Aruna No Âmago Do Ceo

CAPÍTULO 40

PIETRO SANTORINI

Caminho vagarosamente pela plantação de soja observando a vasta imensidão do plantio na terra e me abaixo para poder tocar de perto a plantação que já dar sinal que os grãos já podem serem colhidos e levados até o local de fábrica onde vão passar pelo o processo de industrialização e logo depois embaldos para envio ao mercado consumidor.

- Patrão vem cá! Olha isso aqui, que beleza! - Francisco grita de longe esperando que eu corra até ele, para poder ver seja lá o que for que ele quer me mostrar

- O saco está cheinho patrão  - Ele diz apontando para o saco de nalho quando eu me aproximo de onde eles estão

- É uma beleza mesmo - Enfio as mãos abertas dentro do saco de nalho e depois apanho em minhas mãos um monte de soja ainda na primeira fase da plantão.

- Eu adoro trabalhar com a terra  - Francisco diz vendo eu segurar a sojas nas minhas mãos.

- Já pode pegar a colheitadeira e começar a colher toda essa soja. Você e os outros sabem o que fazer. Deixo você no comando de tudo por aqui  - Derrubo a soja dentro saco e começo a me preparar para sair do campo de plantação sem mais delongas.

- O patrão, ainda vem aqui hoje? - Francisco perguntou me vendo sair de perto dele

- Não. Você está no comando. Possivelmente nosso engenheiro vem ajudar você por aqui, na minha ausência.  - Digo caminhando pra fora da plantação.

- Onde estava? Sabe que a sua presença é fundamental aqui no escritório - Igor diz assim que me ver. Desde que a gente veio da Índia ele anda estranho, mas não pergunto o que o incomoda. Não quero me intrometer nos assuntos  particulares dele, e invadir sua privacidade pessoal.

- Estou aqui! O que tem para mim assinar dessa vez  - Digo um pouco mal humorado. Eu não tenho cabeça para ficar trancado aqui dentro do escritório agora. Porém sei que não posso ignorar o meu trabalho administrativo, só por causa de um mero capricho meu.

- Aqui! Quando assinar esses papéis, vamos poder exportar nosso grão de milho para fora do país também..- Ele disse e eu cimecei a assinar toda a papelada necessária para mim obter esse novo negócio.

- Espero não ter problemas com essas assinaturas  - Digo vendo a pilha de contratos que eu tenho que assinar, se possível ainda hoje.

- Não vai - Igor disse. Me ajudando com as questões jurídicas dos novos contratos.

Logo a noite chegou e eu fui até a janela aberta do meu escritório, em busca de um pouco de ar fresco. Igor já havia indo embora e agora eu estava sozinho para poder pensar em quem eu não deveria se quer sonhar, em encontrar novamente durante a minha vida. E me repreendo mentalmente pois mesmo sem que eu queira a minha cabeça insiste em pensar Aruna. Em como ela estar, se estar vivendo bem, e se está usando o dinheiro que deixei para ela.

Todos esses pensamentos indesejáveis me fazem cogitar se eu não acebei me apaixonando por ela. Uma tolice tardia que mesmo se eu quisesse não poderia viver junto com Aruna. Além disso eu não devo alimentar tal sentimento já que, estou longe dela, e também ferir os seus doces sentimentos por mim.

Eu sinto a falta dela. Não posso negar isso a mim mesmo. E também não quero ter que negar isso no meu interior. Entretanto,  a partir de agora Aruna, vai viver apenas em minhas lembranças. Enraizada na minha mente. Sem que eu possa tirar ela da minha cabeça para sempre. Pensei, antes de me afastar da janela e do céu escuro que brilha lá fora, apenas pela luz das estrelas e da lua, que ilumina a tudo fora do meu escritório, onde estou sozinho.

- Me parece que terei uma longa noite pela frente  - Digo a mim mesmo enquanto ando e volto a sentar na minha cadeira, logo atrás da mesa. Onde passo a analisar alguns relatórios importantes que surgiram durante a minha ausência aqui no Brasil.

- Focar no meu trabalho vai me ajudar a não pensar mais em você, baby  - Murmuro quando uma imagem de Aruna sorrindo, vem a minha mente de repente.  - É o que eu espero.  - Murmurei, começando a ler os relatórios de trabalho.