➸ Twenty-three

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Katherine's Pov

--Amo-te mais que tudo na minha vida espero que saiba disso. Boa noite meu príncipe- eu disse, acariciando sua mão por cima do meu abdômen, e ele deu uma beijo na minha nuca, sussurrando um "boa noite meu amor"

* * * *

Senti uns beijinhos no meu rosto, e cocei os olhos e os abri. Minha vida. Meu tudo. Meu homem. Meu Niall.

--Bom dia meu amor- disse e dei um selinho na ponta do seu nariz

--Bom dia minha vida- sorri- Dormiu bem? - sorriu.

--Sim amor, muito bem. Isso tudo são saudades?- ri.

--Tu andas a drogar-me, só pode...- ele disse, e riu ligeiramente.

--Porquê? - digo e encaro seus lábios rosados. As minhas mãos, posicionadas nos seus ombros, agora vão para o seu rosto, fazendo pequenos movimentos circulares, com meu polegares, nas suas bochechas.

-Por que nunca fiquei tão viciado em alguém, como estou a ficar contigo- disse com sua voz rouca, perto do meu ouvido.

--Hmm... Amor- ri- assim você me deixa sem graça... - ri novamente. Ele estava conseguindo me deixar loucamente apaixonada por ele. E com essa voz rouca, no meu ouvido, acho que não rola. Que pensamentos, Kat... Que pensamentos...

--Esse é o objetivo. Agora vamos nos despachar, fiz um café da manhã especial, e depois vamos pra fisioterapia.

--Ni, se não quiseres ir, não vá. Não é você que precisa ir, sou eu.- disse, meio triste pelas próprias palavras.

Niall pegou no meu queixo e levantou, me fazendo olhar praqueles olhos azuis que tanto me hipnotizo.

--Mas eu quero ir, e não se fala mais nisso, okay?- perguntou, logo de seguida me deu um selinho rápido, como um bate-chapas.

--Okay...- disse dando um beijinho em seu nariz- Agora, me ajudas a me trocar? Quero ir decentemente pra algum lugar, ainda mais com um famoso- ri.

--Claro- me pegou no colo, estilo princesa, e me levou para o seu ENORME closet. Aquilo mais parecia minha cozinha inteira do que um closet, de tão grande, mas ok, tenho que me habituar a casa de um famoso.

--Hmm, pega ali aquelas leggings cinzas... Deixa eu pensar...- Niall riu com a ultima parte que eu disse- Ah! Já sei! Aquela blusa de renda branca, e aquela jaqueta cinza, da mesma cor das leggings. Aquele cachecol de pelos, beje, e aquelas Ankle boots, também cinza.

--Aquelas Ank...Ankoquê? - riu

--Ankle boots, amor- ri- aquelas botinhas ali- apontei pra onde estavam.

--Ok, já vejo que tens ótimo gosto pra escolher roupa- ele riu.

--É verdade- me gabei- Vamos lá tomar o café da manhã especial que você nos preparou, depois me ajudas a vestir.

--Vamos então- pegou-me ao colo, e me levou pra sala de lazer, aquela que ficamos ontem, e me sentou no sofá, com uma manta quentinha por cima.

--Amor, você não disse que nós íamos comer? - ri

--Claro que sim, princesa. Só que vai ser aqui. Lá na cozinha está um frio do caramba, não vais querer ficar lá- disse e riu junto comigo

--O senhor é que manda! - disse dando um beijinho na sua face. Ele foi até a cozinha e voltou com uma bandeja cheia de coisa gostosa. Em cima da bandeja estava uma toalha branca, e um vaso com uma rosa vermelha no mesmo. Haviam torradas, manteiga, queijo, presunto, cookies e nutella. Também tinha morangos com chantilly. Tinha 2 copos com suco de laranja. Como não amar esse homem?- Amo-te tanto...Sabias?

--Mais do que ninguém minha jujuba.

--EI! Só o Lou que pode me chamar assim! - dei um leve tapa no seu peito- É o meu apelido de infância!- ri.

--Ah, entendi- ele riu- Que apelido ein, amor. Mas, me conta da sua infância Kat?- Assim que ouvi aquilo, engoli em seco. Minha infância?

--M-Minha i-infância?- gaguejei.

--É... Mas se não quiser me contar, não precisa- ele assegurou.

--Não, amor... Acho que já é hora de você saber como tudo começou.

--Amor, assim você me deixa assustado...Conta, mas lembra que eu estou aqui pra você. E não precisa segurar as lagrimas... - disse, e sorriu

--Ok. Bem, pra mim, a minha infância foi até os meus 8 anos. Antes disso, eu era muito alegre, brincalhona e divertida. Adorava chamar atenção de todos. Naquela época, eu, Luke, e Louis éramos muito próximos, mas, depois de um acontecimento. Minha vida deu uma volta de 180 graus.Bem, eu e Luke estávamos na casa do Louis, quando nossos pais resolveram sair. Eles nos deixaram com a babá de Louis, a Dona Celeste. E-eu só lembro d-de eles n-não v-voltando mais p-pra casa.- disse chorando, e me encolhendo nos braços de Niall- Johannah, a mãe do Louis, me disse que eles haviam tido um acidente de carro. A partir daí, eu fui para uma casa de adoções com Luke. Lá, as outras crianças nos maltratavam, nos batiam como se fossemos as propriedades deles. Mas, quando Luke fez 18 anos, pôde sair de lá, e me levou junto. Na época, pedimos ajuda à Johannah, que nos ajudou, mas depois não aceitamos mais ajuda de ninguém. Luke começou a trabalhar, e eu ganhei uma bolsa na universidade. Na época, eu tinha apenas 16 anos, mas os diretores disseram que eu tinha o potencial para entrar com aquela idade. Eu lembro que fiquei mais feliz do que nunca. Luke também ficou muito contente.- parei, e dei um pequeno sorriso, por lembrar desses momentos.- Mas aí, quando eu achei que a minha vida iria melhorar, começaram os verdadeiros problemas...- desabei a chorar.

--Kat, você não acha que já está bom? V-você não precisa me falar m-mais nada meu amor.

--Não Ni, eu quero c-continuar...Deixas?

--Claro, amor. Continua, mas lembra que eu estou aqui...- disse e me beijou.

--Aí, eu entrei na Universidade. Até aí, tudo bem...Mas, a minha vida se tornou um inferno quando as garotas de lá vasculharam a minha ficha, e viram que eu sou órfã, e que eu era bolsista. Desde aí, começou o bullying. As meninas ficavam espalhando isso pra todos. Todos riam de mim. Na época, eu até era bonita, e os garotos começavam a me agarrar, mas eu não queria. Eu gritava pra eles me largarem, chorava, e eles acabavam na diretoria. Até que um dia, eles queriam revidar, ai começaram a me bater. Nos primeiros 4 meses, não contei nada ao Luke. Mas depois, comecei a vir pra casa com marcas de dedos no meu rosto. Aí que o Luke ficou mesmo bravo. Foi até a escola, e nos primeiros 2 meses, nada me aconteceu. Até que depois eles voltaram a me bater, e depois, me ameaçaram, de que se eu contar, alguém poderia sair morto...

--Meu deus Kat...Como eu não te achei antes? Como eu nunca perguntei pro Louis se ele tinha uma prima? Como eu nunca pude te proteger?

--Para Niall. A culpa não é sua. Eu que nunca deixava Louis me ajudar. Eu tinha medo de que eles descobrissem que Louis me ajudava, e iriam atrás dele.

ATudo bem Kat, agora já passou...Vamos terminar de comer, e esquecer esse assunto. Desculpa tocar nesse assunto, não sabia que iria ficar assim- me beijou

--Não tem problema Ni, agora você já sabe o motivo de tudo. Mas não me arrependo de ter te contado. Você foi o meu maior apoio até agora- sorri fraquinho

--E sempre te apoiarei meu amor...Te amo- beijou-me.

* * * *

Fomos para a fisioterapia. Doeu? Doeu. Mas as palhaçadas que Niall fazia, ao tentar copiar os movimentos tornou tudo aquilo mais fácil. Até a doutora Sullivan começou a rir. Assim que acabamos a fisioterapia, fomos pra casa.


*BRRIGADHEIRRO* foi de propósito, tá bom lindas?

Bullying Story ➸ n.hOnde histórias criam vida. Descubra agora