CAPÍTULO 43

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PIETRO SANTORINI

Me encosto na parede ao lado do interfone e indago completamente atordoado.

- Que tipo de peça ridícula eles estão tentando pregar em mim? - Me perguntei e ergui a cabeça um pouco para cima antes de esfregar as mãos no meu rosto, totalmente frustrado com essa situação surpresa.

Embora eu sentisse falta de Aruna a maior parte do tempo.  Me esquecendo dela apenas quando estou focado no trabalho no campo ou enfiado dentro de alguma reunião enfadonha em sala de reuniões da empresa. É difícil acreditar que ela esteja lá fora nesse momento. Se é mesmo ela quem veio me procurar, que  motivo a levou a fezer isso? Como ela veio parar aqui no Brasil? E por que diabos ela trouxe um bebê junto com ela?

O meu cérebro gira tentando encontrar alguma resposta plausível para todas essas perguntas. No entanto, por mais que eu tente raciocinar em busca de respostas razoáveis para todas elas eu não consigo encontrar nenhuma razoavelmente adequada.

- Ela já subiu senhor - Escutei o segurança informar pelo interfone.

Parece que eu vou ter todas as respostas para as perguntas que estão rondando a minha cabeça agora. Penso tentando dissipar toda inquietação estou sentindo nesse momento.

- Eu preciso ficar calmo  - Murmuro ao deixar todo espanto de lado. Tentando voltar ao uso perfeito das minhas faculdades mentais. Só assim eu teria cabeça para lidar seja lá com que for que estivesse acontecendo, e ou vai acontecer agora também. Portanto, quando escuto o interfone tocar outra vez, me preparo mentalmente e abro a porta esperando ver uma estranha parada do lado de fora esperando por mim. E não, há Aruna, que eu havia conhecido na Índia.

Assim, que os meus olhos caem sobre a figura feminina de Aruna retraída na minha frente. Não tenho dúvidas, de que estou realmente tendo alucinações psíquica!. Dou alguns passos na direção dela e ergo a minha mão tentando tocar o seu rosto, mas ela se esquivou do meu toque no mesmo instante em que tentei tocá-la com as minhas mãos. Um sinal evidente de que ela estava me rejeitando, em nome dos conflitos passados que havia entre nós dois. E que haviam ficado inacabadas.

- É você mesmo - Eu disse quase como se estivesse fazendo uma pergunta. A mais tola inclusive! Porém não tem como eu acreditar no que estou vendo.

- Sou eu - Aruna balbuciou lentamente - Eu posso entrar? Ele não pode ficar muito tempo de baixo desse vento. - Perguntou e pela a primeira vez meu olhar foi de encontro ao bebê que está aconchegado em seus braços. Enrolado numa manta azul, que está me impedindo de ver o seu rosto e também o seu pequeno corpo.  Além disso, há também uma pequena mala com ela.

- Sim, pode entrar - Respondo dando espaço pra Aruna e o bebê entrarem pra dentro do apartamento. Penso se essa situação  está sendo estranha para ela também, como está sendo para mim, que não sei direito o que pensar sobre sua presença inesperada na minha vida novamente. E com um bebê junto dela.

- Obrigada  - Agradece polidamente. Enquanto eu fecho a porta devagar para evitar algum barulho ou até mesmo simples ruido se quer.

Quando eu penso em me virar e interrogar Aruna. Ela fala bem mais rápido do que eu.

- Eu sei que deve está se fazendo um monte de perguntas e eu vou responder a todas. Eu juro a você!. Mas estou muito cansada agora e também preciso trocar a fralda do meu filho. Será que você pode me mostrar um lugar onde eu posso dar banho nele? - Ela fala de uma vez.

Filho? É dela o bebê? Aruna teve um filho, e ele é um bebê, e está aqui na minha frente. Então, ele só pode ser....Não! não, não, não! Nego mentalmente o absurdo que veio na a minha mente.

Aruna No Âmago Do CeoOnde histórias criam vida. Descubra agora