CAPÍTULO 34

55 8 0
                                    

ARUNA

- Menina quando termina de lavar o patio venha me ajudar aqui dentro. O frango não vai parar na panela, sozinho! - Ouvir Maya gritar e sorri discretamente para mim mesmo com a sua fala escandalosa.

É claro que o frango na cozinha não ia parar por contra própria, ela sabia disse. Mas ainda sim, gosta de fazer um drama com quase tudo.

- Já, já, eu termino aqui. E vou aí te ajudar. Tente não se desesperar ou frango vai realmente voar até a panela  - Falei sem gritar recebendo em troca um olhar travesso da dona Maya, que voltou pra dentro da cozinha balançando a cabeça de um lado para outro com um sorriso nos lábios.

Rio animada por causa dessa travessura e congelo no lugar assim que ergo a minha cabeça e vejo a figura de Pietro de me olhando atrás da janela, com um olhar indecifrável.

Ele realmente tinha que está ali me espionando? Como disse a ele voltei a trabalhar na sua casa com antes. E para minha completa surpresa ele soube manter distância de mim, e não forçou nem uma aproximação entre a gente. Eu não ia mais no escritório dele, e também não limpava o quarto que ele ocupa na mansão. Acho que ele pediu a maya que fizesse isso ao invés de mim, e também não dissesse ou me perguntasse nada, já que ela não tinha vindo até mim para tocar nesse assunto comigo. Se eu disser que está sendo fácil ficar longe do americano eu vou estar mentindo. Pois é difícil me manter longe dele, principalmente os meus pensamentos que insiste em recordar as coisas ruins que ele me disse. No entanto, eu luto para pensar muito sobre a magoa que ele me causou já que ficar lembrando de tudo aquilo não vai me causar nada de bom. E muito contribuir para que eu o esqueça de uma vez por todas.

Paro de sorrir e viro para outro lado com a vassoura e um balde de água nas mãos. Não quero ter ficar olhando para ele, por isso dou um jeito em fugir do olhar intenso que ele transmite ao ficar me encarando tão abertamente desse jeito.

Terminei o meu serviço sem sentir mais olhar do americano sobre mim, e fui até a cozinha onde ajudei Maya a fazer o almoço.

- Me ajuda a servir a mesa? - Ele perguntou quando a comida ficou pronta. E juro que a minha a vontade é negar o seu pedido.

Se eu ajudar Maya, vou ter que ver o americano de perto e eu não quero me chegar perto dele. Porém eu não dizer não ao pedido dela, já que auxiliar ela, é minha obrigação na casa também.

- Respondi sem muita animação antes de pegar duas travessas de comida nas mãos e levar até a sala de jantar.

Logo nós duas chegamos na sala e encontramos Pietro e o advogado sentados a mesa, esperando que a gente servisse o almoço como é de costume. Maya anda na direção de Pietro, e eu sirvo a comida do advogado, respirando aliviada por não ter que chegar mais do americano. Basta eu estar presente no mesmo cômodo que ele. Penso termindo meu serviço, com um sentimento de alívio.

- Espero que eles gostem do almoço.  - Maya murmura assim que nós duas entramos na cozinha novamente.

- Eu também  - Murmuro de volta sem vontade de conversar.

- Bom! Vamos almoçar também. Eu estou com muita fome - Ela disse começando a mexer nas panelas de comida.

Eu não vou comer junto com ela. Não sinto fome.

(...)

- Aruna leve essas roupas para quarto do senhor Pietro. Eu ia levar elas lá para dentro, mais o meu sobrinho está me chamando. Deve ser uma coisa importante, já que ele quase nunca faz isso. - Maya diz vindo até mim. Ela me estendeu os braços com pilha de roupa limpas nas mãos. E eu tive que pegá-las, para fazer o que ela me pediu.

- Vou colocar elas em cima da cama, tudo bem? - Pergunto olhando para Maya

- Pode deixar elas lá mesmo. Daqui a pouco eu subo. E guardo todas elas, no closet  - Ela diz. E eu saio da frente dela, logo em seguida.

Pelo o que sei, Pietro não está lá dentro do quarto dele. Portanto, eu não vou ter problemas em entrar lá. Colocar essas roupas em cima da cama rapidinho, e sair do quarto sem que ela ao menos adivinhe que eu estive em seu quarto.

Assim que chego no meu destino estico o meu braço com dificuldade em direção a porta do quarto, por causa das roupas  ocupando os meus braços. E abro a mesma devagar sem fazer barulho. Entro dentro do quarto olhando tudo ao meu redor verificando se Pietro não estava mesmo ali como esperava. E assim que vi que não havia ninguém aqui dentro, andei até a cama e coloquei as roupas com cuidado em cima do colchão.

Sem que eu esperasse assim que me virei para sair do quarto. Colidir com o peito musculoso de Pietro, que acabava de tomar banho pelo o cheiro de perfume que pairou pelo o ar e adentrou o meu olfato me pegando de surpresa, pois eu não esperava sentir esse aroma inebriante outra vez. Não esse que eu só tive o privilégio de sentir durante os nossos momentos mais íntimos.

- Você estar bem? Se machucou? - Pietro Pergunta querendo saber se eu não tinha me ferido.

Apesar, de ter colidido com ele abruptamente. Eu não me ferir fisicamente, como ele está querendo saber. Na verdade, eu estou perfeitamente bem, e ele sabe disso. No entanto essa proximidade tão repentina com ele é o que não estar me fazendo bem, e me esmigalhou.

Uma mistura de emoções invadiu o meu coração e o desejo se fazia presente lá dentro liderando todos outros. Se sobressaindo a todos eles, como se fosse o único e o mais forte de todos.  Olhei para o torço nu de Pietro pigando água e tive que erguer as mãos, e me segurar nos ombros dele, quando minhas pernas amoleceram, e quase foram ao chão por ter tido aquela visão,.que certamente seria a mais tentadora de toda a minha vida.

Com medo da minha reação e do que eu seria capaz de fazer nesse momento. Empurro Pietro pra longe de mim, e me afasto do seu corpo tentador, antes de sair correndo do quarto como se dependesse dessa fuga, para poder continuar vivendo minha vida.

Eu corri. Eu fugir. Só não sei porquanto tempo ia conseguir continuar fazendo isso.

Aruna No Âmago Do CeoOnde histórias criam vida. Descubra agora