Capítulo 14

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Bora pra mais um?

Espero ler bons comentários aqui. Kkkkk

Esse capítulo vai de 0 a 100 muito rápido. E, depois de 100 a 0 também. Kkkkkkk

Boa leitura... 💙

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Nós colocamos o Sr. Choi no carro e eu nem penso muito antes de entrar também. San não está em condições de dirigir e nem contesta quando eu me convido a assumir a direção. Já faz um bom tempo que não dirijo, mas tirei a habilitação assim que atingi a maior idade. San se senta no banco do carona e parece imerso em raiva e decepção, vagando o olhar pelo caminho e vez ou outra olhando para o pai, que parou de retrucar e está apenas existindo sentado no banco lá atrás.

Em dado momento do caminho eu me perco um pouquinho, afinal, só tinha ido ali uma vez e San acaba por me guiar mesmo que com poucas palavras e quando entramos na propriedade dos Choi e eu paro, San é o primeiro a descer e abrir a porta pra tirar o pai de dentro do carro. Eu abro a porta de entrada com a chave que ele me estende e sigo para ajudá-lo. Nós subimos as escadas até o primeiro quarto no corredor e entramos com ele. San está mudo, não disse nada mais que algumas palavras pra me guiar pelo caminho e isso é angustiante.

Eu espero ele dar banho no pai, como foi da última vez e me pergunto quantas vezes ele já deve ter feito isso e quantas mais irá fazer. Quando ele aparece com parte da calça e da camisa molhadas e com seu pai já vestido indo em direção a cama, eu apenas o ajudo a deitá-lo ali. San o cobre com um lençol e para ao seu lado. Ele demora a dizer algo, mas quando diz, me sinto chateado por ele ter que lidar com isso sozinho na maioria das vezes.

-De manhã nós iremos ter uma conversa muito séria, pai. - o homem apenas murmura palavras que não entendemos - E eu espero que amanhã você se lembre do que eu estou falando. - San suspira - Eu estou chateado, irritado e decepcionado. Você acabou com a minha noite e eu não vou esquecer e perdoar tão cedo. Se amanhã depois da nossa conversa nada mudar por aqui, eu abandono o barco. Prefiro viver sozinho de vez do que estar aqui assim com você. - ele engole a seco, parecendo estar segurando as lágrimas quando termina de falar.

Quando San se move e apaga a luz do abajur, eu apago a luz no interruptor ao meu lado e saio sendo seguido por ele que fecha a porta e apóia a cabeça nela, suspirando frustrado. Eu me aproximo por trás de seu corpo e abraço sua cintura tentando passar algum conforto pra ele. San fica por mais algum tempo assim e eu fico quietinho com o rosto encostado em seu ombro, apenas esperando o seu tempo. Quando ele se vira, força um sorriso e eu não desprendo os braços de cintura.

-Desculpa estragar nosso encontro. - diz com pesar.

-Você não estragou nada. Não foi sua culpa. E também... Podemos reagendar. Eu posso dar uma olhada na minha agenda e ver qual dia estarei disponível pra você. - brinco e ele sorri fraco.

-Espero que seja logo ou eu vou ficar muito ansioso. Se você ainda quiser sair, posso ligar no restaurante e ver se consigo uma mesa pra agora. - ele ainda tenta, mas não tem a menor chance de sairmos depois de vê-lo tão abalado. Perdemos o clima de sair.

-Não precisa se forçar a parecer bem por mim ou para mim, San. Eu realmente queria sair com você, mas não quero que seja quando você estiver tão abalado. Quero te ver bem e animado, do jeito que gosto. - deixo um beijo em sua bochecha antes de me afastar.

-Ai que ódio desse universo que insiste em fazer as coisas darem errado pra nós. - San reclama.

-Nada é tão fácil na vida, principalmente pra mim. Aprendi isso a muito tempo. - sorrio, mas é mais pra não chorar mesmo.

All About You - WoosanOnde histórias criam vida. Descubra agora