CAPÍTULO 51

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PIETRO SANTORINI

- Ela deu isso a você? - Perguntei para Joana erguendo o pedaço de papel idiota que Aruna me enviou por ela, para cima.

- Foi - Joana assentiu com a cabeça respondendo a minha pergunta com cuidado pois, ela sabe que estou extremamente nervoso com a desculpa esfarrapada que Aruna inventou para poder pular o jantar comigo e o nosso filho.

- Pelo o visto ela está disposta a me fazer de palhaço  - Resmungo com raiva sentindo a vontade de ir atrás dela para exigir que uma explicação plausível do que significa esse recado nas minhas mãos. Ou trazer ela a força para esse estúpido jantar. Penso.

- Talvez a menina só esteja se vingando - Fala Joana.

- Aruna me deu a palavra dela, que não ia tentar me evitar  - Eu Disse. - Mais pelo o visto ela quer mesmo é debochar da minha cara - Resmungo outra vez me jogando sobre a cadeira da mesa de jantar na minha frente.

- Ou ela deseja vingança  - Joana insiste numa teoria exagerada de vingança, e eu franzo o cenho em desgosto por ouvir tamanha loucura.

- Ela não  é  assim!  Não é vingativa!  - Falei com dúvidas surgindo na minha cabeça

- Eu não preciso saber tudo o que você fez para aquela garota, lá dentro. Para adivinhar que ela não está contente ao seu lado. E também sentindo raiva de você. Aceite tudo o que ela fizer para chatear você daqui para frente.

- É um conselho? - Pergunto a mulher que é como uma avó para mim

- É....mais as pessoas não seguem conselhos. Posso tirar esses pratos da mesa? - Pergunta

- A senhora me conhece....sabe que eu não vou conseguir mais engolir essa comida. Pode tudo. - Dou a permissão que Joana pediu.

- Vai precisar de mais alguma coisa? - Joana vem até depois de retirar todos os protos de jantar de cima da mesa, e levar para a cozinha

- A psicóloga Jaqueline vem aqui amanhã, para conversar com Aruna outra vez. Depois que ela sair do quarto mande ela me procurar no escritório, estarei com Ravi lá dentro.  - Avisei a ela. - Pode ir. Tenha uma boa noite! - Digo a Joana que sorri me transmitindo conforto antes de sair para o seu quarto.

Relutante pois, quero mesmo é procurar Aruna. Também vou para o meu quarto e me jogo na cama, onde durmo pensando no que Aruna fez. E no que tinha escrito naquele bilhete que eu amassei com as mãos e joguei no lixo. " Estou com dor de cabeça, não posso ir ao seu encontro." Ela escreveu.

- Pode me chatear o quanto sentir vontade. Não vai conseguir me afastar de você. Ravi conta com a minha presença na vida dele.  - Durmo.

(....)

- Isso filhão! Você é um menino tão esperto, mesmo tão novinho  - Ravi tem menos de cinco meses mais eu já o considero muito inteligente para a idade dele.

Ele coloca os dedos na boca, olhando fixamente para o cavalo que dei a ele, de presente para brincar.

- Ele parece com aquele cavalo sprite do desenho animado, não é filho? - Pergunto conseguindo chamar sua atenção para mim.

- Eu posso entrar? - Ouço uma voz de mulher e olho para trás vendo que se trata da psicóloga de Aruna.

- Pode! Claro. Entra! - Respondi.  - Quero saber se você teve algum progresso com ela. - Indiquei uma cadeira na frente da minha mesa, para ela sentar enquanto conversamos.

- Tivemos! Ela me falou bem mais coisas hoje do que na nossa primeira consulta.  - Fala com a voz meiga.

- O que ela disse para você? - Pergunto

Aruna No Âmago Do CeoOnde histórias criam vida. Descubra agora