Anteriormente:
Eu: Não, Peter. Já olhou pro seu desenho?
Peter: Claro que já olhei- abri a boca para falar, mas ele foi mais rápido- E prefiro o seu- fiz uma careta, e ele bufou- Ah, Kat, para com isso. Você sabe, aqui no fundo- colocou o dedo no meu coração- que é a melhor- dei um sorrisinho, envergonhada.- Olha só pra isso, Kat. Esse desenho é especial. Parece que tem alguma coisa diferente nele. E é paixão. Você desenhou esses olhos-que eu sei muito bem de quem são- com paixão, Kat.- ele sorriu.
Eu: obrigada, Peter- eu sorri, e ele me devolveu o desenho. Entreguei-o à professora, e guardei todo o meu material na mala. Já era a última aula, então, liguei meu celular. Logo, pude ver as horas, e concluí que daqui a 2 minutos o sinal toca. Guardei o meu celular no bolso, e esperei que o sinal tocasse.
* * * *
Caminhava rapidamente até o meu armário, com Peter do meu lado. Havíamos ido ao seu armário, e então estávamos indo ao meu. Passamos por um corredor, e alguns garotos tarados começaram a assobiar, fazendo com que eu bufasse nervosamente, revirando meus olhos. Chegamos no armário, e tirei a chave da minha mala. Abri-o, guardando os livros das matérias que eu não tinha lição para fazer. Tranquei o pequeno armário, tirando meu celular do bolso de trás das calças, e me virei de costas, dando de cara com um Peter sorridente.
Eu: Vamos?- falei, prestando atenção no pequeno aparelho em minhas mãos.
Peter: Claro- sorriu.
Andamos lado a lado até a saída do grande edifício. Logo, avistei uma BMW I8 branca com um loiro, de óculos escuros e um boné, encostado no carro. Sorri, identificando-o como meu namorado. Franzi o cenho, intrigada em como esse lugar ainda não estava inundado de fãs histéricas. Dei uma risadinha, arrastando Peter comigo até o carro. Ele, olhando sem me intender, apenas encolheu os olhos, deixando que eu o arrastasse até meu namorado. Niall, por sua vez, demonstrava uma cara sem expressão alguma, me deixando confusa.
Eu: Olá Niall!- sorrio, abraçando-o discretamente. Ele franze o cenho, sem entender. Sussurro no seu ouvido um "Entra na onda, depois te explico". Ele, com uma cara não muito boa, assentiu.
Niall: Ãnh, olá Katherine.- disse, me abraçando.
Eu: Niall, esse é Peter, meu amigo que me ajudou hoje!- sorri- Peter, esse é Niall, meu amigo. Mas você já deve saber quem ele é- apresentei-os. Peter sorriu, ainda maravilhado por estar conhecendo "Niall Horan dos One Direction", e trocou um aperto de mão com Niall.
Niall: Bem, vamos Kat?- ele apontou para o carro
Eu: Claro- sorri. Ele deu a volta no carro, e entrou.- Tchau, Peter- sorri-lhe, abraçando-o.
Peter: Até amanhã- ele sorriu, indo em direção aos montes de bicicletas.
Entrei no carro, e me aproximei do rosto de Niall, já sem óculos e boné, para lhe dar um beijo. Porém, ele se afastou. Minha mão nem chegou a encostar na pele de sua bochecha, como sempre faço antes de beijá-lo. Respirei fundo, tensa. O que eu tinha feito de errado?
A viajem até em casa foi desgastante. Nenhum de nós se atreveu a abrir a boca, e o silêncio estava me matando. Não tinha ideia do que tinha feito de errado, e o jeito de Niall me magoou, de certa forma. Me lembrava de antes. Por que ele estava estranho?
Niall estacionou o carro na sua vaga da garagem, e saímos do carro. Ele mantinha sua expressão fria, e isso me deixou assustada. O que está acontecendo?
Caminhamos até o elevador, e eu apertei o botão do mesmo. Olhei para ele, que percebeu, e puxou seu celular do bolso, tentando me evitar. Suspirei, segurando algumas lágrimas presas nos meu olhos. Não ia chorar agora, ainda mais não sabendo o que eu fiz para ele. Contudo, a sua indiferença para mim é um baque no meu peito, e eu nunca pensei que pudesse doer tanto ser ignorada, ainda mais por quem amamos.
O elevador chegou, e ele ainda não tinha estabelecido contato visual comigo. Olhei para os números, e apertei o 21. Ele, por sua vez, apertou o 25. Suspirei, olhando para o teto.
O elevador subia lentamente, fazendo com que meu coração doesse ainda mais, por uma razão desconhecida. Assim que cheguei ao meu andar, respirei fundo, e fiquei esperando que a porta abrisse. Ela abriu, e forcei minha voz sair da minha garganta.
Eu: Bem, obrigada, Niall.- suspirei, segurando a porta do elevador com meu braço direito.- Desculpa, por alguma coisa.- ele, finalmente olhou para mim. Pude sentir que meus olhos marejados chamaram a sua atenção, e uma rápida cara de dor e desespero foi projetada no seu rosto, mas, rapidamente, se desfez. Ele se aproximou e, quando eu achei que finalmente ganharia meu tão esperado beijo, senti seus lábios na minha bochecha. Uma rápida lágrima escorreu pelo meu rosto, e rapidamente me virei de costas, não queria dar esse gostinho à ele. Passei a minha mão pela bochecha beijada pelo garoto irlandês, e não sabia se ficava feliz por ter recebido esse beijo, ou triste por não ter sido como eu imaginei. Peguei a chave de casa, e entrei na mesma, sem olhar para trás.
* * * *
Continuo concentrada em checar minhas tarefas, e devo dizer que estou satisfeita. Acho que fiz um ótimo trabalho, e essa é uma sensação maravilhosa. Quando cheguei, fui bombardeada de perguntas por Luke.
"Como foi?", "Gostou de lá?" , "Fez amizades?", "Trocou seu número com alguém?", "Os professores são legais?", "Algum marmanjo se aproximou de ti?", entre outras várias perguntas. Respondi-as com muito orgulho no meu peito, estava realizada por estar realizando esse sonho tão especial. Louis também ficou muito feliz, me ligou assim que eu terminei de almoçar. Assim como Luke, estava com um sorriso no rosto, e ele aumentava a cada pergunta que eu respondia, orgulhosa de mim mesma, de certa forma.
Suspiro, guardando todos os meus matérias na mala, e preparo minha roupa para amanhã. Uma calça jeans verde clara, quase branca, uma camiseta floral, e sapatilhas douradas. Um casaco que couro bege, e estava tudo pronto.
Caminhei até o banheiro, e lavei o rosto. Algo pesou nos meus dedos, e olhei para o objeto prata que tinha em meu dedo anelar. Me sentei no vaso sanitário, ainda hipnotizada pelo lindo anel que meu suposto namorado tinha dado-me, e com tanto carinho eu recebi. Uma única pergunta continuava rebolando pela minha mente que, por momentos, quis saber a droga da resposta.
O que aconteceu com o meu Niall?
Lágrimas brotaram nos meus olhos, e escorriam com uma velocidade incrível pelas minhas bochechas. Minha garganta doía, e as palavras ficam presas nela. Me permito chorar em silêncio, dando fungadas baixas, enquanto meu coração suplica para que eu troque a dor dele, por outra dor. Mas, aquilo, eu nunca mais irei fazer. Ele não merece.
* * * *
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Bullying Story ➸ n.h
FanfictionSua vida pode ser uma comédia, uma aventura ou uma história de superação, sucesso e amor. Mas pode ser também um drama, uma trajédia ou a monotonia da não-mudança. Porque todos nós temos tudo isso em nossas vidas. O que muda é como editamos, em qua...
