36 - Casa das mamães

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   Resmunguei ao sentir uma movimentação na cama e me encolhi embaixo das cobertas, procurando Jung ao meu lado e abrindo os olhos lentamente por não conseguir encontra-lo.

   — Jung? — Sentei na cama e dei de cara com ele em minha frente, segurando um copo com água e a cartela de remédios.

   — Deu o horário do seu remédio, gatinho, bom dia. — Beijou minha bochecha e me entregou o copo. — Abre a mãozinha. — Disse antes de abrir a embalagem e tirar um comprimido, o deixando na palma de minha canhota.

   — Mãozinha. — Repeti, achando fofo se jeito de falar, mesmo sabendo que minha mão estava longe de ser pequena. Era até incomum, afinal eram maiores que as dele, embora eu fosse mais baixo. Tomei o comprimido e um gole do copo de água.

   — Toma o resto da água, Yoongie. Precisa se hidratar. — Beijou minha testa e tornou a me entregar o copo. — Como se sente?

    Bebi até secar o copo e deixei-o sobre a mesinha de cabeceira. — Minha garganta ainda dói, mas pelo menos o corpo não dói mais.

    — Você vai passar o ano novo em casa, gatinho? — Jung me puxou pela cintura até que eu estivesse deitado em seu colo. — Se quiser ficar em minha casa podemos ter uma provinha do que vai ser quando formos marido e gatinho. Eu cuido de você e tenho certeza que vai até melhorar mais rápido nas minhas mãos.

    Murchei na hora quando Jung me lembrou que nosso tempo na casa da família Kim já estava acabando e daqui a pouco teríamos que dizer "Até breve" para Busan.

    — Eu não queria ir embora, mas esse seu convite é tentador.

    Apoiei a cabeça em seu peito e Jung acariciou minha cintura, descendo até a bunda também fazendo carinho ali.

    — Está sem cueca? — Apalpou minha bunda e eu assenti. — Percebi. 

    — Deixa de ser safado. — Dei uma palmada em sua mão.

   — Eu não estou sendo safado, apenas segurando o que é meu. — Envolvendo minha cintura com os braços, Jung me apertou contra o seu corpo. — Yoongie, você contou sobre o que fizemos ontem para o seu amigo Kim? Sabe, não é que eu tenha vergonha, eu só ainda não estou pronto para que todo mundo saiba, entende?

    — Solzinho, eu não conto a nossa intimidade para o Namu. Bem, quando não tínhamos nada além de sexo eu até comentava que você me amarrava e tals, mas no geral eu não gosto de expor. É algo nosso, então não precisa ficar preocupado, eu não vou sair contando para todo mundo que você foi passivo ou que me dá umas palmadas de vez enquanto.

     Me puxando para ficar com o rosto próximo ao seu, Jung juntou nossos lábios em um selinho e eu me afastei na hora.

     — Estou gripado, Jung! Já é um risco que você fique aqui grudado em mim. Sem beijos por enquanto.

     — Está me torturando. Como vou conseguir ver esse rostinho e não beijar esses lábios? Impossível.

     Ainda era cedo, então aproveitamos para ficar abraçados e cobertos com o edredom, curtindo a companhia um do outro, enrolados naquela maciez como se nada pudesse nos machucar ou nos tirar dali.

    — Meu gatinho cheiroso. — Seu nariz deslizou por minhas madeixas, sentindo o perfume do shampoo que eu havia usado no dia anterior.

    Jung adormeceu novamente pouco tempo depois e eu também me entreguei ao sono, aproveitando para descansar mais antes de nos levantarmos.

    Passava das nove quando acordamos novamente e descemos direto para tomar café da manhã junto dos outros. 

   Sentamos à mesa, enquanto comia um pedaço do bolo feito por Yoona mais cedo, Jung me encarou e passou o polegar no canto de minha boca, lambendo a cobertura logo depois.

Best of me (Yoonseok)Onde histórias criam vida. Descubra agora