Capitulo 80•

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❤️Mais um capítulo da madrugada, surpresa.❤️
💕Como vocês imaginam Edgar? Conta para mim ou manda uma Foto no insta, quero saber. 💕

Nem um barulho era feito do outro lado da porta, talvez por ser de madrugada ou talvez porque Edgar acha que o silêncio e o escuro onde me encontro seja a maneira mais divertida de me torturar. Por isso aprendi que existem mines lanternas pequenas de bolso que podem ser carregadas para qualquer lugar, elas se tornaram um acessório extremamente importante para mim, cada bolsa ou jaqueta, até mesmo em bolsos de calça. Pego um da jaqueta e ligo vendo o local que eu estava, era vazio e úmido, o cheiro de mofo era forte, não havia nenhuma janela, as paredes de concreto eram escuras. No chão havia algumas sujeiras e caixotes, eu pego a faca que estava na minha perna e me aproximo da porta penso muito se eu abriria ela agora ou se esperava por mais um tempo.

Encosto minha cabeça na porta, aproximando a orelha para poder identificar qualquer barulho possível do outro lado, fico esperando cerca de 10 minutos quando decido finalmente enfiar minha faca no buraco e com uma agilidade adquirida por muita treino, tempo e fracassos eu consegui obter sucesso e hoje preciso apenas de alguns instantes dependendo da porta, essa por exemplo é tão velha que chega a facilitar a abertura. Empurro a porta com cuidado evitando que ela faça qualquer tipo de barulho, observo se havia algum no corredor tão escuro quanto a noite, dou passos leves e silencioso observando cada pequeno canto daquele lugar me perguntando onde o maldito Donavan estava enfiado.

Covarde, sempre um covarde.

Balanço a cabeça afastando qualquer outra preocupação que não fosse a minha própria salvação naquele momento, quando chego a sala eu fico no canto, onde tinha sombra olhando para os lugares e reparando até que fosse o momento seguro para sair de lá. Dou o primeiro passe e sinto a madeira do chão ranger, mordo os lábios e olho para qualquer entrada me certificando de que ninguém estava ali. Dou mais alguns passos chegando perto da porta e quando toco a maçaneta pronta para sair pela porta e nunca mais voltar, decida a contar tudo para meus amigos, minha família e principalmente Oziel, meu... meu... meu Oziel.

— Você não aprende.— Sinto dedos segurarem firme meus cabelos.

A mão de Edgar me puxa com força para trás me afastando da porta, ele me empurra com tanta força que eu caio de bunda no chão.

— Acho que é verdade quando dizem que putas só aprende na dor, uma surra bem dada.— Ele diz vindo em passos lentos até mim, como um maldito predador.— Deve ter sido assim que a vadia da sua mãe se apaixonou pelo meu doce pai.

Seu sorriso vitorioso me deixa fora do eixo, se ele pensa que vai ofender minha família e acabar com minha vida não seria tão fácil assim, eu até poderia cair, deixar com que ele acabasse comigo mas não sem lutar antes, não sem deixar um belo hematoma nele.

— Também, criada por outra puta gorda.

Ao mencionar minha abuela eu perco qualquer fio de medo ou sanidade, acerto sua perna fazendo ele bambear enquanto reclama da dor, me levanto rapidamente furiosa tanto quanto Edgar.

— Eu vou matar você sua cadela.— Ele diz com tanta raiva que eu podia sentir nos meus ossos seu ódio.

— Não se eu te matar primeiro, seu bosta.— Devolvo e ele arregala os olhos.

— Que nem fez com meu pai, ratinha?.— Ele diz rindo.

— Pior, com você eu vou fazer pior.— Aviso ficando em posição de luta pois sabia que a próxima fala que saísse dos meus lábios traria a tona toda a raiva que havia nele.— Talvez no inferno seu papai te ame, quem sabe o capeta, seu menininho solitário e carente.

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