CAPÍTULO 12

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Pietro Santorini

Estou tentando organizar da melhor forma possível uma pilha de documentos importantes para o meu novo empreendimento. Quando sou surpreendido por batidas leves na porta do meu escritório, seguida da entrada de Aruna com uma bandeja de chá nas mãos. Me trazer chá se tornou um motivo para suas vindas rápidas até mim, E também, desfez sua magoa em relação ao meu distanciamento propositadamente em nome do bem dela, e do meu. A questão é...

Não posso dizer que não gosto do fato dela vim me procurar, porque isso não seria verdade. Já que conversamos sobre algumas coisas relativamente interessantes do meu ponto de vista. O problema é que eu não posso me afastar dela, como fiz anteriormente. Seria uma atitude imatura me distanciar de Aruna, depois de ter trazido ela, para perto.

-.Eu trouxe o seu chá  - Ela fala enquanto põe a xícara de na minha frente.

- Obrigado! - Peguei a xícara trazendo a mesma em direção a minha boca no minuto seguinte.

- Cuidado! Está quente! - Alertou com medo que eu me queimasse.

- Calma! não vou me queimar  - Eu disse saboreando o sabor do chá quente.  - Está delicioso.  - Elogiei.

- O que está vendo? - Aruna não sente vergonha de me fazer perguntas. Já eu, não vejo problemas em responder a nenhum dos seus questionamentos.

- Documentos. Estava organizando eles. - Respondi.

- Nossa! São muitos! por que não pede ajuda de alguém, para fazer isso com você? - Perguntou me olhando de um jeito engraçado.

- Você está disposta a me ajudar? - Brinco.

- Eu?! - Apontou para si mesma, e em seguida arregalou os olhos.

- Não insinuou que eu preciso de ajuda? Só tem você aqui, mocinha! - Disse como se eu estivesse falando com uma criança.

- Bom...o que eu tenho que fazer? - olhou para pilha de documentos sobre a minha mesa.

- Enquanto eu leio e assino alguns você vai separar cada um deles, por ordem alfabética. O alfabeto está escrito em inglês, acho que você vai entender.  - Peguei minha caneta.

- Vou! Eu...eu entendo essas letras  - Apontou para uma das muitas folhas em suas mãos.

Então, vamos começar! A partir de agora você se tornou minha assistente. - Disse vendo um sorriso discreto brotar dos lábios dela.

Nos concentramos em terminar o meu trabalho e por isso, não percebi que já estava quase no horário do almoço. E que provavelmente Aruna estava sentindo fome.

- Aruna... - Chamei o seu nome com toda delicadeza que podia nesse instante.

- Sim? - Ela parou de encarar os papéis e olhou para mim rapidamente.

- Deveria ir almoçar agora. Já está quase na hora do almoço.  - Digo pra ela.

- Mas é...eu não acabei! - Protestou relutante em parar tudo que estava fazendo.

- Eu posso continuar a organizar os documentos sozinho. Já o seu estômago não pode esperar! Eu não esqueci que ainda está desnutrida. E que é importante você se alimentar no horário, certo.

Vi que Aruna ia tentar protestar outra vez e ergui o meu indicador para cima, mostrando a ela, que era inútil dizer qualquer coisa. Pois eu não iria mudar de opinião.

- Não adianta falar nada! Eu não vou mudar de ideia. Aliás, não é um pedido! É uma ordem! Por favor, faça o que eu estou mandando. - Digo em tom sério, que ela nunca ouviu antes.

Aruna No Âmago Do CeoOnde histórias criam vida. Descubra agora