CAPÍTULO 37

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PIETRO SANTORINI

Encarei as chaves da casa e do carro que comprei para dar a Aruna, com dúvidas se ela iria aceitar. Inicialmente eu pensei em deixar essa casa para ela, já que eu tinha percebido como ela se sente bem aqui, e já está familiarizada com a mansão. No entanto, essa decisão levantaria muitas especulações e talvez Aruna não conseguisse manter a manutenção da mansão.  uma vez, que, o dinheiro que eu vou deixar para ela servirá somente para suas despesas pessoais e diárias também. Talvez, eu deva pagar uma bolsa de estudos para ela também, em qualquer curso de graduação que ela queira se formar. Quem sabe Aruna não goste de cursar uma faculdade, pensei.

Tanto a casa como o carro tinham me custado um valor simplório, mais nada muito barato ou fora do valor do mercado comercial. A verdade é que eles são objetos básicos que vão garantir o conforto de Aruna, sem que ela consiga rejeita- los apenas por causa do preço que me custaram coisa que eu sei muito bem que ela vai tentar fazer, se eu não tomar uma providência que a deixe sem escolhas a não ser a de aceitar a minha ajuda financeira.

- Pietro aqui está a conta bancária e o cartão de débito, no nome de Aruna, e do pai dela. Como sabe ela só vai poder movimentar esse dinheiro com a autorização do pai dela. Porém eu tomei medidas legais e o pai dela só poderá mexer nesse dinheiro, somente se ele obter a assinatura legal da própria Aruna.  - Igor me informou demonstrando o quanto é um advogado competente em seu trabalho.

- Ótimo! Era fundamental que precauções fossem tomadas para proteger a garota. Até mesmo do pai, dela. - Digo contente em ver que meus planos estão saindo como articulei desde o início que me envolvi com Aruna.

- Eu não entendi o porquê você vai deixar essa enorme fortuna para ela. Pietro, me diga a verdade. Você está tendo um caso com ela? - Igor perguntou outra vez, insistindo em saber a verdade dos fatos.

- Não, não estou. - Digo a verdade dessa vez já que eu e Aruna não estamos mais juntos. E Igor perguntou sobre o tempo presente da coisa e não, no passado como seria mais inteligente da sua parte questionar. - Além disso,  há muito tempo eu venho planejando em dar esse dinheiro para ela. A verdade é que eu não quero ir embora e deixar ela desamparada como a encontrei, quando pisei os pés aqui - Expliquei para ele que me olhou com cautela. Sei que Igor não está acreditando inteiramente no que eu disse a ele, agora.

- Eu não sei se devo acreditar inteiramente em você. Mas devo admitir que você ajudar Aruna dessa forma, não é de todo estranho para mim. Já que,.costuma fazer doações de grandes somas de dinheiro para instituições de caridades no Brasil. E também em nossa cidade.  - Diz com ceticismo.

Ainda bem que Igor não faz ideia que comprei uma casa e um carro para dar a Aruna,  antes de voltar para o nosso país. Se ele soubesse, com certeza confirmaria suas suspeitas e saberia que eu mentir esse tempo todo para ele.

- Aruna não vai querer aceitar esse dinheiro. Acha que eu devo tentar dar ele agora para ela? - Pergunto.  Com um dilema que surgiu na minha mente  agora a pouco.

- Uma virtude estúpida  - Afirma meu advogado - Tal atitude não só diz que ela é honesta. Mas que também, é um pouco tola. Quem rejeita um dinheiro limpo? Faça a escolha por ela! De qualquer forma, se for como você disse. Ela não vai aceitar mesmo! Então, a escolha é sua - Disse ele jogando uma difícil escolha em minhas mãos.

- Entendo! Se me der licença eu preciso ficar sozinho por um tempo. Se puder bata a porta quando sair. - Pedi educadamente que Igor me deixasse sozinho no escritório.

Quando ele saiu, deixo o meu lugar e apanho com as mãos uma caixa dourada. Que estava em cima de uma das prateleiras que eu uso como decoração e livreiro dentro do escritório. Olho para ela em minhas mãos e volto para minha cadeira atrás da mesa onde sento de olho na caixa por um tempo. Abro ela e começo a colocar dentro dela todas as coisas que vou dar para Aruna, e que estão em seu nome. Procuro sobre a mesa algum papel que eu possa usar para escrever uma breve nota para ela. E o encontro na minha frente sobe a mesa. Assim, que termino de escrever o meu recado ponho o bilhete dentro da caixa juntamente com os demais objetos que pertencerão Aruna, depois que eu for embora, e respiro aliviado por estar tentando fazer a coisa certa.

Saio do meu escritório e caminho até a cozinha devagar apenas para ver Aruna lá dentro. Vejo ela conversando com Maya com um pouco de entusiasmo e percebo que ela estar bem. Sei que o fluxo dela não durou muito e que já foi embora. Por isso, ela estar bem melhor. Inclusive a expressão do lindo rosto de Aruna não está mais abatido como antes, devido as mudanças de hormônio que esse período pode causar nas mulheres.

Durante esses dias eu tentei ser gentil e ficar ao lado dela como podia. Pesquisei o que as mulheres gostam de ganhar durante o período menstrual e acabei comprando chocolates para oferecer a ela, na tentativa de mima-la um pouco. O que deu certo já que, surpreendentemente  Aruna não negou os doces que dei a ela.

Noto que Maya me ver parado ali observando Aruna. E faço sinal para que ela não diga que eu estou por perto. Maya entendeu o meu sinal e eu sair dali tomando cuidado para não fazer barulho e Aruna perceber que eu estive lhe observando da porta da cozinha por trás dela. Durante esse tempo todo.

Logo que me distanciei de onde ela estava. Eu pensava no meu dilema. E no que ia fazer. Eu já sei o que devo fazer para Aruna aceitar o meu dinheiro. E aquela caixa será parte da minha decisão, caso as coisas continue sendo como quero que seja, sem muitas interrupções.

Aruna No Âmago Do CeoOnde histórias criam vida. Descubra agora