Capitulo 81• Oziel.

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Gente desculpa a demora, quem me acompanha pelo insta viu que tive que fazer uns exames e estou na semana de trabalhos na faculdade.
Agora torce para os resultados serem bons.

Cada minuto sentado naquele chão frio olhando diversas pessoas entrando e saindo, sorrindo, comemorando, chorando e implorando me fazia perceber que pela primeira vez na minha vida meu sentimento de medo era maior do que meu sentimento de culpa. Os hematomas todos aqueles machucados na pele da minha linda Cecília, o que ele fez com ela, o sangue grudado em seu rosto cansado, o cheiro de ferro tão forte que eu não sabia dizer qual era dela e qual era do filho da puta, as marcas de dedos ao redor do seu pescoço marcado com uma maldito carimbo, o vagabundo a enforcou o quanto podia, minha Cecília lutou fortemente enquanto tentava se salvar.

O pensamento de tudo que podia ter acontecido atravessa minha mente como se me punisse por ter deixado ela ir, como não vi os detalhes, como não a impedir, seu eu tivesse me intrometido, se eu tivesse a protegido, se eu tivesse feito qualquer coisa, qualquer maldita coisa mas não, eu não fiz nada. Choro soluçando alto sem me importa com as pessoas a minha volta, encosto minha cabeça sobre minhas mãos e deixo com que minhas lágrimas caíssem.

— Filho.— sinto uma mão no meu ombro e eu levanto minha cabeça um pouco incomodada com q luz, senhor Mateo me olhava com atenção.— Escuta, nossa menina é muito forte, ela vai lutar com toda garra, não adianta ocupar a mente com pensamentos de culpa e arrependimento, fez o que podia com o que tinha, sei que agora vai protegê-la contra tudo, precisa ficar forte, ela precisa que você seja forte.

Ele me aconselha apertando meu ombro como se pudesse me encorajar, sei que mesmo me consolando ele também estava abalado com a situação, também se culpava mesmo que não falasse ele dizia com os olhos.

Apenas me levanto em um pulo quando o doutor cruza a porta, ele está olhando a prancheta atento.

— Familiares de Cecilia Garcia.— Ele diz é um coral atrás de mim, o doutor lá canta o olhar assustado.

— Eu sou o pai, quer dizer, tio mas pai de consideração.— Senhor Mateo explica nervoso.

— Eu sou a prima.— Morgana se aproxima.

— E eu o primo.— Felippo também se aproxima nervoso.

— Eu sou o namorado.— Digo passando na frente de todos.— Como ela está? Como minha mulher está? Diga logo.

Meu desespero era visível na minha voz, o tom alto seguido de uma súplica silenciosa para que ele disse algo logo.

— O quadro dela é estável no momento, foi um baita susto e os ferimentos foram profundos os hematomas irão permanecer durante um bom tempo até sumir tudo mas a notícia no momento é que ela é os bebês estão bem.— O médico diz fazendo uma anotação na prancha.

Não sei dizer o que aconteceu nesse exato momento, parecia que o mundo ficou completamente em silêncio e somente a voz do médico dizendo " ela é os bebês estão bem" permaneceu ecoando na minha mente.

— Vocês não sabiam?.—. A voz do médico chama minha atenção de volta a realidade.— Ela está preste a completar dois meses.

— O Deus, serei vovó de novo.— Mateo diz animado.

— Eu vou... e-eu vou... ser pai, eu vou ser pai.— As palavras brincavam na minha boca, meu cérebro parecia ter queimado algum HD.

— Sim senhor Oziel.

A confirmação do fato só me fez chorar ainda mais, todas as emoções estavam vindo ainda mais forte em minha frente, os pensamentos de que algo ruim poderia acontecer com minha Cecília e meus filhos, meu Deus, meus filhos.

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