2.Selene

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1 ano atrás

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1 ano atrás

🇮🇹 Florença, Itália 🇮🇹

Isso é bem diferente das diversas entrevistas de emprego que já fui. Melissa me disse para levar uma muda de roupa além da que eu já estava usando. E tinha que ser especialmente curta. Considerei várias vezes enquanto arrumava a mochila para vir. Acabei tendo que trancar esse assunto em um lugar da minha mente para não desistir.

— Fique aqui, daqui a nada te chamam. — Melissa diz. Eu apenas assinto e Melissa se vai.

São nove da manhã mas aqui dentro parece que já passa de muito tarde da noite. Há várias mulheres aqui, algumas parecem mais velhas que eu, outras mais novas. Penso em o que levou elas a aceitar isso, mas aí lembro do que me levou a aceitar isso.

— Selene Coppolo. — Ouço me chamarem e caminho até o centro perto do palco com um pole dance no meio.

Tem uma mulher parada ali. Ela está bem vestida e me olha de baixo para cima parecendo me analisar. Ela parece ter uns 30 ou 35 anos.

— Quantos anos tem?

— 20 anos senhora. — Ela assente.

— O que sabe fazer?

— Sei dançar no pole, fiz aulas por uns três anos mais ou menos.

— Pode ir trocar de roupa e voltar para me mostrar. — Eu assinto. A mulher aponta para uma porta que quando entro descubro ser o banheiro. Por incrível que pareça, está muito limpo. Não me demoro muito, troco de roupa e coloco os saltos extremamente altos que peguei emprestados de Melissa, ela me disse que eu ia precisar.

Quando passo em frente ao grande espelho, olho para mim. Fazia muito tempo que não me via em uma roupa tão curta. Na verdade, em roupa curta nenhuma. Principalmente depois do que aconteceu...

Mando esses pensamentos para longe e saí-o do banheiro.

Subo no palco e uma música começa a tocar. Eu não sabia que ela escolheria a música, mas isso não me abala.

Enquanto a música está no início, penso nos passos que posso fazer com essa batida. É sedutora, envolvendo e esbanja luxúria. Já sei o que fazer!

Dou passos ao redor do pole lentamente, sem pressa. Volto a posição inicial e envolvo um pé no pole e rodopio ao redor dele. Desço de forma sensual e vou até o chão. Mexo os quadris enquanto subo lentamente. Não me esqueço do cabelo, esse é um grande aliado, e o meu crespo cumprido e volumoso costuma ajudar. Trato o pole como se fôssemos íntimos e no fundo rezo para que nossa atuação me renda um novo emprego.

Peito subindo e descendo e a música para.

— É o suficiente. — Ela diz.

— Eu pagava para assistir isso. — Diz outro homem que eu não havia notado que estava ali. Provavelmente entrou enquanto eu dançava. Ele aplaude e olha para a mulher que o olha com uma carranca.

— Menos Luigi, menos. — A mulher revira os olhos e volta a olhar para mim. — Pode ir se trocar e esperar, que eu chamo depois. — Eu assinto.

Volto para o banheiro, me troco e saí-o.

A mulher e o tal Luigi agora discutem. Eu passo por eles sem dizer nada.

Pelos próximos minutos várias mulheres dançam no pole e fazem outras coisas mais. Mas em quase todas, a mulher para a música na metade ou antes.

— Foram todas? — Nós assentimos. — Ótimo.

— Devo dizer que algumas de vocês deveriam investir em outra coisa que não seja essa. — A mulher fala olhando para uma prancheta.

— Das que vieram para a dança só quatro passaram. — Meu coração acelera. E se eu não tiver passado? — As que vieram para dança e não forem chamadas podem abandonar a sala.

— Francis, Antonella, Sarah e... — A essa altura eu já havia perdido a esperança. Não tinha como eu ter passado. Eu já estava me preparando para sair da sala. — Selene. — Eu pisco para ter certeza se ouvi realmente aquilo. Será que havia outra Selene?

— Eu? — Aponto para mim mesma.

— Sim garota, ou seu nome não é Selene?

— É sim. — A mulher assente.

— Bom, eu sou Marina Santini, sejam bem vindas a equipe da Lumiere. Não pensem que essa é uma boate qualquer de quinta. Essa é a melhor e mais famosa boate não só de Florença, mas de toda a Itália. — Marina Santini é intimidante. A forma que fala conosco é de alguém que exige respeito sem realmente ter que falar que quer respeito.

— Vocês começam amanhã. Quero que sejam pontuais. — Nós assentimos.

Saí-o da boate com um certo alívio no corpo. Agora tenho um trabalho!

 Agora tenho um trabalho!

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