CAPÍTULO 2

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PIETRO SANTORINI

- Olha, eu não quero ser inconveniente mas... não para de chegar mensagens no seu celular.  - Igor, meu advogado. Me Alerta apontando para o aparelho, em cima da mesa.

Ele é negro e tem a mesma idade que eu, trinta e nove anos. O pai dele é indiano mas veio para o Brasil, ainda jovem e terminou casando com uma brasileira daqui de Goiás. Os dois tiveram Igor, que se tornou bacharel em direito por meio de uma bolsa financiada pelo o governo e são felizes com a vida que tem juntos.

Igor não fala da Índia, mas sei que ele conhece o país do pai, e até viajou para lá algumas. Talvez seja por compartilhar dessa nacionalidade com a Índia, que ele tenha se empenhado tanto para eu aceitar fazer negócio com alguns empresários indianos, que estão interessados no meu plantio de soja. Embora eu estivesse relutante em aceitar fazer negócio com eles no início, acabei cedendo a vontade do meu advogado. O que me rendeu uma viagem inesperada para Índia, e um possível contrato de bilhões, que me deixará mais rico.

Basicamente essa transação entre mim e os indianos consiste em eu cultivar e fazer o transporte da minha mercadoria. Enquanto eles recebem a soja, e paga por ela o que eu pedi. É por isso que eu vou viajar para Índia. Assinarei o contrato da venda com eles, direi o meu valor em dinheiro, pela minha soja. E também garantirei pessoalmente o sucesso da minha nova parceria no continente asiático.

- É Mariana - Respondo soltando um longo e pessado suspiro.  - Como você nós dois não temos mais nada, mas a morena insiste em manter contato comigo, vinte quatro horas do dia.  - Explico cansado dessa situação.

-  Quem escuta você falando assim, pode pensar que não está sofrendo.  - Afirma meu advogado.

- É por não está contente em ter deixado ela, que eu estou ignorando as várias mensagens que estão chegando no aplicativo de mensagem. Se por caso, eu começar a falar com Mariana, irei voltar com ela sem pensar nas consequências.  E já não sou mais um adolescente para ficar tomando decisões insensatas. - Lembro a mim mesmo que não posso voltar atrás, e ficar com Mariana outra vez.

- Concordo com o seu pensamento. Essa coisa ou mania de terminar e voltar, sempre que o relacionamento acaba não é saudável. Além disso, se estar tentando esquecer ela, o melhor a fazer é fugir das investidas dela.  - Opina me dando razão.

- Antes de Mariana, eu não tinha me envolvido seriamente com uma mulher. Pra dizer a verdade, acho que estava acostumado com a companhia dela. Com a presença. Talvez por isso, eu tenha passa desse tanto de tempo com ela. - Digo, só pensando nisso agora.

- Talvez, mas você também estava apaixonado! - Igor constatou, me fazendo pensar que sim. Eu estava apaixonado por Mariana.

- Sim - Confirmei largando a caneta preta que estava segurando em cima da mesa. E Me ajeitando mais confortavelmente na poltrona que estou sentado. Apoio a mão direita no rosto com a cabeça de lado, e penso que a essa altura e depois de tudo o que eu, expliquei a Mariana insistir em falar sobre nós dois, só alimentar as nossas maguas.

- Então, posso dizer ao advogado do Sr. Ishaan que nós dois vamos pra India ainda essa semana? - Perguntou Igor, sabendo que eu não quero mais falar sobre Mariana.

- Pode! Faça isso! Não estou muito animado com essa viagem. Muito menos tenho vontade de deixar as minhas terras. Mas tudo o correrá o mais rápido possível! Diga ele que vamos amanhã mesmo, se possível for.  - Acho que talvez leve ums três dias, até que tudo esteja pronto pra essa viagem.

- Muito bem! Vou me comunicar com ele agora.  - Igor diz saindo do meu escritório.

Como esperado levou algum tempo para termos a autorização dos governos para que eu e Igor pudéssemos chegar aqui na India. Além disso, o meu avião teve que passar uma revisão o que eu não achei ruim, já que esse pequeno ajuste foi fundamental para a nossa segurança.

O avião pousa na pista de voo e esperamos ele parar, para sairmos do mesmo sem quais quer complicações. Já posso sentir uma diferença no ar atmosférico daqui, se comparado ao do Brasil que me parece ser mais leve. Ou menos contaminado por poluentes tóxicos. Embora isso não seja bom, pra ninguém. É um perfeito sinal para indicar de que realmente estou em solo asiático.

- Chegamos! - Igor diz. Olhando o céu escuro em cima da gente.

- Aquele é corro que vai nos levar até a sua casa? - Como igor tem uma casa aqui, não vamos nos hospedar em um hotel.

- Sim, o nome do motorista é Rajan - O nome do homem é indiano, e claro que eu tenho dificuldade em entender a fonética das letras do nome dele. - Rajan, fala inglês. Ou seja, você não precisa se preocupar em como vai se comunicar com ele. - Igor acrescenta me deixando aliviado, pois falo o inglês,  perfeitamente

- Entendi! Vamos andar até ele. A viagem até aqui pode ter sido tranquila. Mas estou cansado. E quero muito chegar na sua casa, e descansar antes de ter que lidar com bando de homens de negócios.   - Resmungo praticamente indo correndo pra dentro do carro, do tal Rajan.

Aruna No Âmago Do CeoOnde histórias criam vida. Descubra agora