CAPÍTULO 13

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ARUNA

A cada dia que passa eu sinto que fico mais próxima do americano e isso não me assusta como deveria assustar. Quer dizer, eu conto cada minuto que estou perto dele, e quando tenho que me afastar não gosto nem um pouco de ter que fazer isso.

Dentro do escritório quando ele me segurou para que eu não levasse uma queda. Eu sentir uma sensação desconhecida percorrer o meu corpo. Meu coração acelerou e juntamente com ele, um desejo libidinoso e nada puritano tomar o meu ser. Ao chegar em casa naquela noite fiquei me perguntando se já tinha sentido desejo por algum homem e não encontrei pista alguma de que tenha sentido o sentimento de desejo por alguém antes.

- Filha por que está tão distraída? - Minha chega perto de mim.

- Não sei! - Nego mentindo.  - Talvez sinto falta do trabalho  - Na verdade, queria ver o americano.

- Entendo! O trabalho que arranjou ajuda muito. Mas devia sair para aproveitar o Holi. Esse o único dia, que você pode sair alegre por ai. - Fala se referindo a liberdade de abraçar que temos durante o festival.

- O barulho lá fora demonstra a euforia do povo. Até o pai foi brincar também, junto com os meninos.  - Só estamos eu minha mãe dentro de casa.

- Sim! Eu estou aqui por você. Mas espero que queira ir se divertir também. Por que não chama uma amiga, para sair pelas ruas junto com você? - Minha pergunta fazendo uma ideia surgir na minha cabeça.

- Como não pensei nisso antes? Mãe obrigada! Já vou indo! Não demora a encontrar o meu pai! - Grito saindo correndo pela porta de casa, feito uma doida. Passo pelas ruas e sou alvo das brincadeiras do pessoal do bairro.

A essa altura eu já estava coberta de tinta colorida o que não me impdiu de atravessar o portão da casa do americano e o procurar. Assim que fui deixada pelo riquexà no seu endereço.

- Sr. Santorini?! - Chamo olhando em volta da sala, mas aqui não tem ninguém. Vou em direção ao escritório, e também não o encontrei lá dentro.  - Onde ele pode estar? - Murmuro pensativa. - Ah, já sei!  - Grito indo até os quartos.

Assim que paro em frente o quarto do americano, bato levemente na porta e ouço ele dizer um entre. E eu o faço de uma vez só que paro estática no mesmo instante em que o vejo com o torço nu e apenas uma toalha cobrindo sua cintura.

- Droga, Aruna! Vira de costa eu pensei que fosse Igor! O que faz aqui?! - Ele indaga irritado comigo.

Faço o que ele pediu e viro dando as costa a ele. Como podia imaginar que ele estaria quase nu? Eu não tenho culpa! Grito no meu pensamento.

- Por que está gritando comigo? Foi um acidente! Não precisa ficar tão nervoso.  - Falo.

- Se Maya entrar aqui e pegar nós dois, nessa situação. Eu vou me ferrar querida. E tenho certeza de que você, não quer isso. Por favor, saia e me espere na sala. Daqui a pouco eu vou pra lá também.  - Pede e eu saio do quarto o mais rápido que eu posso.

- Céus! - Murmuro com espanto ao chegar na sala. Caio sentada no sofá.  - Oh!  - Murmurei sentido aquele desejo desconhecido ascender uma chama ardente em meu corpo.

Penso na imagem que vi agora a pouco e me sinto quente. Pois foi a primeira vez, que eu vi um homem despido daquele jeito. O americano não tem só um rosto lindo, mas também um corpo atraente. Ele forte, e não estou falando de músculos, mas de algo dado direto pela natureza. Além disso, tem o abdômen liso que conta com um junto de pelos dourados, lhe dar um ar, rústico. Fecho os olhos envergonhada ao pensar onde vai parar aquela trilha de pelos loiros e me obrigo a parar de imaginar em tamanha perversão.

- Você estar bem? - Abro os olhos levando um susto ao ver o americano parado na minha frente, me encarando com preocupação.

- Eu acho que... eu preciso de água  - Falo sentido vergonha dos meus próprios pensamentos. Em toda minha vida eu nunca tive a curiosidade de pensar essas coisas que estava pensando.

- Calma! Fica aí sentada. Eu... eu vou pegar. - Diz saindo da minha frente. Sei que ele foi em direção a cozinha da casa.

- Como você pôde pensar em... - Céus! Fecho os novamente brigando comigo mesma.

- Aqui - O americano estica o braço me oferecendo um copo com água. Assim que volta da cozinha.

- Obrigada. - Sussuro pegando o copo das mãos dele.

- Eu não quero ser rude. Gosto da sua companhia. Mas o que veio fazer aqui quando todos estão lá fora, comemorando o tal festival?  - Questionou.

- Exato, Todos estão lá fora. Menos você. Eu vim te chamar pra comemorar o Holi, comigo.  - Respondi após beber toda minha água.

- Hum! - Exclama incrédulo. - Você não tem uma amiga, ou algo parecido com uma? - Perguntou.

- Não, eu não tenho.  - Neguei.  - Vamos! Por favor! - Insistir o estimulando a aceitar o meu pedido.

- Me dê um motivo para aceitar essa loucura? Eu estou trabalho aqui, e não gosto de multidão como aqui tem aí fora agora.  - Ele disse todo ranzinza

- Você é estrangeiro e está aqui na Índia, no dia do Holi. É um pecado ficar trancado nessa casa enorme. Quando todo mundo está lá fora, se divertindo. Além disso, se você não vier comigo vou me sentir na obrigação de ficar aqui entendia, junto com você.  - Fiz chantagem emocional.

- Você não ousaria...- Ele duvidou me encarando com o olhar estreito.

- Bom... - Finjo inocência. Desviando do seu olhar de incredulidade.  - Às vezes eu tenho que ser ousada.  - Falo voltando a olhar para o americano na minha frente.

- Então além de, curiosa e destemida. Você é ousada! Acredite em mim quando digo que estou com vontade, de lhe dar umas palmadas.  - Diz e eu instintivamente me afasto dele.

- Teria coragem de bater em mim? - Pergunto receosa.

- Teria - Concordou.  - Não do jeito que está pensando! Por isso, não vou encostar um dedo em você Aruna. Mas... - Faz uma pausa. - Vamos lá! Eu aceito comemorar o festival com você.  - Aceitou depois de ter parcialmente me feito recuar.

O que estão achando dos capítulos postados até aqui?


Aruna No Âmago Do CeoOnde histórias criam vida. Descubra agora