CAPÍTULO 9

102 21 1
                                    

Bandeira da Índia (Pietro Santorini)

Vejo Aruna acenar com as mãos alguns metros afastda do carro, no lugar onde paramos para ela descer

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Vejo Aruna acenar com as mãos alguns metros afastda do carro, no lugar onde paramos para ela descer. E apenas retrubuo o seu jesto acenando com a cabeça, em dúvida se deveria acenar de volta para ela também.

- Rajan, pode ir - Peço ao motorista assim que paro de olhar para Aruna no meio do caminho que leva até a sua casa. É hora de me concentrar na reunião que vou ter logo mais, com o empresário indiano, que eu ainda não conheço pessoalmente.

- Eu ainda não consigo acreditar no erro que você cometeu - Igor resmungou assim que Rajan deu a partida no carro.

- De que erro está falando eu posso saber? - Ultimamente Igor não está agindo como meu advogado, e sim, como meu psicanalista.

- O de você contratar aquela menina como a sua...O que ela vai fazer mesmo? Ah, sim! Não existe nada o que ela possa fazer, por você.  - Disse em tom de ironia.

- Aruna, pode fazer qualquer coisa, igor! Eu apenas eu apenas fiz aquela proposta pra que ela pudesse ficar em segunda, e não corresse o risco de ser agredida, outra vez.  - Digo a ele.

- Você está certo. E isso é digno. Mas penso que ainda a um mais! em tudo o que você está fazendo por ela. - Disse.

- O que está querendo insinuar com "mais?" - Questiono ao virar a cara para o encarar bem de perto.

- Que você está apaixonado  - Disse tranquilamente.

- Por Deus! Ela é apenas uma menina e eu não sinto nada, por ela! - Digo, pensando que o que o meu advogado falou, é um completo absurdo sem tamanho.

- Só que do jeito que as coisas vão, isso pode acontecer. E eu não sei quem de vocês dois pode sair ferido, dessa aproximação inadequada entre vocês. - Me acusa.

- Eu ainda amo Mariana e se apaixonar não é tão fácil. Não entendo porque você está pensando esse tipo de bobagem. - Argumento contra sua acusação sem sentido.

- Está sendo muito cuidadoso com ela. - Murmura me deixando irritado.

- Porque sinto pena! - Gritei impaciente

- É isso o que sente realmente ou está mentindo para si mesmo? - Questionou enquanto também me encara dentro do carro em movimento.

O barulho das outras pessoas, das buzinas, e sinos de vacas que andam do lado de fora, por mais estressante que fosse toda a multidão de coisas, ao meu redor. Elas não me impediram de pensar no significado daquela pergunta feita por o Igor. Nesse mesmo instante lembro de quando entrei no quarto em que Aruna dormiu para verificar se ela não estava febril e de como eu tinha dito que ia conversar com ela aquela noite, mas não a procurei. Ao invés de ter feito o que disse a ela, pensei melhor e achei que seria bom, deixar Aruna descansar naquela noite. Não voltar lá, e incomodar ela.

Meu zelo e preocupação estão realmente pondo ideias inconcebíveis na cabeça do meu advogado? Aruna é tão novinha que pensar em me interessar por ela do jeito que Igor está pensando, chega a ser repugnante na minha cabeça.

- Você me conhece melhor do que ninguém. Porque não faz essa pergunta para si mesmo.  - Sugeri ao meu advogado.

- Não...eu sei que não está mentindo  - Ele murmurou ainda olhando para mim. - Mas ainda acho que pode se apaixonar por a garota.

- Não, não posso.  - Respondi parando de olhar para ele.

(...)

- Diga a ele que não vou aceitar que ele mude o valor que me propôs no acordo de antes.  - Digo a Igor, em inglês.

O homem quer comprar a minha soja e exigiu que eu viesse até aqui. Eu o fiz. Agora vem dizer para mim que quer, diminuir o valor de oferta do meu produto, apenas porque é o mesmo preço de demanda que envio para a China? De jeito nenhum! Esses são acordos particulares e não diplomáticos. Não me interessa o preço que vendo a soja aos empresários chineses. Eu vim até Índia para ganhar mais dinheiro, e só saio desse país, depois que essa negociação sair da forma que quero. Do contrário garanto que homem na minha frente, terá prejuízos .

Igor está atento a discussão com empresário e eu pego uma pasta com papéis na minha frente, sobre mesa. Que me mostra todos os valores pelos quais, o Indiano quer adquirir meu produto. E sorrio em total escárnio. Jamais venderia minha soja, por valores tão baixos como o que estou vendo agora.

Jogo a pasta de volta em cima da mesa e me levanto da cadeira onde estava sentado, sem me importar com o barulho indelicado que a mesma fez, assim que fiquei de pé.

- Não tenho tempo para ficar aqui discutindo. - Olho para Igor, que logo me entende e se ergue da cadeira, parando ao meu lado em seguida. Ela traduz o que eu disse. - O senhor tem apenas três dias, para fechar negócio comigo. De acordo com o valor inicial que vocês me ofertaram. Do contrário, acredito que vocês não tem como explicar aos chineses, como sabem tanto sobre empreendimentos deles.

Assim que Igor terminou de traduzir seguindo o meu tempo de fala. Virei em direção a porta de saida e sair da sala de reunião, sendo seguido por ele.

- Isso foi... você ameaçou mesmo ele! - Igor diz andando ao meu lado 

- É por isso, que eu sou ceo. E você o advogado.  - Digo a ele.

- Você sabe humilhar em? - Igor diz abrindo os ambos os braços ao se colocar na minha frente.  - Para sua sorte não estou ofendido e sou muito contente em ser apenas o advogado que ganha milhões. - Ele disse me dando passagem para continuar caminhando.

Ele sabe que eu ganho bilhões né?

- Igor, para de resmungar e me leve para almoçar em algum restaurante, desse lugar. Ou não vai ganhar o seu tão precioso dinheiro. - Digo me divertindo internamente com a cara a sombrada que o meu advogado fez.

Aruna No Âmago Do CeoOnde histórias criam vida. Descubra agora