Capitulo 78• Oziel.

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No mesmo dia.

Cada caso que eu analiso é sempre muito complexo até porque ser juiz criminalista requer muito esforço, estudo, e cautela. Nunca sabemos com quem exatamente estamos lidando mas sabemos que dentre diversas ameaças recebidas no dia, sempre há uma verdadeira que nos espreita esperando apenas a primeira oportunidade.

O caso de hoje era simples e não muito complicado, o a causado não tinha nada que pudesse ajudá-lo, já que a vítima tinha provas, testemunhas e um excelente advogado cuidado do caso, leio tudo com muita atenção sem que nenhum detalhe passe despercebido, quanto mais detalhes detalhados melhor para um veredito, eram três da manhã e eu ainda estava afundado com as minhas papeladas, faço minhas últimas anotações e decido descansar um pouco, tomo um banho quente relaxante, coloco meu pijama e deita na minha cama macia, respondo as mensagens de Cecília e percebo que quando ela não está ao meu lado eu sinto um enorme falta, minha cama parecia bem maior e fria e o cheiro do shampoo de coco dela está no travesseiro e eu pareço um adolescente agarrado nele pensando que tudo sobre ela me intriga, seu modo de morder os lábios quando está nervosa e xingar em seu idioma, as musicas que ela curtia que era as mesmas que as minhas, suas longas conversas sobre quadrinhos e astrologia e seu amor pela culinária, seu biquinho quando errava algo e dava errado a receita ou quando acertava e seus olhos brilhavam fazendo todos a sua volta experimentar, sua cantoria todas as manhãs em sua língua e o vício estranho em programas culinários e comidas apimentadas. Tudo que envolvia ela e suas manias me encantava, era como estar enfeitiçando ou viciado em algo extremamente delicioso.

No dia seguinte acordei extremamente cedo, tomei meu café da manhã e depois de correr por alguns quilômetros como sempre faço, volto para casa tomo um banho gelado e começo a trabalhar um pouco. Meus casos estavam complicados e com detalhes tão importantes que eu fazia questão de acompanhar tudo com meu secretário. Mando mensagens para Cecília perguntando quando poderíamos nos encontrar, agora que fizemos 7 meses juntos esquecendo totalmente do combinado de apenas 6 meses juntos, estava óbvio para mim desde do princípio que 6 meses não seriam o suficiente. Eu queria mais, eu quero mais. Abro a gaveta da cômoda do meu escritório e pego a pequena caixinha de veludo de cor vermelha, abro ela vendo o pequeno diamante brilhando, era simples mas muito elegante assim como minha Cecilia.

— Um passo a mais meu amor.— Digo alto para mim mesmo.

Volto a guardar a caixinha que o meu telefone toca, o nome de Rodney aparece na minha tela e eu automaticamente atendo.

— Está em casa? Esperto que sim.— Ele diz assim que eu atendo.

Limpo a garganta e dou um riso anasalado.

— Bom dia para você também meu amigo, sim estou em casa...

— Ótimo, estou subindo.—Ele me corta no meio dando um grande suspiro como alivio.

Ele simplesmente desliga o telefone e poucos minutos o interfone toca com o porteiro pedindo a autorização da subida dele, peço para minha cozinheira preparar um café para que ele possa tomar enquanto espero com a porta meu amigo chegar, o som do elevador avisa e logo ele surge com uma cara cheia de olheiras e o cabelo um pouco bagunçado.

— O que aconteceu com você?.— Pergunto assim que o vejo.

Ele levanta a mão e passa por mim entrando, assim que fecho a porta meu amigo já está sentado em meu sofá abrindo sua maleta e colocando as pastas de diversas cores encima da mesa de centro.

— Esse caso, ele é uma porra, ele é...

Ele puxa os cabelos claramente cansado.

— Complicado de não julgar o que precisa ser julgado, tem tantas camada meu amigo, eu não saberia nem por onde exatamente avaliar.— Ele começa a tirar várias folhas do caso.— Estou sempre em conta com um agente do secreto.

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