PIETRO SANTORINI
Cruzo as pernas e apoio a mão direita no meu queixo ao me acomodar confortavelmente na poltrona, em frente a cama, onde a garota está sentada, me olhando a espera de uma resposta sem se quer ter hesitado, em me fazer uma pergunta tão corajosa. Começo a pensar no porquê eu a ajudei, e o motivo de está fazendo isso agora, e não encontro uma resposta concreta para pergunta da jovem, em minha frente.
No começo talvez eu tenha salvado ela daquele homem, por ter sido o certo a se fazer. Por uma espécie de boa conduta que todo ser humano deve possui. Mas agora, olhando para também. Percebi, que não foi o senso da boa moral falando mais dentro de mim, que me fez ajudá-la. Foi ódio que tomou conta de mim, quando a vi jogada naquela rua, sendo espancada. Além disso, continuo a amparando porquê estou com pena dela.
O médico que a examinou disse que ela está machucada. Mas que a causa do seu desmaio é uma leve desnutrição em seu corpo. Ele disse que considerando a altura dela, pôde perceber assim que a viu, que ela está abaixo do peso. E que se ela continuar tendo um peso tão baixo, Aruna, terá que lidar complicações futuras com relação a sua saúde física.
- Estou sendo bom com você, porque eu posso. - Aproveito esse momento de tranquilo entre nós, avaliar Aruna, com mais cuidado. Pois eu a observei antes, ela ainda estava desacordada.
Aruna é negra, e os traços do seu rosto são muito finos. Ela também é alta e tem cabelos negros longos, que de certa forma, combina com ela. Já percebi que ela é jovem, e que também está visivelmente maltratada. Já que não vi os típicos detalhes femininos que uma garota deve ter. Como por exemplo, os cabelos hidratados. Além da aparência de suas roupas estarem desgastadas e o odor ruim, que sinto vindo do seu corpo. Todo esse conjunto de coisas chamam minha atenção nessa garota.
- Todo americano é assim? - Pergunta apontando para mim. - Cheio de si. - sussura.
- Americano? - Não entendi porque ela se referiu a mim com esse nome.
- Eu trabalho em no lixão. Lá tem muitas revistas de outros países, e eu vi uma com uma foto sua na capa. Você é um homem da América. Um brasileiro. - Explicou me deixando surpreso com sua inteligência.
- Eu nunca tinha parado para pensar nos detalhes sobre de onde eu vim. Mas você pontuou isso com bastante sagacidade hoje.
- O que quer dizer, com sagacidade? - Pergunta me olhando com desconfiança
- Que é uma menina esperta. - Respondo sem deixar de pensar onde ela me disse que trabalha. Isso explica porque ela está com mal cheiro.
- Obrigada - agradece parando de me encarar.
- O que você faz exatamente no seu trabalho? Quantos anos você tem, menina? - Indago curioso.
- Pare de chamar de menina! Eu tenho dezoito anos, sou uma mulher adulta! - Fala chateada por eu a chamar de menina.
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Aruna No Âmago Do Ceo
RomancePietro Santorini é um magnata da agroindústria brasileira, que se sente satisfeito por ter se tornado um Ceo, ligado ao agronegócio em seu Pais. No entanto, o que ele não imagina é que fará um acordo que o impedirá de garantir a felicidade da mulher...