Aruna No Âmago Do Ceo

CAPÍTULO 16

PIETRO SANTORINI

- você não tem noção do que está me pedindo para fazer! - Digo me erguendo e ficando em pé o mais rápido que pude.

Para mim foi possível saber desde o início sobre quem, Aruna revelou está apaixonada. É claro que ela está referindo a mim! E acho encantador ela sentir um sentimento tão especial como esse, logo por mim. Mas, devo me lembrar que ela é apenas uma menina e que o sentimento de gratidão que ela nutri por mim tem muita influência nessa paixão que está dentro do coração dela agora. No entanto, eu não estava esperando que ela me pedisse para fazer algo tão perigoso com ela. Prejudicial não para mim, e sim a ela.

- Tenho! Tenho sim!,Eu...eu confio em você. E também não possuo compromisso com ninguém. Eu sou livre.  - Ela também se levantou e parou em pé ao meu lado.

Eu sei que as coisas não são simples como ela está dizendo.

- Então, me diz! O que exatamente você pensa está me propondo menina? Por um acaso, já se envolveu com um homem antes? - Pergunto.

- Eu nunca namorei...não tenho dinheiro para o dote de casamento e além disso, se eu casar não vou poder sustentar minha família.  - Fala fugindo da minha pergunta.

- Não foi o que eu perguntei.  - Afirmo sabendo que depois vou pensar em um jeito de ajudar Aruna com relação ao dinheiro.

No templo, eu disse  que ela ia receber um salário por tempo de serviço, prestados para mim. No entanto, não conseguirei ir embora desse lugar, sem saber que deixei ela realmente segura financeiramente. Dinheiro é o que eu tenho de sobra. Por isso, não custa nada eu o dividir com quem, eu tenho vontade.

- Pra dizer a verdade eu não tenho.  - Finalmente ela admitiu.  - É por isso que pedir isso a você. Tem experiência e cuida de mim. Não vai me fazer nenhum mal. - Ela é inocente demais e isso está me incomodando.

- Serei sincero com você menina! Não sou o tipo de cavalheiro que salva a donzela  Quando necessário, posso ser bastante tinhoso e você não vai adorar esse meu lado, como faz. Nunca mais toque nesse assunto, ou faça esse tipo de proposta a outro homem! Eles não vão ser tão compreensivos. - Digo dando as costa a ela indo embora do jardim.

Possivelmente fui duro demais com Aruna porém, estou fazendo o favor de resistir ao pedido dela, e a minha vontade. Que não tem cavalheirismo algum. Se eu resistir a paixão dela vai passar, e o meu desejo por ela também.

(...)

- Finalmente você assinou o contrato! Eu não aguentava mais esperar! - Igor diz com um grande sorriso na cara.

- Me agradeça por ter tornado você um homem mais rico  - sem entusiasmo.

- Agradeço ganhando suas causas no tribunal  - Meu advogado sabe ser presunçoso.  - Venho notando que você não fica mais sozinho com Aruna. Está evitando ela? - Pergunta.

- Não estou evitando ela. Estou fazendo o que você me aconselhou. A última vez que fiquei perto dela, foi no jardim.  - Respondo dando uma volta na minha cadeira. Ela de balanço e de vez enquanto, eu giro com a mesma.

- Toda essa resistência já tem tempo? - Indagou

- Não muito, mas já pode ser considerado uma vitória.  - Não contei a Igor o que Aruna me pediu. E também acho que ela já esqueceu o que falou para mim.

- Não posso dizer que está errado.  - Levanta da cadeira.  - Agora saia dessa poltrona. Temos uma comemoração para ir. - Diz.

De repente me dou conta que estou em festa totalmente diferente das que eu já participei. Mas que está cheia de empresários bilionários. Um detalhe bastante familiar para mim. Procuro por Igor não vejo ele em lugar nenhum. Por algum motivo minha cabeça começa a girar e eu não ingerir muita bebida. Aliás, tenho para mim que nesse lugar nem tem álcool.

- Pietro, o que foi?  - Igor para na minha frente. Ótimo.

- Vou para casa! Vai ficar aqui? - Pergunto. Estou sentindo um gosto horrível na boca.

- Vou! Rajan vai te levar.  - Diz.

- Estou indo! - Digo saindo da festa com uma impressão de que fui drogado.

Assim, que chego em casa encontro a pessoa que eu estava evitando encontrar. O que ela ainda faz aqui? Há uma hora dessas Aruna, já devia está na casa dela.

Isso não podia acontecer. Não agora que estou meio descontrolado.