Capítulo 22.

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Lyanna...

Matt passa sua mão levemente sobre as minhas costas, enquanto eu acaricio seu abdômen, nem posso acreditar que estamos namorando, é incrível que estamos juntos e eu espero que dessa vez as coisas sejam boas para mim, espero que sejamos felizes e que ele não me machuque, eu sei que ele é um homem bom e que conhece o meu passado, mas ainda assim o medo é inevitável depois de tudo que eu passei.

- Me conte algo que eu não sei sobre você. – Ele falou em dado momento.

- Deixa eu pensar. – Comecei a puxar pela memória algo que ele não saiba. – Na adolescência eu fugi de casa para ir em um show da Katy Perry.

- Interessante.

- Mas o show era na França. – Ergui a cabeça olhando pra ele. – Eu e uma prima juntamos dinheiro do trabalho de um verão inteiro para ir, tínhamos 16 anos.

- Nossa senhora. – Ele riu. – Essa é uma história e tanto. E os seus pais?

- Eles só descobriram depois que eu voltei. – Falei. – Me deixaram de castigo até eu ir pra faculdade.

- O castigo foi merecido. – Ele falou.

- Eu sei disso. – Sorri. – Mas valeu a pena, cada instante.  – Ele riu. – E quanto a você? Me conte algo que eu não saiba.

- Eu fui para alguns acampamentos de verão quando criança. – Ele começou a falar. – Em um dele tinha um garoto maior que implicava comigo, ele se aproveitava porque dessa vez eu estava sozinho para bater em mim, então eu peguei uma cobra e coloquei no saco de dormir dele.

- Meu Deus. – Levei a mão a boca. – Que horror, era venenosa?

- Não, ela era inofensiva, não que dê muito para a gente saber, né. Ainda mais uma criança leiga. – Deu d ombros. – Mas o garoto tinha medo, ele se desesperou para sai da barraca e acabou batendo a cabeça e precisando ir para o hospital.

- Você foi descoberto?

- Não pelos professores, tinham cobras por ali, todos acharam que foi um acidente, mas ele sabia.

- Você era uma peste. – Eu ri.

- Eu apenas estava me defendendo. – Ele falou.

Eu nunca imaginei que o Matt já tivesse sido um garoto levado assim, mas, se bem que pelas amizades que ele tem não tem como ele ser um santo.

- Por quantas pessoas você já se apaixonou? – Me perguntou em seguida e eu me sentei o olhando.

- Por três pessoas. – Eu respondi.

- Três? – Se sentou encostando as costas na cabeceira.

- Sim, teve um garoto durante a escola, depois o Kevin e agora você. – Eu falei.

- Esse cara na escola foi com quem você perdeu a virgindade?

- Ah não. – Sorri. – O nosso amor era bem platônico, então ele foi embora. – Falei. – O cara da virgindade foi apenas um caso pelo qual eu estive deslumbrada nas férias de verão na praia.

- Entendi. – Ele falou. – E quantos namorados você teve?

- Apenas dois, o Kevin e você.

- Somente?

- Sim, eu perdi tempo demais com o infeliz. – Fiz uma careta ao pensar em tudo que eu passei com ele.

- Você se arrepende? – O olhei sem entender. – De ter namorado com ele.

- Eu não sei. – Falei a verdade. – É meio complicado, com certeza eu me arrependi de ter sido cega por tanto tempo e não ter visto todas as bandeiras vermelhas que apareceram ao longo do nosso relacionamento, eu me arrependo de não ter saído daquela merda antes de ter desenvolvido tantos traumas. – Enquanto eu falava sentia uma dor tremenda no peito. – Eu me arrependo de ter deixado ele fazer o que fez comigo.

Minha Nova Chance Para o Amor - Spin-off Meu ClichêOnde histórias criam vida. Descubra agora