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ARUNA
- Você não vai me falar nada? - Pergunto depois de muito tempo em silêncio
Ouvir claramente Pietro dizer ao amigo que iam embora daqui. E que ele preparasse as passagens de ida para o Brasil.- Sinto vontade de gritar um monte de palavrões e bater nele por estar me deixando sozinha. Mas, eu não seria tão imatura, como ele acha que eu sou.
- Quero que me responda a verdade! Sua menstruação já veio esse mês ou ela ainda não desceu? - Questiona com frieza além de não se importar com que eu falei antes a ele.
- Não. - Murmuro sentindo uma grande dor invadir o meu coração dentro do peito. Pietro pensa que vou mentir e estar me tratando como uma mentirosa traiçoeira, que acha que eu sou.
- Responda com clareza Aruna, suas regras já veio esse período? - Ele agarra os meus ombros e os aperta levemente, no entanto nada que provoque alguma dor, ou que realmente me machuque.
- Ela ainda não desceu esse mês. - Falei a verdade para Pietro.
- Ótimo! Eu usei preservativo enquanto estive com você. E ainda fui um irresponsável em não manter você segura também. Me desculpe por ter sido tão imprudente dessa maneira. Permanecerei aqui na Índia até que sua menstruação desça, e até lá, não vou tocar mais em você. Além disso, durante esse tempo ficarei ao seu lado e cuidarei pessoalmente do seu bem estar, como prometi. Espero que não dificulte a nossa convivência trazendo a tona reclamações, que não devem serem expostas. - Pietro diz tudo isso para mim, com bastante frieza, me fazendo tremer de horror.
Ouvir todo o discurso que ele fez me sentindo humilhada por suas palavras duras contra mim. Era assim que ele costumava tratar suas amantes quando quer se livrar delas, sem maiores impedimentos? Eu sempre soube o que ele queria de mim, tínhamos feito um acordo. Entretanto eu percebi hoje que esperava alcançar o coração Pietro, e quem sabe, talvez. Ter feito ele se apaixonar por mim. Um sentimento que eu não fui capaz de despertar nele. Entendo que isso era um risco, e parte de mim compreende que eu não consegui conquistar o amor dele. No entanto eu não esperava ser tratada com tanta frieza.
Estou sentindo vergonha de mim mesmo, por ser humilhada desse jeito com tanto desprezo. Tudo o que eu quero agora e desaparecer da frente de Pietro, e chorar a minha dor sem que ele veja a minha magoa. Coisa que só posso fazer quando lhe der uma resposta agradável aos seus ouvidos.
- Eu entendi. Será que você pode me soltar e deixar eu ir, agora? - Sussuro me sentindo constrangedor por estar na sua frente de uma forma tão vulnerável.
- Eu vou soltar você, mais não posso permitir que saia daqui agora. Antes de ir a qualquer lugar que deseje, precisa se alimentar primeiro. - Pietro diz, sem toda indiferença de segundos atrás. Ele voltou a ser doce e gentil comigo como sempre foi.
Sem dizer nada eu apenas saio da frente dele quando ele me solta, e deixa passar para ir até cozinha. Chego diante de uma mesa repleta de uma grande variedade de alimentos, mais só de olhar pra toda essa comida, na minha frente meu estômago chega a embrulhar. Porém disfarço o asco que estou sentindo e me sento a mesa, para me obrigar a comer pelo menos um pedaço de bolo. Já que ovos mexidos com pimenta, não desceria de jeito nenhum. E eu só conseguiria sair daqui, se comesse alguma coisa de cima da mesa.
Comecei a me alimentar aliviada por Pietro esperar um pouco, antes de vim e sentar a mesa também. Assim que ele fez isso com o olhar indecifrável e a expressão fria. Começou a comer sem dizer uma palavra para mim. Eu também comi em silêncio e quando terminei olhei para ele, pensando no que dizer.
- Eu preciso saber quando vamos voltar para a cidade. - Falo o encarando.
- Em volta do chalé tem muito lugares que podemos conhecer juntos. Mas se você não quiser, podemos ir embora depois do horário de almoço. - Responde olhando para mim com aquele habitual olhar de céu azul, que me encantava.
- Eu não quero conhecer esses lugares que você está falando. Então, após o almoço podemos voltar para a cidade. Eu vou ficar na minha casa, se você não se importar - Falei levantando da mesa.
- Eu não me importo. Pode ficar na sua casa durante os dias que quiser. Você tem liberdade e sabe disso muito bem - Diz com arrogância.
- Se é assim, eu vou voltar a deitar na cama. Quero descansar antes da gente ir embora desse lugar - Falo e volto para a cama de onde eu não devia ter saido.
Abraço um travesseiro e me encolho na cama, permitindo que toda dor que estou sentindo no meu coração, se liberte junto com o meu choro. Abrir os meus olhos percebendo que peguei no sono sem me dar conta que tinha dormido outra vez. Sinto um forte abraço em volta da minha cintura, junto de um corpo colado ao meu. E sei que é Pietro, quem está atrás de mim, com o rosto próximo do meu. Me fazendo sentir sua respiração, e também o calor do seu corpo.
- Não posso mudar o que eu disse, e nem pretendo fazer isso. Você tem todo o direito de me odiar agora, pelo o que falei. Se ao menos soubesse o que se passou na minha mente quando fiz aquilo. Saberia que o que disse foi tentado proteger você. Eu retiro o que falei antes. Se antes todos os meus relacionamentos foram tranquilos sem perturbações. Esse está sendo diferente de todos eles, porque eu nunca tive que proteger de mim mesmo, nenhuma das outras mulheres que já me relacionei. - Pietro declarou, no meu ouvido sem deixar de abraçar minha cintura, ou me dar a oportunidade de fugir do seus braços.
Em silêncio e vontade de falar nada. Voltei a fechar os olhos. Não quero ter que falar com ele agora. Pois, quando eu queria que ele dissesse alguma coisa para mim. Pietro fez questão de esclarecer que algumas revelações não deveriam serem ditas. Então ele que se contente com o meu silêncio, por enquanto.
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Aruna No Âmago Do Ceo
RomancePietro Santorini é um magnata da agroindústria brasileira, que se sente satisfeito por ter se tornado um Ceo, ligado ao agronegócio em seu Pais. No entanto, o que ele não imagina é que fará um acordo que o impedirá de garantir a felicidade da mulher...