem. - Falo quando eles todos me soltam.

- Um homem veio e explicou para nós onde você estava, e tudo o que aconteceu. Nós ficamos aflitos, mas não podíamos ir até onde você estava.  - Minha mãe explicou.

- Mas eu ainda andei andando lá perto. Queria ver se via você. Só que não pude ver nada. - Meu Pai disse.

- Eu fiquei o tempo todo dentro do quarto. Estava ferida. - Falei tocando o meu rosto que ainda está machucado.

- Devia ter me ouvido quando eu falei pra você não trabalhar aquela hora.  - Lembra minha mãe.  - Agora só vai trabalhar no horário que a gente for catar lixo, também.  - Afirmou preocupada com o meu bem estar.

- Por enquanto eu não vou mais ao lixão  - Meus me olham confusos. - O americano que me salvou me ofereceu um emprego, e eu aceitei. Lá vou poder ganhar mais dinheiro. - Sorri pensando no quanto trabalhar perto do americano vai ser magnífico.

- Como assim filha? - Minha mãe questionou com desconfiança.

Tive explicar algumas coisas para ela e o porquê de ter aceitado trabalhar para o americano. Meu Pai disse que talvez fosse perigoso para mim e que era para ficar atenta a qualquer coisa que pudesse me ferir novamente. No entanto, ele também afirmou que ia me acompanhar todos os dias, até o meu trabalho. Por fim, só fui liberada por eles quando os dois ficaram satisfeitos com a toda a minha explicação.

- Olha, filha! o tempo do festival das cores, já está chegando - Minha mãe fala completamente entusiasmada.

O Holi é uma festa importante para os hindus. Quer dizer, faz parte da nossa cultura é um festival alegre e cheio de cores. Pois todos jogam tintas coloridas, uns nos outros durante esse período do festival.

- Quero muito sair nas ruas nesse dia - Falo pensando em como vou atacar e abraçar os meus irmãos durante o Holi.

- Sim! todos nós vamos! - Minha exclama sorrindo.

(...)

- Chegamos filha  - Meu pai diz, assim que paramos na frente da casa do americano.

- No fim do dia, o senhor pode vim me buscar. Depois eu vou ver com o patrão, o horário de saída.  - Falo.

- Tudo bem! Depois eu volto para pegar você. Agora eu vou indo, porque sua e irmãos já foram lá pro lixão.  - Meu pai disse saindo da minha frente. Ele saiu andando muito rápido.

Assim que eu entro na casa encontro Maya na sala.

- Menina é você! Eu já sei que vai ficar por aqui junto comigo. Confesso que gostei muito da ideia do senhor Pietro.  - Maya disse contente em me ver.

- Eu também! Mas o que eu vou fazer por aqui Maya? - Pergunto.

- Que tal me ajudar a cozinhar? Minha comida não é tão gostosa. Você sabe cozinhar querida? - Ela questionou enquanto me arrasta em direção a cozinha da casa.

- Sei! Sei cozinhar muitas coisas. Mas não posso dizer se são boas. - respondi com modéstia.

- Aposto que o seu tempo é uma maravilha! Vamos primeiro fazer o café da manhã, para os patrões. Aliás, por aqui agora tem café. Prefiro o nosso típico chá. - Maya conversa e eu apenas a escuto tagarelar.

Começamos cozinhar as coisas para o café e assim que tudo ficou pronto colocamos na mesa. Quando o americano e o advogado desceu para comer, eles me cumprimetaram sendo igualmente gentil,  mas não conversaram muito. Sabendo que o meu lugar não era junto com os dois. Voltei para cozinha juntamente com Maya que fala sobre o quanto a comida parecia deliciosa.

Eu também comi da comida que fiz, e quando acabei não demorei muito para ir limpar a mesa onde os dois homens comeram. Notei que o americano foi para um cômodo da casa que ele denominou de escritório. Já o advogado saiu pela porta da frente, informando ao loiro que não tinha hora de voltar.

O senhor Pietro, como Maya gosta de chamar o americano. Ficou trancado no escritório até a hora do almoço. Assim que ele almoçou voltou novamente para lá, e não saiu mais. O que por algum motivo me deixou desanimada.

- Maya, qual o meu horário de ir embora? - Pergunto a ela, pois não tive a chance perguntar diretamente ao americano.

- Menina, pode sair daqui, no horário que preferir. O patrão disse, que você é quem determina o seu horário  só peço que chegue sedo durante amanhã. Pois o café da manhã, precisa estar pronto antes deles acordarem.  - Falou me pedindo para chegar cedo.

- Entendi. Não se preocupe! Vou chegar cedinho aqui. - Falei

- Tia Maya, o pai da menina Aruna está ai fora. - Rajan falou adentrando a cozinha.

- Ele veio me buscar! Maya eu já vou indo! Realmente não tem problema eu levar essas coisas para minha casa? - Pergunto mostrando a sacola com comida a ela.

- Não, não tem. Querida pode ir! Depois aviso o senhor Pietro sobre sua saida. Pode ficar tranquila.  - Ela falou e eu assenti saindo da casa.

- O pai! - Entreguei a sacola para ele.

- Oi filha! O que tem aqui? - Perguntou tentando adivinhar o que tem dentro da sacola.

- Comida. Comida boa, e fresquinha. Vocês vão adorar.  - Falei me referindo ao restante do pessoal de lá de casa.

- Ah! Isso é bom! Muito bom! Sabe que passamos o dia fora de casa. Não ia ter nada para comer, quando a gente chegasse.

Ele diz e fomos caminhando para casa, enquanto conversávamos sobre como foi o meu dia, no trabalho. Quando chegamos fui direto para o canto onde durmo, me sentindo desapontada por não ter tido muito contato com o americano.

Logo esse dia se tornou rotina em todos os outros. O que eu não reclamo já que ganho muito bem! É só que....sinto que o americano está me evitando. Ele continua sendo gentil, mas é só isso! Cordial, e educado comigo!

De resto, sinto em meu coração. Que a minha presença vem sendo ignorada por ele.

Aruna No Âmago Do CeoOnde histórias criam vida. Descubra agora