47 - Ass.: Seu Solzinho

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   Mais tarde, naquele domingo, uma programação aleatória passava na televisão, enquanto Jung mexia no celular e eu cuidava da sujeira que o gatinho havia deixado na caixinha de areia.

— Yoon, pode deixar que eu cuido disso. Volta a dormir para ter energia amanhã, amor.

Terminando de limpar, levei a sacolinha para jogar fora. — Eu dormi a tarde toda, Jung-ssi. Não aguento mais dormir.

Lavei as mãos antes de voltar a sentar no sofá ao lado de Hoseok, estendendo a mão para que o gatinho subisse e escalasse minha manga até chegar no ombro.

— Será que ele sente saudade da mãe? Tão bebezinho e foi abandonado. Pobre gatinho, temos mais em comum do que os olhos.

— Será que ele lembra da mãe, amor? — Envolvendo minha cintura com o braço, Jung me puxou para mais perto e deitou a cabeça em meu outro ombro. — Meus pobres gatinhos, o oficial Jung aqui vai cuidar dos dois filhotes.

Observei o que Jung fazia no celular, olhando junto dele as opções de restaurantes disponíveis em um aplicativo de entrega. — Quer pedir frango? Dizem que o desse segundo restaurante é muito melhor que os outros. — Apontei para a opção na tela.

— Mas nesse eles só tem opções picantes. Você não gosta de pimenta, gatinho.

Dei de ombros. — E daí? Pode pedir, amor. Eu como um pouquinho. Sei que você gosta.

— Que graça, só eu vou comer e você fica olhando? E não quero que se force a comer algo que não goste. Já está sendo difícil comer normalmente, amor. Vou procurar um lugar que venda metade apimentado e metade sem pimenta.

Deitei a cabeça em seu peito, pegando meu celular para me distrair enquanto esperava que Jung decidisse.

— Seu bloqueio de tela ainda é esse, Yoongie. — Comentou ao ver a foto que eu tirei dele no jogo de tiro do arcade, a qual eu havia mantido até então.

— Não tive coragem de tirar. É linda, não? — Mostrei todo orgulhoso.

— É sim, gatinho. Você é um bom fotógrafo, mas é claro que o modelo ajuda muito.

— Não posso discordar. — Deitei com a cabeça em seu colo, enquanto o gatinho se acomodava em meu pescoço, ronronando enquanto dormia.

Eu sempre fui sonolento, mas nos últimos dias tem sido pior, afinal ainda estava lidando com a fraqueza. Poucos minutos deitado ali foi o suficiente para adormecer com o cafuné de Jung.

(...)

Mais tarde, Jung e eu comemos juntos o frango que havia sido pedido, enquanto o gatinho comia a ração colocada no potinho para ele.

De noite, o clima era típico de um fim de domingo melancólico, ambos cientes que teríamos o dia cheio quando amanhecesse. Eu queria que aquele domingo durasse mais alguns dias, ao menos para que eu conseguisse matar a saudade dos meses que fiquei sem ver o meu solzinho. Literalmente fiquei em dias nublados e tristes por muito tempo e agora era como se a porta do paraíso tivesse sido aberta para mim.

Enquanto Jung tomava banho para dormir, me encarreguei de preparar a refeição do dia seguinte, até mesmo fazendo uma marmita para mim, embora já desconfiasse que não conseguiria comê-la.

Já estava terminando de lavar a louça quando Jung chegou na cozinha apenas de toalha e me abraçou por trás, deixando o rosto apoiado na curvatura do meu pescoço.

— Você não para quieto, não é? O que está fazendo, gatinho?

— Almoço de amanhã para você. Bem, eu fiz um para mim também.

Best of me (Yoonseok)Onde histórias criam vida. Descubra agora