60 - Na saúde e na doença

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   Após o jantar, eu ainda estava incrédulo com o singelo presente da família Kim e me recusava a acreditar que era real.

— Esse não é o caminho de casa, Namu. — Comentei ao ver ele virar em uma curva desconhecida enquanto nos levava para casa.

— Eu sei, nós vamos visitar o seu apartamento novo, baixinho. Só te mostrando para você acreditar.

— É sério, a brincadeira não tem mais graça.

Envolvi a cintura de Jung com um braço e ele se aconchegou em meu ombro, já adormecido por conta do álcool que havia tomado no jantar.

Parando com o carro na frente de um prédio bem alto no centro de Seul, Kim me entregou um papelzinho com alguns números escritos.

— O que é isto? É para eu jogar na loteria?

— É a senha da porta da sua casa, tonto. — Olhei os números ali e neguei com a cabeça. A família Kim me influenciou a entrar no prédio e subimos até o décimo sétimo andar, mais especificamente a cobertura.

— Bem vindo ao seu novo lar, Yoonie. — Kim se ofereceu para abrir a porta, revelando uma cobertura inteira com poucos móveis como estantes e um sofá na sala.

— Olha, se quiser você pode morar com o seu namorado desmaiado na casa dele e colocar esse para alugar. Enfim, o apartamento é seu e pode fazer o que quiser com ele. — Jieun em abraçou forte.

Apesar do horário tardio, escolhemos comprar mais algumas garrafas de soju para finalizar a noite e inaugurar a cobertura.

Ainda era difícil explicar como me sentia diante daquela situação. Eu não iria mais para a faculdade, finalmente tudo aquilo teve fim. Eu tinha um namorado que não era um fodido tóxico como as pessoas que me relacionei anteriormente. E por fim, eu tinha a porra de uma cobertura luxuosa no centro de Seul! Puta merda, eu sou um filhinho de mamãe mimado sim! Que felicidade.

Tomei o último gole da garrafa que havia sobrado, enquanto arrumávamos tudo para sair dali. Eu bem que gostaria de passar a noite naquele paraíso, mas tínhamos um gatinho nos esperando em casa e eu não queria deixa-lo só até amanhã.

— Ei, braquelinho. — Jung me chamou com a voz rouca. Suas bochechas estavam avermelhadas por causa do álcool e ele andava cambaleando junto de nós pelo corredor que dava para o elevador.

— Eu? — Dei uma risada. — Precisa de alguma coisa?

— Você mesmo. Por acaso tem namorado? — Me deu espaço para que eu entrasse primeiro no elevador, segurando a porta para que todos entrassem também.

— Eu tenho sim. — Segurei o riso ao perceber o estado que apenas um pouco de soju havia deixado o meu namorado.

— Hum, pois agora tem dois. Ou melhor, termine com ele! Eu tenho ciúmes. Você é o homem mais lindo que já vi na vida e o dono dos olhos mais maravilhosos. Saiba que sou policial e posso te prender caso me desobedeça.

— Tudo bem, oficial, eu irei obedecer e terminar com o meu namorado, para ficar com você.

— Isso que é ser um homem apaixonado. — Kim comentou dando uma risada, enquanto suas mães apenas olhavam a situação.

Enquanto Kim levava as mães no carro, Jung e eu voltamos para casa de táxi e ele fez questão de ficar o caminho todo dando em cima de mim.

— Senhor, sabia que vamos nos casar? Eu tenho o noivo mais lindo do mundo. Quer saber? O senhor está convidado para o casamento!

Dei uma risada, vendo o taxista fazer o mesmo.

Em determinado momento, Jung se deitou no banco de trás com a cabeça em meu colo e eu acariciei seus cabelos, enquanto esperava que chegássemos em sua casa.

Best of me (Yoonseok)Onde histórias criam vida. Descubra agora