PIETRO SANTORINI
- Seu sogro é mesmo temperamental. Como ele conseguiu nos trazer em um restaurante Indiano que serve comida ocidental, oleosa? Ele quer provocar você, pu algo assim? - Perguntei a Igor assim nós dois entramos dentro do restaurante que Kattappa escolheu pra Igor conhecer a filha dele.
- Eu não sei. Você mesmo disse que o homem é temperamental. Ele poderia apenas ter reservado um restaurante tipo daqui, mais não fez isso. Sinceramente não sei o que ele pode está pensando sobre mim agora - Igor diz olhando as mesas ao nosso redor.
- Como combinamos eu e a mulher que virá acompanhado a sua noiva. Vamos nos sentar em uma mesa um pouco distante da mesa que você, e a sua noiva vão ocupar. Tente não não fazer nenhuma bobagem, a garota estará sobre vigilância, e se você maltratar sua futura esposa, Kattappa não vai facilitar as coisas para nós dois, nem o fim do seu noivado. - Digo a Igor que fica sério no momento em que eu lembro a ele o que está em jogo.
- Eu só quero conhecer a moça e decidir se vou me casar com ela, ou não - Ele diz antes que um garçom venha até nós. - Eu sei muito bem como me comportar mais e você? Já parou para pensar que vai jantar com uma estranha que verá somente uma vez na vida? - Pergunta.
- Janto com bando de homens enfadonhos praticamente todos os dias. Desfrutar da companhia de uma bela mulher, enquanto como uma deliciosa refeição, não vai ser nenhum sacrifício. - Respondo, e garçom aparece. Ele nos mostra onde fica nossa mesas, e nos leva até elas. Às duas ficam próximas.
- Traga uma garrafa de vinho por favor? - Pedi a ele.
- Senhor, nosso restaurante não oferece bebidas alcoólicas. Não temos permissão pra vender álcool aqui. Se quiser, sirvo um jarra com água. - Ele oferece uma alternativa, contornando toda essa situação estranha.
- Vocês não servem bebidas em lugares públicos? - Pergunto estranhando o modo como os Indianos vivem nesse país.
- Não só em lugares que tem permissão das autoridades. - Explica.
- Esqueça! Quando minha acompanhante chegar farei o pedido - Digo dispensando o garçom que saiu educadamente da minha mesa.
Quando ele sai pego o meu celular e começo a ler as mensagens que Lais me enviou antes que eu saísse de casa. Ela fala sobre vários assuntos mais insiste em querer saber quando eu volto para o Brasil.
Escrevo vagamente sobre algumas coisas que ela comentou e respondo que logo estarei voltando para o nosso país, mas que não sei data ainda. Por fim, a conselho a ela dar uma pausa no trabalho, para descansar. Já que ela disse que tem trabalhado demais ultimamente.
- Oh, não! É você .- Ouço uma voz idêntica a de Aruna, murmurar com decepção. E paro de digitar no celular, quando ergo a cabeça para ver quem está falando.
Assim que os meus olhos veem a figura de Aruna na minha frente me olhando com surpresa e um leve toque de desapontamento. Toda tranquilidade e simpatia que eu tinha reunido para lidar com uma completa desconhecida nesse jantar, num instante desapareceu. E deu lugar ao misto de sentimentos complexos que eu sinto por Aruna desde quando a vi pela primeira vez.
- Sou eu - Murmuro totalmente surpreso por ver ela aqui também.
Vejo como ela olha em volta do restaurante e faz uma careta, quando seu olhar encontra a mesa em que Igor está sentado com a noiva dele.
Então, foi Aruna quem Kattappa enviou como acompanhante da filha? Eu estou surpreso! Mais não nego que adorei essa coincidência.
- Senta. Nós dois precisamos conversar - Pedi, dizendo a ela que tomasse o seu lugar a mesa.
Levanto do meu lugar e vou puxar a cadeira para Aruna sentar. Assim que faço isso ela olha para cadeira e depois para mim, com relutância.
- Por favor, Aruna senta. Eu preciso mesmo falar com você, sobre as coisas que eu disse - Implorei com o olhar.
- Seu advogado é o noivo dela? - Pergunta quando senta a mesa.
- É o que parece - Eu disse. - Mais eu não quero falar deles. Quero falar sobre nós, e saber se você está bem? Seu pai, veio me procurar. Ele fez alguma coisa com você? Eu...estou preocupado com você Aruna, eu...não queria magoar você. - Disse e toque a mão dela por cima da mesa. Assim que fiz isso Aruna puxou a mão da minha com rapidez.
- Você não foi rude com o meu pai, foi? Pietro, por favor. Diga para mim que você não tratou mal, o meu pai? - Ela perguntou aflita com a possibilidade de que eu tenha sido ignorante com seu pai.
- Eu não fiz nada contra ele. Se quer saber, eu me simpatizei muito com modo dele de ser. - Lembro de como ele foi franco comigo, ao tentar defender o bem estar de Aruna.
- É difícil acreditar em você quando fez exatamente o contrário. Ao me tratar com frieza daquele jeito. Pietro, eu entendi que não me ama, e que posição eu posso ocupar na sua vida. Aliás, você não tem culpa por eu ter me apaixonado. Talvez esse sentimento nem dure tanto quanto eu imagino. Mas eu não quero mais ser a sua amante. Eu quero desfazer o acordo entre nós. E também acho melhor parar ir a sua casa. Foi um erro eu ter pedido a você que mostrasse como é estar envolvida com um homem. Eu não quero mais. Eu...quero me afastar de você. - Fala ressentida com que eu fiz.
- Não era dessa maneira que eu queria que as coisas acabassem entre nós. Você tem todo o direito de me rejeitar, e não me querer mais. Mas não posso permitir que largue o emprego na minha casa. - Digo indiferente tentando camuflar minha decepção por perdê-la tão cedo.
- Como assim não vai permitir? Você não pode me manter presa a você. Eu quero ficar longe de você. - Fala baixo para que ninguém dentro do restaurante, ouça sua voz.
- Eu preciso me a segurar que você não vai estar grávida, quando eu for embora daqui. E manter você por perto, é o melhor jeito deu conseguir garantir isso com segurança, Aruna. Além disso Maya, precisa da sua ajuda na cozinha. - Essa última parte é uma mentira. Maya pode muito arrumar uma pessoa pra ajudar ela na cozinha. A verdade era que eu ainda não queria Aruna longe de mim e da minha proteção. Eu podia não está apaixonado por ela, mais o carinho e a simpatia que eu nutro por ela são sentimentos genuinamente verdadeiros. Cuidar dela foi minha prioridade desde o início.
Se eu permitir que Aruna se afaste de mim agora. Além de correr um risco enorme dela ficar grávida, e eu não saber. Não terei mais uma desculpa plausível para continuar sendo o seu provedor. O que a obrigaria a ter que voltar a catar lixo junto da sua família, para sobreviver.
Eu não posso permitir que Aruna volte a ter uma vida difícil e miserável novamente. Só de imaginar ela voltando a ter problemas de saúde por não se alimentar corretamente, me sinto completamente náuseado. Sem contar ela pode correr o risco, de voltar a ser agredida outra vez.
-E se eu me negar a fazer o que você está pedindo? Não sou obrigada a ficar perto de você. O nosso acordo não tornou você, o meu dono. - Ela se impôs se esquecendo de quem sou. Na verdade Aruna só tinha visto o meu lado bom até agora. E admito que eu não queria que ele conhecesse outro além desse.
No entanto se para manter ela segura eu teria que me transformar num homem cruel, ao seus olhos. Que fosse! Eu me tornaria o que ela precisasse.
- Não é um pedido. Você vai ficar sobre a minha vigilância, até a minha volta para o Brasil. Ou eu forço sua família, a perder todo o sustento de vocês. Basta uma ordem minha Aruna, e o seu pai ficará desempregado para sempre nessa cidade. Não me desafie eu cumpro as minhas promessas, e você sabe muito bem disso.
- Você está conseguindo fazer com que eu comece a te odiar. - Ela Murmura baixinho, com olhar refletindo ainda mais magoa e decepção.
- Então, eu espero que um dia toda magoa que você está sentindo por mim agora. Se transforme um dia, em seu perdão. - Falo de um jeito que só ela possa ouvir a minha voz.
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Aruna No Âmago Do Ceo
RomancePietro Santorini é um magnata da agroindústria brasileira, que se sente satisfeito por ter se tornado um Ceo, ligado ao agronegócio em seu Pais. No entanto, o que ele não imagina é que fará um acordo que o impedirá de garantir a felicidade da mulher...