Me encolhi embaixo das cobertas, murmurando ao sentir os braços fortes me envolvendo e apertando-me contra seu corpo quente.— São dez para as sete, Yoonie. Temos que levantar. — Ditou com a voz sonolenta, colocando uma de suas pernas sobre o meu corpo, assim me prendendo ali.
— Dez minutos a mais e eu vou. — Segurei seus braços e o fiz me apertar no abraço.
— Meu Yoonie disse que me ama. — Sussurrou. — Você falou mesmo. — Kim me virou de frente para ele e passou a deixar beijos em meu rosto e boca. — Você disse e ainda disse sem que eu falasse nada! Eu também te amo, Yoonie! Eu te amo pra caralho.
— Namu, está com bafo, cala a boca e para de me beijar. — Peguei uma almofada e a coloquei sobre seu rosto, assim fazendo com que ele se afastasse.
Entretanto, não adiantou muito, afinal Kim havia acordado bem meloso hoje.
— Vou preparar um café da manhã bem gostoso para você, Yoonie. Meu jeito de agradecer por ter se declarado para mim ontem.
— Estou começando a me arrepender.
Dei um sorriso envergonhado ao vê-lo sair todo feliz pela porta. Eu sei que Nam gostava de expor sentimentos com palavras e ficava feliz quando eu fazia o mesmo, mas é raro que eu me sinta confortável para dizer essas coisas. Na verdade, eu bem gostaria de conseguir falar com maior frequência.
Enquanto Kim preparava o café da manhã, me arrastei até o banheiro para tomar um banho rápido. Me troquei e arrumei minha mochila para a aula.
Chegando na cozinha, dei um sorriso ao ver a mesa arrumada com panquecas, frutas cortadas e café.
— Que fofura, Namu. — Abracei sua cintura e apoiei a cabeça em seu peito. — Obrigado.
Kim me apertou no abraço e afagou meus cabelos, não perdendo a oportunidade de me erguer no colo como sempre fazia. Não reclamei, afinal ele demonstrava carinho assim e eu gostava de vê-lo feliz.
— Vou me aproveitar já que está carinhoso hoje. — Afagou meus cabelos e me beijou no rosto algumas vezes, terminando com um selar na testa.
Todavia, o aperto de um abraço me causou uma dor aguda na parte superior do abdômen, parecida com uma que eu havia sentido há algum tempo atrás, só que agora mais forte, o que fez com que eu me encolhesse em reflexo.
— Namu, me coloca no chão rapidinho. — Pedi.
Massageei o local, fazendo uma careta, enquanto a pontada parecia ainda mais dolorosa.
— Yoonie, o que você tem? — Seu tom era preocupado. — Está parecendo um fantasma de tão pálido. Eu apertei muito forte? Desculpe. — O moreno me guiou para que eu sentasse na cadeira e ficou me encarando.
Massageei o local dolorido, precisando de alguns instantes para que a dor alivisse.
— Passou. — Falei com um tom mais tranquilo. — Senta, Namu, vamos comer. — Pus uma panqueca em seu prato e outra no meu.
Nam manteve o olhar preocupado durante toda a refeição, sempre perguntando se eu estava bem mesmo e se oferecendo para me levar ao médico.
— Que médico o quê? Provavelmente são gases ou alguma coisa do tipo. Não precisa se preocupar.
O tranquilizei e coloquei um cubinho de manga em sua boca, sorrindo abertamente pelo seu jeito preocupado e cuidadoso.
— É sério, se fosse alguma coisa eu iria ao médico. Fica tranquilo, grandão. — Odiava que Namjoon ficasse preocupado comigo, afinal ele sempre foi muito cuidadoso. Kim se oferece para pagar as coisas e me trata como um irmão mais novo, apesar de sermos da mesma idade. Quando mais novos eu brincava que ele era meu pai, afinal cuidava de mim como se fosse.
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Best of me (Yoonseok)
RomansaO silêncio tomou o veículo e só quando paramos no sinal que eu dei uma olhada pelo retrovisor e consegui enxergar o rosto do policial iluminado pela luz branca de um poste mais à frente. Puta merda, foi esse cara que me debruçou no capô do carro e m...