Acordei sozinho na cama e, ainda de olhos fechados, procurei Jung ao meu lado.
— Ahjussi? — Levantei após me espreguiçar e fui ao banheiro me aliviar antes de sair pela casa à procura de Jung. — Jung, cadê você?
Peguei meu celular em cima da mesa, procurando o contato dele para ligar, preocupado que tivesse acontecido algo, mas desisti assim que vi um bilhete em cima da mesa.
"Gatinho, saí mais cedo para treinar, mas volto logo. Te amo, meu algodãozinho."
Passei o dedo no coraçãozinho feito de caneta esferográfica azul e dei um sorriso abobado por ele optar de escrever um bilhetinho ao invés de mandar mensagem. Nunca fui de escrever bilhetes ou cartinhas, tirando a infância em que todos tem essa fase, mas esse ato tão simples realmente me fez ganhar o dia.
— Que letra bonitinha.
Aproveitando que ele não estava em casa, tomei a liberdade de preparar algo para o café da manhã, assim Jung teria algo para comer quando chegasse.
Olhei nos armários, lembrando mais ou menos de onde ficava cada ítem, afinal havíamos feito o jantar juntos no dia anterior.
Lavei bem o arroz e o deixei cozinhando na panela elétrica, fazendo ovos fritos para comer junto do arroz. Até procurei para ver se encontrava kimchi pronto ou algum acompanhamento, mas no máximo haviam molhos e gergelim para temperar.
Organizei tudo e lavei as louças antes de me sentar para comer, ouvindo a porta da frente ser aberta enquanto eu comia sentado no banco do balcão na cozinha.
— Que cheiro bom. Fez comida, gatinho? — Jung tirou os tênis e se aproximou para beijar minha bochecha. — Não vou te abraçar, porque estou suado, meu bem.
— Não sou nenhum chefe de cozinha, Jung, mas não vai morrer de fome morando comigo, eu prometo. — Dei uma colherada do arroz com o ovo para que ele provasse. — Só não sei se está bom de sal no ovo. O que acha?
— Está gostoso, amor. O ovo falta um pouquinho de sal, mas o shoyu supre bem essa falta. — Afagou meus cabelos. — Eu vou tomar um banho e já venho para comer com você.
Assenti, continuando a comer, até repetindo o prato e fazendo outro ovo, deixando-o para Hoseok e comendo o que já começava a esfriar.
Ao terminar o segundo prato, senti Jung me abraçar por trás e o perfume suave do sabonete em sua pele me trouxe um conforto e uma sensação de proteção.
— Meu gatinho, você tem um cheiro gostoso de lençol de cama, sabia? Tenho vontade de dormir abraçado com você.
Me virei para abraça-lo, deitando a cabeça em seu peito. — Você também é cheiroso, Jung, meu grudinho. — Tomei seus lábios em um selinho carinhoso. — Tem tanta energia, Jung. Sair para treinar de manhã cedo não é para qualquer um. Que horas saiu?
— Grudinho? — Sorriu todo bobo. — Gosteu disso. Hum, eram umas cinco e vinte quando saí de casa.
— Uhum, porque você vive grudado em mim, meu grudinho. — Montei um prato com arroz e o ovo por cima e entreguei para Hoseok, indo na geladeira buscar o suco. — Eu queria ter essa sua força de vontade para fazer exercício.
— Eu também tenho preguiça, amor, mas tenho um objetivo e quero cumpri-lo. Eu vou com preguiça mesmo e depois a coragem vem. — Com o prato em mãos, Jung se sentou no balcão para comer e percebi sua expressão de dor, embora tentasse disfarçar.
— Está doendo, Jung? Eu devia ter sido mais cuidadoso, perdão. — Beijei sua bochecha e deixei um carinho em sua coxa. — Toma um analgésico que alivia.
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Best of me (Yoonseok)
RomanceO silêncio tomou o veículo e só quando paramos no sinal que eu dei uma olhada pelo retrovisor e consegui enxergar o rosto do policial iluminado pela luz branca de um poste mais à frente. Puta merda, foi esse cara que me debruçou no capô do carro e m...