– Bom dia raio de Sol – uma voz feminina penetrou os ouvidos de Penelape.
O dia brilhava lá fora, iluminando todo o quarto onde estava. Uma Mavie radiante sentada aos pés da cama a encarava.
– Achei que nunca fosse acordar.
– Quanto tempo eu dormi? – Penelape grunhiu, tentando fazer seus olhos se acostumarem com a claridade. Levou a mão até a cabeça, um latejar insistente ainda a deixava zonza.
Se sentou fazendo os cobertores escorregarem até sua cintura, vestia apenas sua regata branca e calcinha. Confusão deve ter transparecido em seu rosto, pois Mavie comentou.
– Tirei suas roupas ontem – ela piscou maliciosamente – Mas não se preocupe, melhor eu do que o bonitão no seu sofá.
– O que? – Penelape deu um pulo da cama fazendo pontos pretos invadirem sua visão. Cambaleou e Mavie a pegou.
– Calma lá. Ontem foi uma noite e tanto em. – Ela ajudou Penelape a se sentar novamente – Se não tivesse chego a tempo, poderia jurar que você saiu para encher a cara e tentou transar com algum doido pela cidade.
Penelape grunhiu de frustração.
– Você acordou rosnando bastante hoje – Mavie comentou divertida – Certeza que é aqueles dias. Sabe, hoje em dia já existem métodos para se livrar desses contratempos...
– Cale a boca Mavis. Me irritando logo cedo. – Penelape a interrompeu. – Ontem foi um dia de merda. Na verdade, faz dois dias que está sendo uma merda... E, isso é cheiro de bacon vindo da minha cozinha?
Penelape se levantou com cuidado dessa vez.
Quem estava em sua cozinha? Pensou. Mavis falou algo sobre "bonitão no meu sofá". Só podia ser...
– Vanguard! – ela disse com tamanha surpresa ao entrar em sua cozinha, e ele, ao fogão, servir três pratos com ovos e bacon. Teve direito até a um café servido na bancada para eles.
– Fiz o café, imaginei que estaria com fome a essa hora – disse sorrindo para Penelape. Seus olhos desceram até suas pernas nuas e se demoraram ali por uns minutos antes de desviar o olhar e se virar para terminar o café da manhã.
Rubor subiu pelo seu pescoço. Seu cabelo devia estar um horror, ela ainda sentia cheiro de sangue em si.
Em uma forma desesperada começou a passar as mãos pelo cabelo para tentar arrumá-los.
– Relaxa, seu cabelo não está um ninho de ratos – Mavis sussurrou em seu ouvido – Mas deveria cuidar com o mau hálito matinal.
Mavie foi sentar-se à bancada, balançando a mão em frente ao nariz.
Penelape a fuzilou com o olhar, checando o mau hálito disfarçadamente. É, realmente estava ruim.
– O que está fazendo Penelape? – Vanguard a chamou, um brilho de divertimento em seus olhos por tê-la pego no flagra – Venha sente-se.
Ela se sentou, constrangida.
– Vocês dois são estranhos – Mavie comentou, despedaçando um pedaço de bacon entre os dedos.
Penelape bebericou seu café e esperou Vanguard se sentar à bancada. Então perguntou.
– O que aconteceu depois que apaguei ontem? E porque você está aqui? – Ela indicou Mavie, encarando Vanguard logo em seguida – E você no meu sofá? Sinto que perdi alguma coisa.
– E como perdeu. – Mavie tomou um gole de seu café, retorceu os lábios e o deixou de lado – Você faz muitas perguntas logo cedo.
– Sem tempo Mavis...
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Demônio de Néon
Science Fiction"Em algum lugar entre os arranha-céus uma criatura de olhos vermelhos uivou, e uma garota de cabelos azuis olhou em direção a janela assustada. Uma raposa de olhos brilhantes como o fogo era enjaulada ao lado de uma garota que foi enganada. O sangue...
