37 - Está querendo apanhar?

19 3 1
                                    

   — Namu, solta ele! — Tentei puxar seus braços, mas Kim parecia enraivecido demais para me ouvir.

   — Ei, Kim, você está louco, porra? — Jung afastou Namjoon se cima dele, levantando do sofá em seguida. — Onde que eu machuquei ele?

   — Joonie, fica calmo, sem violência, por favor. — Felix puxou Kim para perto dele.

   — Acha que eu sou idiota? Meu baixinho tem cinco dedos marcados na cara. Eu vou acabar contigo.

   — Ai, caralho. — Jung coçou a própria nuca. — Kim, acontece que o Yoongie-

   — Quieto, Jung. — O cutuquei, sentindo meu rosto esquentar só de imaginar aquela exposição toda.

   — Amor, ou a gente conta, ou o seu grandão aí vai amassar a minha cara. O que vale mais? A sua dignidade ou a integridade do seu namorido?

   Suspirei fundo, sem saber como administrar aquela situação.

   — Que inferno, então conta. — Cruzei os braços, agora com um bico do tamanho do mundo.

   — Na nossa intimidade o Yoongie gosta de apanhar, Kim. Você deveria saber disso.

   Olhei para Namjoon que pareceu mais calmo após ouvir a explicação, embora ainda estivesse com uma pulga atrás da orelha.

   — No rosto? — Kim perguntou após um momento de silêncio.

    — Como assim "Você deveria saber disso"? Que porra é essa Kim Namjoon? — Cruzou os braços, olhando enraivecido para o namorado.

    — Ah, Lix, eu... Yoongi e eu já... Não fica bravo, por favor.

    — Vocês já o quê? Fala.

    — Antes de namorarmos, Yoongi e eu apagávamos o fogo um do outro, Lix. Mas é passado.

    — E você ainda mora com ele. — Lee pareceu incrédulo e enraivecido ao mesmo tempo.

    — Caralho, Jung. — Kim o olhou bravo.

    — Foi mal, eu achei que ele soubesse. Ei, Lee, não fica bravo. Quer dizer, eu também fiquei chocado quando descobri, mas olha, eu confio no meu Yoongie. Ele nunca me deu motivos para duvidar dele. Se os dois dizem que não tem mais nada, então eu acredito.

    Assenti. — É verdade, Lee, desde que Jung me pediu em namoro pela primeira vez, Namu e eu nunca tivemos mais nada. Digo, ele meio que pediu para ser o namoradinho dele há alguns meses e começamos algo mais sério. Sabe? Antes do pedido oficial.

    — Como eu vou ter certeza que vocês não vão ficar com fogo e se aliviar juntos quando estiverem sozinhos?

    — Ao menos que coloque uma câmera monitorando o Namu vinte e quatro horas por dia, não vai ter como saber. Vocês dois precisam confiar na gente.

     — Jung, vai me dizer que não tem ciúmes? Isso é loucura. — Lee o cutucou. — Quer dizer, não quero balançar o relacionamento de vocês, mas é, no mínimo, estranho.

     — Olha, o Seok ainda estava resolvendo pendências da relação antiga quando nos apaixonamos. Havia o risco de eu estar com um par de chifres enorme na cabeça ao ponto de não conseguir passar na porta, mas eu gostava dele e confiava. Ficar em cima da pessoa não vai impedir ela de trair, nós precisamos confiar ou terminar.

     — Lix, loirinho, não termina comigo, por favor. Eu te amo, sabe que eu te amo, não é? Sou boiola em você faz tempo e te apresentei para as minhas mães. Por favor, meu miudinho. Eu sou seu gado, quer que eu tatue seu nome no braço? Eu tatuo! Ou melhor, tatuo na testa! É sério.

Best of me (Yoonseok)Onde histórias criam vida. Descubra agora