38 - Pegando fogo

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   Enquanto eu esfregava a esponja nos pratos, os braços morenos de Jung envolveram-me calorosamente. Espiei por trás do ombro, notando que ele estava nu da cintura para cima.

    — Você já arrumou a mesa? Ainda não terminei de lavar os pratos, ô caralho.

    — O que é isso? Eu oferecendo carinho e recebendo palavrões gratuitos? — Me repreendeu com uma palmada na bunda.

    — "Carinho". Sei bem o que você quer e, no momento, está mole. — Pus os pratos já lavados para escorrer e comecei a lavar os talheres e copos. — Se pegar mania de me dar palmadas vai acabar me batendo em público e vão te olhar feio. Namu já está na sua cola.

    — Agora que peguei gosto vai ser difícil de parar. Ela é convidativa, o que posso fazer? Dá vontade de bater.

    — Não é não, minha bunda é tão magrinha, coitada. — Com Jung apoiando o queixo em meu ombro, me virei para encara-lo e deixei um beijo em sua bochecha. — Vai preparar um banho de banheira para nós dois, hum? Se ficar roçando em mim, daqui a pouco o negócio subir e eu ainda tenho louça para esfregar.

     Ouvi o alarme do celular de Jung apitando e ele se afastou para ir desligar, saindo da cozinha, mas voltando segundos depois com duas cartelas comprimidos na mão e enchendo um copo de água.

    — Abre a boca, gatinho. Não quero que fique me assustando e me fazendo achar que vou ficar viúvo. Ainda tenho muito para viver com você.

    Tomei os remédios com água trazida por ele e agradeci, voltando à louça que esperava para ser lavada. — Colocou o alarme dos meus remédios no celular? Que fofo, ahjussi.

    — Não precisa agradecer, ou melhor, me agradeça terminando essa louça e eu vou preparar o nosso banho.

    (...)

   Com a cozinha organizada, segui até o quarto de Jung, parando na porta ao ver a cama arrumada com alguns pacotes de preservativos, uma luz de led vermelha acesa e uma bisnaga de lubrificante.

    Dei uma risada ao vê-lo sair desnudo do banheiro, usando o controle para dar play em uma playlist de músicas as quais condiziam com o momento.

    — Que animação toda é essa, Jung? Pensei que estaria assustado ou inseguro. — Cruzei os braços. — E com quem você usava essa luz transante, hein?

    — Se quer saber, instalei há algumas semanas para usar com você, seu ciumentinho. — Jung fechou a porta com o pé, beijando minha testa, nariz, bochechas e só então começando um beijo de verdade. Suas mãos desceram até minha bunda, deslizando para as coxas e me puxando para o seu colo, levando-me até o banheiro.

    Sentado na bancada, deixei que Jung ajudasse a me despir e fiz o mesmo por ele, mas apenas puxando a toalha que cobria sua intimidade.

   — Não esquece de tirar o seu brinquinho, amor. — Jung apontou para a minha virilha e eu assenti.

   — Bem lembrado, Jung-ssi. — Desenrosquei a bolinha do piercing, tirando-o e deixando a jóia ao lado da saboneteira.

    Ofegante, roçei nossas pélvis superficialmente enquanto a boca de Hoseok trabalhava em meu pescoço de maneira tão gostosa e quente.

    — Quer uma taça de vinho, Yoongi-ah? — Se afastou sem esperar pela resposta, enchendo duas taças tradicionais de base arredondada com o vinho tinto adocicado.

    — Me conhece tão bem que nem espera pela resposta, não é? — Segurei a taça, dando uma batidinha de leve na dele antes de tomar um gole. — É doce, gosto de vinho doce.

Best of me (Yoonseok)Onde histórias criam vida. Descubra agora