ARUNA
O carro com o americano parte e eu aproveito esse momento para entrar em casa. Sou recebida pelos os meus pais e mãos, com beijos e abraços apertados. Meus irmãos choram já os meus pais, eles dizem que estavam preocupados comigo. O que não duvido que seja verdade, pois sei que me amam.- Eu estou bem! Estou bem. - Falo quando eles todos me soltam.
- Um homem veio e explicou para nós onde você estava, e tudo o que aconteceu. Nós ficamos aflitos, mas não podíamos ir até onde você estava. - Minha mãe explicou.
- Mas eu ainda andei andando lá perto. Queria ver se via você. Só que não pude ver nada. - Meu Pai disse.
- Eu fiquei o tempo todo dentro do quarto. Estava ferida. - Falei tocando o meu rosto que ainda está machucado.
- Devia ter me ouvido quando eu falei pra você não trabalhar aquela hora. - Lembra minha mãe. - Agora só vai trabalhar no horário que a gente for catar lixo, também. - Afirmou preocupada com o meu bem estar.
- Por enquanto eu não vou mais ao lixão - Meus me olham confusos. - O americano que me salvou me ofereceu um emprego, e eu aceitei. Lá vou poder ganhar mais dinheiro. - Sorri pensando no quanto trabalhar perto do americano vai ser magnífico.
- Como assim filha? - Minha mãe questionou com desconfiança.
Tive explicar algumas coisas para ela e o porquê de ter aceitado trabalhar para o americano. Meu Pai disse que talvez fosse perigoso para mim e que era para ficar atenta a qualquer coisa que pudesse me ferir novamente. No entanto, ele também afirmou que ia me acompanhar todos os dias, até o meu trabalho. Por fim, só fui liberada por eles quando os dois ficaram satisfeitos com a toda a minha explicação.
- Olha, filha! o tempo do festival das cores, já está chegando - Minha mãe fala completamente entusiasmada.
O Holi é uma festa importante para os hindus. Quer dizer, faz parte da nossa cultura é um festival alegre e cheio de cores. Pois todos jogam tintas coloridas, uns nos outros durante esse período do festival.
- Quero muito sair nas ruas nesse dia - Falo pensando em como vou atacar e abraçar os meus irmãos durante o Holi.
- Sim! todos nós vamos! - Minha exclama sorrindo.
(...)
- Chegamos filha - Meu pai diz, assim que paramos na frente da casa do americano.
- No fim do dia, o senhor pode vim me buscar. Depois eu vou ver com o patrão, o horário de saída. - Falo.
- Tudo bem! Depois eu volto para pegar você. Agora eu vou indo, porque sua e irmãos já foram lá pro lixão. - Meu pai disse saindo da minha frente. Ele saiu andando muito rápido.
Assim que eu entro na casa encontro Maya na sala.
- Menina é você! Eu já sei que vai ficar por aqui junto comigo. Confesso que gostei muito da ideia do senhor Pietro. - Maya disse contente em me ver.
- Eu também! Mas o que eu vou fazer por aqui Maya? - Pergunto.
- Que tal me ajudar a cozinhar? Minha comida não é tão gostosa. Você sabe cozinhar querida? - Ela questionou enquanto me arrasta em direção a cozinha da casa.
- Sei! Sei cozinhar muitas coisas. Mas não posso dizer se são boas. - respondi com modéstia.
- Aposto que o seu tempo é uma maravilha! Vamos primeiro fazer o café da manhã, para os patrões. Aliás, por aqui agora tem café. Prefiro o nosso típico chá. - Maya conversa e eu apenas a escuto tagarelar.
Começamos cozinhar as coisas para o café e assim que tudo ficou pronto colocamos na mesa. Quando o americano e o advogado desceu para comer, eles me cumprimetaram sendo igualmente gentil, mas não conversaram muito. Sabendo que o meu lugar não era junto com os dois. Voltei para cozinha juntamente com Maya que fala sobre o quanto a comida parecia deliciosa.
Eu também comi da comida que fiz, e quando acabei não demorei muito para ir limpar a mesa onde os dois homens comeram. Notei que o americano foi para um cômodo da casa que ele denominou de escritório. Já o advogado saiu pela porta da frente, informando ao loiro que não tinha hora de voltar.
O senhor Pietro, como Maya gosta de chamar o americano. Ficou trancado no escritório até a hora do almoço. Assim que ele almoçou voltou novamente para lá, e não saiu mais. O que por algum motivo me deixou desanimada.
- Maya, qual o meu horário de ir embora? - Pergunto a ela, pois não tive a chance perguntar diretamente ao americano.
- Menina, pode sair daqui, no horário que preferir. O patrão disse, que você é quem determina o seu horário só peço que chegue sedo durante amanhã. Pois o café da manhã, precisa estar pronto antes deles acordarem. - Falou me pedindo para chegar cedo.
- Entendi. Não se preocupe! Vou chegar cedinho aqui. - Falei
- Tia Maya, o pai da menina Aruna está ai fora. - Rajan falou adentrando a cozinha.
- Ele veio me buscar! Maya eu já vou indo! Realmente não tem problema eu levar essas coisas para minha casa? - Pergunto mostrando a sacola com comida a ela.
- Não, não tem. Querida pode ir! Depois aviso o senhor Pietro sobre sua saida. Pode ficar tranquila. - Ela falou e eu assenti saindo da casa.
- O pai! - Entreguei a sacola para ele.
- Oi filha! O que tem aqui? - Perguntou tentando adivinhar o que tem dentro da sacola.
- Comida. Comida boa, e fresquinha. Vocês vão adorar. - Falei me referindo ao restante do pessoal de lá de casa.
- Ah! Isso é bom! Muito bom! Sabe que passamos o dia fora de casa. Não ia ter nada para comer, quando a gente chegasse.
Ele diz e fomos caminhando para casa, enquanto conversávamos sobre como foi o meu dia, no trabalho. Quando chegamos fui direto para o canto onde durmo, me sentindo desapontada por não ter tido muito contato com o americano.
Logo esse dia se tornou rotina em todos os outros. O que eu não reclamo já que ganho muito bem! É só que....sinto que o americano está me evitando. Ele continua sendo gentil, mas é só isso! Cordial, e educado comigo!
De resto, sinto em meu coração. Que a minha presença vem sendo ignorada por ele.
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Aruna No Âmago Do Ceo
RomancePietro Santorini é um magnata da agroindústria brasileira, que se sente satisfeito por ter se tornado um Ceo, ligado ao agronegócio em seu Pais. No entanto, o que ele não imagina é que fará um acordo que o impedirá de garantir a felicidade da mulher...