Quando olhei pela janela vi que o dia já havia ido embora e que a noite estava presente, eu queria continuar rodeada de pessoas que eu amava mas meu corpo, machucado, implorava por um descanso meus ferimentos pulsavam, os remédios que o doutor passou me davam um pouco de sono e eu precisava descansar pelo bem dos meus bebês. Meus amigos prometeram me visitar no outro dia, assim como o amigo de Felippo e Oziel que me informou que tinham que me interrogar pois eu precisava depor sobre tudo que sabia sobre os esquemas sujos daqueles quartel, fiquei incomodada não queria dizer nada, só queria viver em paz agora e manter meus bebês a salvo mas Oziel prometeu estar comigo a todo o momento e me garantiu que seria rápido, assim como Felippo que me tranquilizou também.
O senhor Mateo queria que ficasse na casa dele, aliás ele usou até a chantagem do meu quarto naquela casa e prometeu me fazer uma deliciosa macarronada porém Oziel com o semblante de cachorro que caiu da mudança, desolado, me convenceu e afinal eu também tenho que admitir que eu estava morrendo de saudades de ficar com ele a sós, dormir com ele, assistir nosso programa de culinária e xingar os participantes como se fôssemos jurados renomados com estrelas michelin. Ele me ajudou desde do momento em que me colocou no carro até quando chegamos e ele me levou no seu banheiro.
— Vamos tomar um banho relaxante.— Ele diz me ajudando a tirar a roupa de forma delicada.
— Eu preciso.— Admito sorrindo de lado.
Eu estava nesse momento completamente pelada na frente de Oziel e ele com toda sua calma e cuidado me ajudou a tomar banho, ele esfregou meu corpo com a esponja macia e com tanta delicadeza que me perguntava onde será que o darkman foi, já que esse príncipe aqui era a coisa mais fofa que eu já vi, ele me dava beijinhos pelo rosto, na ponta do nariz e nos meus machucados no rosto além dos beijos com desejos reprimidos.
— Eu quero tanto você.— Admito acariciando seu rosto enquanto ele secava meu corpo com uma toalha fofa amarela.
Oziel não parecia o tipo de homem que teria toalhas colorida em sua coleção.
— Eu sei que quer amor, se eu te tocar vou sentir você molhada.— Ele diz passando a mão na minha barriga.
Me arrepio com seu toque quente contra a minha pela, para meu azar a sensação de choque é o suficiente para me lembrar das minhas costelas fraturadas e minha perna costurada. Infelizmente Oziel também percebeu pela minha careta.
— Quando você melhorar prometo ter comer como você merece.— Ele diz beijando minha barriga.— Sinto muito por toda marca colocada no seu corpo minha gatinha, eu gostaria de sumir com elas beijando cada pequena parte do seu corpo.
Ele me ajuda a colocar o pijama devagar a seda desliza pela minha pele e através do espelho vejo os roxos
— Seu lado romântico é sempre uma surpresa para mim.— Admito mordendo os lábios para segurar a risada quando a expressão de "inacreditável" surge no rosto dele.
— Eu sempre fui super romântico com você.— Murmura como se estivesse mesmo ofendido, e eu jogo minha cabeça para trás gargalhando.
— Até mesmo no começo quando a gente se odiava e se pudesse nos dois caia de pau encima do outro.— Os olhos piscando de Oziel me dizia que contra esse fato ele não tinha argumentos.
— Peguei você senhor juiz?.— Brinco e ele ataca meu pescoço com beijinhos me colocando deitada no colchão cuidadosamente.
Os beijos de brincadeira que começaram no meu pescoço sobe para minha boca e quando finalmente encontro seus lábios sinto como se finalmente pudesse desfrutar totalmente aquele momento com ele.
— Eu estou tão feliz que você está aqui comigo amor, e mais feliz ainda por saber que vai ser a mãe dos meus bebês.— Ele beija novamente meus lábios.
— Você acha que seremos bons pais?.— Pergunto de repente e Oziel me olha confuso.— Sabe eu não tive um exemplo muito bom a não ser pela minha abuela, tenho medo de errar com os bebês.
Admito sentindo os meus olhos marejar, eu sentia uma montanha russa de emoções.
— Nem sempre vamos acertar e vamos sim nos questionar diversas vezes sobre o que estamos fazendo mas nós vamos dar um jeito, vamos nos apoiar e tudo vai ficar bem.— Ele diz acariciando meu rosto.
Toque físico com certeza era nosso modo de expressar amor.
— Eu amo que você consegue me acalmar e me estressar na mesma proporção.— Sorrio para ele.
— Agradeço por me dizer que tenho tamanho poder.— Ele brinca rindo.
— Oziel?.— O chamo mesmo sabendo que seus olhos estavam presos nos meus.
— Sim minha gatinha.
— Vamos ser pais, a gente vai ter dois bebês.— Cada vez que repetia isso uma descarga elétrica atravessa meu corpo.
— Nosso plano de apenas 6 meses juntos recebeu um up grand amor e de bônus dois novos participantes.— Oziel faz uma piada e eu gargalho.
Eu amava estar ao seu lado e conhecer esse lado divertido, descontraído e carinhoso.
— Como vamos criá-los?.— Pergunto.
— Vamos criar aqui ou aonde você quiser. O que acha de uma casa grande com jardim para os gêmeos?.— Sugere.
— Casa com jardim? E uma cozinha grande com uma ilha...
Pergunto empolgada demais, imaginando como seria acordar numa casa iluminada, bonita e cheia de pessoas que me amam de verdade.
— Com ilha, mesa de jantar, biblioteca e tudo o que você quiser, do jeito que você quiser.— Ele beija meu nariz.
Oziel me ajuda a deitar direito na cama, faz meus curativos, passa a pomada nas feridas, arruma meu cabelo,me cobre e traz um copo de água gelada para mim em seguida coloca nosso programa de culinária e se deita ao meu lado comendo um burrito que ele pediu no aplicativo.
— Eu já sabia que ela ia ser eliminada, trocar sal por açúcar na sobremesa, não tinha nenhuma chance.— Ele comenta.
— Foi um erro gravíssimo mesmo.— Comento tomando mas um gole de água.— Você acha que ele tá morto?.
Eu não olho para Oziel, permaneço encarando a tv enquanto alivio minha mente da dúvida que estava pairando na minha cabeça.
— Felippo e Xavier enviaram viaturas até a casa onde você morava e não tinha mais ninguém, nada além do sangue derramado no chão, parte sua, parte dele.— Oziel me informa.— Você lutou bravamente minha leoa.
— Então ele ainda pode estar vivo?.—Engasgo com a pergunta apertando o copo na minha mão.
— Não sabemos Amor, sinto muito gatinha.— Ele pega minha mão fazendo carinho.
— Não.— Choramingo com medo por saber que sim, se Edgar estiver vivo ele viria atrás de mim.
— Não se preocupa, ei, tá tudo bem.— Ele me abraça.— Eu to aqui amor, ele nunca mais vai tocar em você eu prometo.
— Você não sabe.— Meu coração batia a mil.
— Eu sei que se ele ao menos tentar a vida dele vai ser o inferno mais cruel que alguém já esteve, todos os federais estão atrás dele. E eu to aqui com você, com vocês. Aliás, você o acertou bem com a faca é impossível que sobreviver sem ajuda médica e quando ele for procura nós iremos pagá-lo, é difícil fazer um simples curativo num ferimento de facada no arco costal.
— Eu te amo, obrigada por estar aqui comigo.— Digo beijando sua bochecha.
— Eu amo mais, muito mais gatinha.— Ele beija a ponta do meu nariz.— Papai ama vocês também filhos ou filhas.
Oziel toca minha barriga fazendo carinho, ele faz cafuné no meu cabelo até que eu pegasse no sono por mais que eu não quisesse fechar os olhos com medo dos monstros que habitava nos meus sonhos, eu me rendi ao cansaço.
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Nossos segredos.
RomanceCecília guarda tantos segredos que ela jamais sonharia em contar, fugindo do seu passado que insiste em atormenta-la todos os dias, ela procura sempre se manter concentrada no seus deveres, perder a razão nunca foi algo bom em sua opinião, claro que...