Eles passaram pelas portas duplas de aço, saindo da sala dos cilindros. Daxton se virou para o painel ao lado da porta e atirou, interrompendo a passagem daqueles que tentavam segui-los.
As luzes vermelhas deixavam os corredores com um aspecto sangrento, como se tivesse acontecido uma chacina e o sangue tomado conta de todas as partes.
O peso da mulher as costas de Penelape, fazia lágrimas borrar os cantos de seus olhos. Ela a empurrou mais para cima, agarrando fortemente suas coxas para que não caísse. Sua pele ainda estava escorregadia por causa da água.
Duas pessoas uniformizadas viraram o corredor. Quando seus olhos encontraram os dois, Daxton atirou, acertando o peito de cada um, os matando.
Ele corria à frente de Penelape, virando nos corredores, como se soubesse para onde estava indo.
– Você sabe onde está nos levando? – Ela gritou por cima do som do alarme.
– Precisamos achar um lugar seguro e mais acima do solo. Assim consigo mandar uma mensagem para Skylar.
Penelape segurou ambas as pernas da mulher com um dos braços, levou a mão até o dispositivo em sua cabeça. O mapa brilhou à sua frente, mas ele continuava sem sinal.
– Como isso é possível? – Franziu o cenho, o desligando – Meu dispositivo continua funcionando, mas se tentar usar o mapa para se localizar ele não funciona.
– Esse lugar não está no mapa.
– Mas pelo menos o sinal das ruas de QuantumBurg acima deveria aparecer.
– Esse lugar não está no mapa, Penelape. – A voz dele estava carregada de tensão.
Tudo bem, ela havia os colocado em perigo, de novo. Mas talvez nem tenha sido ela a culpada. Só era mais fácil se culpar do que encarar a verdade bem diante de seu nariz.
Penelape parou.
Daxton se virou para ela.
– O que está fazendo? Precisamos ir. – Uma ruga de preocupação se formou em seu rosto.
– Como você sabe para onde precisamos ir?
– Penelape, como assim?
Ela sentia seu coração retumbar em seus ouvidos, batia tão fortemente que poderia ser ouvido acima de todo o barulho.
– Como você sabe o caminho para conseguir tirar a gente daqui?
Ele a encarou por um longo segundo. Penelape conseguia ver a armadura se formando diante de si. Daxton estava escondendo muito mais do que deixava transparecer. Ela sentiu algo gelado se revirar em suas entranhas. Não o conhecia como imaginava.
Ela deu dois passos para trás como se tivesse levado um choque de realidade.
– Poppy, por favor. – Sua voz saiu suplicante, ele dizia uma coisa, mas seus olhos demonstraram outra completamente diferente.
– Como você sabe, Vanguard? – Penelape sentiu um bolo se formar em sua garganta. Era difícil respirar, era difícil continuar.
– Eu vou explicar – Ele deu mais um passo para perto dela, fazendo seu corpo se enrijecer em resposta. Ele percebeu – Por favor venha comigo. Só me deixa te manter segura.
Penelape rangeu os dentes, não conseguia esconder como se sentia traída por ele. Havia confiado em Daxton, e ele sabia onde estavam esse tempo todo. Pelos Deuses, ele já andou por esses corredores. Aquilo tudo era uma piada para ele.
Ela tinha duas opções, fugir dele e correr o risco de nunca conseguir sair dali, ou poderia fingir que confiava nele para conseguir ficar a salvo.
Passos ecoaram atrás de Daxton, ele virou a tempo de ver três pessoas entrando no corredor.
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Demônio de Néon
Science Fiction"Em algum lugar entre os arranha-céus uma criatura de olhos vermelhos uivou, e uma garota de cabelos azuis olhou em direção a janela assustada. Uma raposa de olhos brilhantes como o fogo era enjaulada ao lado de uma garota que foi enganada. O sangue...