CAPÍTULO 6

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ARUNA

Abros os recordando de tudo que aconteceu comigo e que não foi só um pesadelo mais sim, algo, bem real

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Abros os recordando de tudo que aconteceu comigo e que não foi só um pesadelo mais sim, algo, bem real. Me pergunto onde estou  assim que começo a olhar tudo ao meu redor deduzindo que não conheço esse lugar e que nunca estive aqui antes. Noto que as coisas ao meu redor parecem luxuosas demais tudo distante da realidade em que vivo o que me faz indagar a mim mesma, se não fui mais uma vítima do tráfico de mulheres, levada para longe da minha família. Isso sim, seria pior que um sonho ruim.

- Finalmente você acordou. - Ouço alguém dizer fazendo com que eu fique assustada, pois posso ser agredida outra vez, sem nenhum motivo.

Busco pela voz da pessoa que falou comigo e fico ainda mais apavorada quando vejo sentado ao meu lado, em uma poltrona. Um homem olhando para mim com expressão de alívio em seu rosto desconhecido.

- Seu ombros estão tremendo menina. Não vou te machucar. Não precisa ter medo de mim. Meu nome é Pietro Santorini, você está na minha casa. - Explica me dizendo o seu nome.

Acho que eu já vi ele antes, mas não recordo qual o lugar. De onde eu o conheço? Ele não é indiano, isso eu tenho certeza. Já que sua postura  e as roupas são diferentes das daqui.

Ah, já sei! Ele é o americano que eu vi naquela revista famosa, enquanto trabalhava no lixão,  lembro. Mas espera aí...como foi que eu vim parar na casa dele? Aliás, como ele veio parar tão perto de mim? Será que realmente eu não estou mais no meu país. Pois pelo que entendi lendo a entrevista da revista, é que esse homem é brasileiro. Estou confusa, morrendo de medo, e também estou sentindo dor, praticamente no corpo todo.

- Certo! Você não deve entender o que eu estou falando. Vou chamar Maya, pra falar com você. - Ele diz, e quando vai se levantar eu falo.

- Como eu vim parar aqui? Ainda estamos no meu país? - Minhas perguntas mais parecem sussuros fracos. Pois não encontro energia em minha voz. Me sinto bastante fraca.

- Menina, é um alívio para mim saber que conseguiu me entender. Estamos na Índia. Eu trouxe você para minha casa, depois que eu te salvei, do homem que estava batendo em você.

Dessa vez sou eu quem, fica aliviada. Não fui traficada como pensei.

- Obrigada - sussuro.  Suspirando aliviada.

- Eu mandei chamar um médico pra examinar você. Ele já te viu, mais como você estava desacordada, ele está lá fora te esperando acordar, pra te examinar melhor. Vou chamar ele. - Disse, saindo do quarto.

No entanto, logo o americano não demorou pra voltar com o médico junto dele. O doutor me examinou e fez algumas perguntas dizendo ao meu salvador, que eu vou ficar bem, mas que estou com uma pequena desnutrição.

- Eu vou pedir pra alguém comprar esses remédios e as vitaminas - Antes de ir embora o médico de uma receita de remédios, ao americano.

- Não, não faça isso. Eu não tenho dinheiro para pagar, por esses medicamentos. Além disso, eu preciso ir para casa. Meus pais devem estar preocupados comigo. Já era para mim, está em casa. - tento explicar aborrecida com a minha situação.

- Não precisa se preocupar com dinheiro. Basta tentar melhorar. Quanto ao que disse sobre seus pais. Vou pedir a Rajan para informar a eles que você está bem. Assim, que melhorar levo você para casa. Só não se preocupe com dinheiro.

- Por que está sendo tão bom comigo? - Tento levantar da cama que estou deitada desde acordei, mas falho ao sentir dor na minha barriga.

- Calma, tenta ficar quieta. Se você sentir mais mais dor, eu não vou saber o que fazer pra te ajudar  - Sem que eu espere o americano vem até a cama onde estou, e me ajuda a ficar sentada. Ele pega um travesseiro e põe atrás da minha cabeça, tomando cuidado pra não me machucar.

Minha vontade inicial foi de me afastar assim que ele veio para cima de mim. Mas a preocupação em sua voz, e os seus toques suave. Me fizeram relaxar quase que de imediato.

- Acho que nenhum homem chegou tão perto de mim  - Falo vendo ele se afastar de mim, no exato momento em que deixo escapar isso da minha boca.

- Desculpe! Eu não queria tocar em você.  - Diz sério.

- Não...sou eu quem não está acostumada a ter um homem me tocando. Quero dizer, só a minha mãe cuida de mim assim. - Falo me sentindo um pouco tímida.

Nesse momento percebi o olhar indecifrável no rosto do americano. Agora que não estou mais assustada. Percebo o quanto ele é bonito. Ainda mais bonito, que na revista. O loiro dos cabelos dele parece como o sol. Além disso, o azul dos olhos dele é como o céu. Não sei. Ele bonito e nobre. Diferente dos homens que eu já vi.

- Acho que ainda não perguntei o seu nome. - Afirma voltando ao seu lugar de antes.

- Meu nome é Aruna.  - Revelo.  - O senhor, não respondeu o porquê está me ajudando. - falo querendo saber porque esse homem está sendo tão bom, para mim.

Quero saber....estou curiosa. Só curiosa.

Aruna No Âmago Do CeoOnde histórias criam vida. Descubra agora