Bandeira da Índia (Pietro Santorini)
Vejo Aruna acenar com as mãos alguns metros afastda do carro, no lugar onde paramos para ela descer. E apenas retrubuo o seu jesto acenando com a cabeça, em dúvida se deveria acenar de volta para ela também.- Rajan, pode ir - Peço ao motorista assim que paro de olhar para Aruna no meio do caminho que leva até a sua casa. É hora de me concentrar na reunião que vou ter logo mais, com o empresário indiano, que eu ainda não conheço pessoalmente.
- Eu ainda não consigo acreditar no erro que você cometeu - Igor resmungou assim que Rajan deu a partida no carro.
- De que erro está falando eu posso saber? - Ultimamente Igor não está agindo como meu advogado, e sim, como meu psicanalista.
- O de você contratar aquela menina como a sua...O que ela vai fazer mesmo? Ah, sim! Não existe nada o que ela possa fazer, por você. - Disse em tom de ironia.
- Aruna, pode fazer qualquer coisa, igor! Eu apenas eu apenas fiz aquela proposta pra que ela pudesse ficar em segunda, e não corresse o risco de ser agredida, outra vez. - Digo a ele.
- Você está certo. E isso é digno. Mas penso que ainda a um mais! em tudo o que você está fazendo por ela. - Disse.
- O que está querendo insinuar com "mais?" - Questiono ao virar a cara para o encarar bem de perto.
- Que você está apaixonado - Disse tranquilamente.
- Por Deus! Ela é apenas uma menina e eu não sinto nada, por ela! - Digo, pensando que o que o meu advogado falou, é um completo absurdo sem tamanho.
- Só que do jeito que as coisas vão, isso pode acontecer. E eu não sei quem de vocês dois pode sair ferido, dessa aproximação inadequada entre vocês. - Me acusa.
- Eu ainda amo Mariana e se apaixonar não é tão fácil. Não entendo porque você está pensando esse tipo de bobagem. - Argumento contra sua acusação sem sentido.
- Está sendo muito cuidadoso com ela. - Murmura me deixando irritado.
- Porque sinto pena! - Gritei impaciente
- É isso o que sente realmente ou está mentindo para si mesmo? - Questionou enquanto também me encara dentro do carro em movimento.
O barulho das outras pessoas, das buzinas, e sinos de vacas que andam do lado de fora, por mais estressante que fosse toda a multidão de coisas, ao meu redor. Elas não me impediram de pensar no significado daquela pergunta feita por o Igor. Nesse mesmo instante lembro de quando entrei no quarto em que Aruna dormiu para verificar se ela não estava febril e de como eu tinha dito que ia conversar com ela aquela noite, mas não a procurei. Ao invés de ter feito o que disse a ela, pensei melhor e achei que seria bom, deixar Aruna descansar naquela noite. Não voltar lá, e incomodar ela.
Meu zelo e preocupação estão realmente pondo ideias inconcebíveis na cabeça do meu advogado? Aruna é tão novinha que pensar em me interessar por ela do jeito que Igor está pensando, chega a ser repugnante na minha cabeça.
- Você me conhece melhor do que ninguém. Porque não faz essa pergunta para si mesmo. - Sugeri ao meu advogado.
- Não...eu sei que não está mentindo - Ele murmurou ainda olhando para mim. - Mas ainda acho que pode se apaixonar por a garota.
- Não, não posso. - Respondi parando de olhar para ele.
(...)
- Diga a ele que não vou aceitar que ele mude o valor que me propôs no acordo de antes. - Digo a Igor, em inglês.
O homem quer comprar a minha soja e exigiu que eu viesse até aqui. Eu o fiz. Agora vem dizer para mim que quer, diminuir o valor de oferta do meu produto, apenas porque é o mesmo preço de demanda que envio para a China? De jeito nenhum! Esses são acordos particulares e não diplomáticos. Não me interessa o preço que vendo a soja aos empresários chineses. Eu vim até Índia para ganhar mais dinheiro, e só saio desse país, depois que essa negociação sair da forma que quero. Do contrário garanto que homem na minha frente, terá prejuízos .
Igor está atento a discussão com empresário e eu pego uma pasta com papéis na minha frente, sobre mesa. Que me mostra todos os valores pelos quais, o Indiano quer adquirir meu produto. E sorrio em total escárnio. Jamais venderia minha soja, por valores tão baixos como o que estou vendo agora.
Jogo a pasta de volta em cima da mesa e me levanto da cadeira onde estava sentado, sem me importar com o barulho indelicado que a mesma fez, assim que fiquei de pé.
- Não tenho tempo para ficar aqui discutindo. - Olho para Igor, que logo me entende e se ergue da cadeira, parando ao meu lado em seguida. Ela traduz o que eu disse. - O senhor tem apenas três dias, para fechar negócio comigo. De acordo com o valor inicial que vocês me ofertaram. Do contrário, acredito que vocês não tem como explicar aos chineses, como sabem tanto sobre empreendimentos deles.
Assim que Igor terminou de traduzir seguindo o meu tempo de fala. Virei em direção a porta de saida e sair da sala de reunião, sendo seguido por ele.
- Isso foi... você ameaçou mesmo ele! - Igor diz andando ao meu lado
- É por isso, que eu sou ceo. E você o advogado. - Digo a ele.
- Você sabe humilhar em? - Igor diz abrindo os ambos os braços ao se colocar na minha frente. - Para sua sorte não estou ofendido e sou muito contente em ser apenas o advogado que ganha milhões. - Ele disse me dando passagem para continuar caminhando.
Ele sabe que eu ganho bilhões né?
- Igor, para de resmungar e me leve para almoçar em algum restaurante, desse lugar. Ou não vai ganhar o seu tão precioso dinheiro. - Digo me divertindo internamente com a cara a sombrada que o meu advogado fez.
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Aruna No Âmago Do Ceo
RomansaPietro Santorini é um magnata da agroindústria brasileira, que se sente satisfeito por ter se tornado um Ceo, ligado ao agronegócio em seu Pais. No entanto, o que ele não imagina é que fará um acordo que o impedirá de garantir a felicidade da mulher...