Best of me (Yoonseok)

59 - Está certo, coisas novas por aqui

   Acariciei as costas de Jung, este que não parava de saltitar como uma criança hiperativa. — Ei, desse jeito vai se cansar antes de fazer a prova. De onde vem toda esse energia? Estou com sono só de ver.

— Estou ansioso, Yoongie. E se me reprovarem? E se eu não aguentar fazer tudo até o final? Todos aqui parecem tão preparados.

— Você treina igual um condenado há meses, Jung! Não está aqui de curioso. Vai dar certo. Sem falar que você está em forma e sabe muito bem disso. — Envolvi sua cintura com apenas um braço e acariciei ali. — Eu pago o nosso almoço hoje, não importando resultado.

— Ah não, quero um prêmio se eu passar. Como vou ter um incentivo?

Dei uma risada. — O que você quer, senhor Jung?

O moreno deu um sorriso travesso, cutucando meu abdômen.

— Sabe o que eu quero. — Abaixou o cabeça.

Me aproximei, indo sussurrar em seu ouvido. — Quer ser passivo hoje, hum?

Ele riu, assentindo com a cabeça e eu achei graça do seu jeito manhoso que não cabia no tamanho que possuía.

— Está certo, Jung-ssi. Então faça o seu melhor e veremos se merece.

Conforme as pessoas iam fazer a avaliação física que consistia em exercícios como flexões, barra, corrida e coisas do tipo, a vez de Jung ficava cada vez mais próxima e sua ansiedade cada vez pior.

Como forma de se distrair, ele ficou brincando com meu cabelo e eu só me mantive por perto, imaginando que minha presença seria melhor do que qualquer coisa que eu poderia falar para lhe tranquilizar.

— Próximo, número vinte e três, Jung Hoseok. — Uma das pessoas lá dentro chamou.

— Minha vez, meu Deus, Yoongie!

— Vai lá, igual os treinos que você faz na academia, solzinho.

Ele me abraçou antes de ir, apertando-me em seus braços. — Eu vou, me deseja sorte, gatinho.

— Não precisa de sorte, você tem preparo. — Passei pelo portão com ele, mas voltei para olhá-lo de longe junto dos outros que vieram acompanhar seus respectivos conhecidos.

O nervosismo de Hoseok era claro, mas não era surpresa nenhuma que ele conseguiria fazer cada exercício perfeitamente e disso eu já sabia faz tempo.

Permaneci ali até que tivéssemos a resposta e ficou óbvio quando ele correu em minha direção, me abraçando e levantando-me no colo.

— Eu passei! Amor, eu passei!

Tomou meus lábios em um selinho e eu arregalei os olhos, o afastando.

— Jung! — Me afastei do abraço, lhe dando um tapinha nas costas. — Parabéns, irmão, eu sabia que iria conseguir. Você é foda, parceiro! — Dei um abraço de amigo nele. — Vamos lá, cara, eu vou te pagar uma bebida como o prometido!

Andei com ele até a saída, tentando parecer tranquilo.

Já na rua, quando ele abriu a porta do carro para mim, eu comecei a encher o braço dele de tapas. — Está ficando maluco? Cheio de policiais ali dentro e você querendo me beijar? E se eu apanhasse? Pior! E se voltassem atrás e te reprovassem? O que tem de errado contigo?

— Ei, ei! Rapazinho, está batendo em um policial civil, sabia? — Segurou meus pulsos. — A coisa pode ficar feia para o seu lado. — Voltou a me roubar um beijo e eu entrei no carro logo de uma vez.