54 - Somos um casal de viados, amor?

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   — Amor, coloca a argolinha e eu te compro outra dessa reta depois. — Jung acariciou minhas costas, enquanto eu estava agachado no chão do banheiro do aeroporto, tentando encontrar a bendita bolinha do piercing que havia caído assim que eu fui trocar no banheiro.

— Que saco, é a última bolinha que eu tenho. Já cansei de perder essas porcarias! Se soubesse teria comprado um saquinho extra com outras bolinhas.

Tirei do bolso o saquinho com os piercings que eu usava e que poderia trocar durante a viagem.

Me dei por vencido, trocando a joia reta pela argola que agora envolvia meu lábio inferior.

— Sabia que a argola te deixa mais sexy?

Dei um sorriso envergonhado assim que Jung me colocou contra a parede, roubando um beijo meu.

— Tudo bem, Jung, estamos quase na hora. — O segurei pelos cabelos enquanto ele começava a beijar meu pescoço. — Se controla, homem.

— Desculpe, é difícil quando se trata de você. Ainda mais quando fica com essa argolinha na boca, me dá vontade de apanhar de você.

Ouvi uma das portas das cabines ser aberta e de lá saiu um senhorzinho que ficou nos encarando por um bom tempo enquanto lavava as próprias mãos.

Ouvimos o chamado do voo e corremos até a área de embarque.

— Você me faz passar cada vergonha. — Reclamei assim que encontramos nossos assentos, finalmente podendo descansar.

— Ninguém mandou você ser bonito ao ponto de fazer com que as pessoas queiram apanhar de você. Certeza que aquele tio, se tivesse vinte anos a menos, também ficaria atiçado.

— Silêncio, vai me deixar com vergonha. — Suspirei, me acomodando na poltrona e vendo Jung se encolhendo, deitando a cabeça em meu ombro. — Que isso? Eu sou o passivo aqui.

— Machista. — Cruzou os braços e tornou a sentar, agora de costas para mim. — Você se perdeu nesse personagem faz tempo.

Cutuquei sua cintura, lhe fazendo cócegas. — Não é você que está com a bunda toda marcada de levar cintadas. — Sussurrei para que só ele ouvisse.

— Meu Deus, verdade! Ainda dói, gatinho? Pobrezinho. — Jung envolveu minha cintura com um braço.

— Que nada, é uma dorzinha gostosa. — Beijei sua bochecha. — Quer assistir alguma coisa?

Jung assentiu, escolhendo comigo algo para vermos no pouco tempo de viagem. Enquanto o avião decolava, víamos pela centésima vez a Bella Swan chegando na cidade de Forks com seu minúsculo cacto em mãos.

— Você me amaria mesmo se eu fosse tapada igual a Bella? — Perguntei no ouvido de Jung, enquanto tínhamos nossos dedos entrelaçados.

— Óbvio que sim e faria questão de te segurar sempre que você caísse. — Hoseok levantou o apoio do braço no meio das poltronas e me puxou para que eu deitasse com a cabeça em seu colo. — E você me amaria mesmo se eu fosse besta igual o menino que fica assustando as garotas com minhocas e cobras?

Dei uma risada. — Eu ia te fazer engolir a minhoca na primeira brincadeira, mas sim.

Durante aqueles minutos, a viagem foi bastante agradável, até que uma criança abençoada enviada de Deus começou a chutar as costas do meu assento.

— Seokie, ele não para. — Reclamei pela trigésima vez com Hoseok.

— Deixa que eu resolvo, gatinho. — Afagou meus cabelos e se virou para trás. — Oi, bom dia, senhora. Pode falar com o seu filho para ele parar de chutar o assento, por favor? Obrigado. — Sorriu de forma simpática.

Best of me (Yoonseok)Onde histórias criam vida. Descubra agora