Selene Coppolo, uma jovem e talentosa dançarina de 21 anos, brilha sob as luzes da boate mais exclusiva de Florença. O que poucos sabem é que a boate é propriedade de Lúcio Caccini, o implacável capo da máfia italiana. Com 33 anos, Lúcio é um homem...
— O que? — Pergunta Marina com os olhos arregalados.
— Quanto ela vale? — Depois que Marina entende o que acabei de dizer, ela bufa.
— Saturn não está a venda, Lúcio. Ela não é como as outras garotas, tem uma vida fora daqui. — Me incomoda que ela a chame pelo nome de dançarina.
— Todo mundo tem um preço. — Ignoro tudo o que ela fala. Com toda certeza se eu der um cheque recheado, Selene será minha. Vi como ela sorriu para o dinheiro que estava sendo jogado. Ela gosta disso.
— Ela não. — Ela bate o pé. Olho para Marina com a sobrancelha arqueada.
— Sei que é meu chefe. — Ela adianta. — Mas a Selene está fora de questão.
— E quem está dizendo isso?
— Eu estou, Lúcio. Sabemos o que você faz com as mulheres, as destrói. As faz desejar nunca terem cruzado o seu caminho. Então não, a Selene está fora de questão. — Odeio ser contrariado.
— Veremos se ela está tão fora de questão. — Me viro para a parede de vidro observando a boate do alto.
Selene Coppolo será minha. E finalmente terei o que me foi negado naquela noite.
— Lúcio... — Levanto uma mão a calando. Não quero ouvir mais nada. Marina suspira e ouço o som de seus saltos abandonando a suíte.
•••
— Zio! (Tio). — Abraço Zayn. Admiro esse homem na mesma proporção que meu pai. Ele é o braço direito do meu pai.
— Lúcio! — Ele diz caloroso como sempre.
— Ouvi dizer que alguém vai subir de cargo brevemente. — Ele diz como se fosse um segredo. Eu rio.
— Pronto para assumir tudo?
— Sabe que o pai me treinou muito bem.
— Disso não duvido.
— E então como estão as coisas? Muito trabalho?
— Bastante, como sempre. — Suspiro olhando a vista linda da sacada em que estamos. A propriedade dos Caccini sempre foi esplêndida.
— Hmmm, esse olhar me cheira a alguma coisa. — Me viro para ele. Esse homem me conhece bem demais.
— Ela tem nome e sobrenome.
— Ela? — Meu tio ri animado. — E qual é o nome da mulher que anda te deixando assim?
— Selene Coppolo. — Imediatamente me lembro de seus olhos castanhos...e do tapa que a atrevida me deu.
— Hmmm, nunca ouvi esse sobrenome, de que família da máfia ela é? — E ainda tinha essa.
— Ela não é da máfia. — Meu tio faz uma careta.
— Filho, — Ele começa. — está na idade de você se casar já e não acho que o conselho aceitaria uma mulher que não seja da máfia. Sabe que elas são criadas sabendo de tudo sobre esse mundo.
— Não pensava em me casar com Selene. — Digo levantando uma sobrancelha.
— O que pensava em fazer?
— Me divertir. É o que faço. — Meu tio ri e bate em meu ombro.
— Você não muda.
•••
Selene Coppolo 🇮🇹 Florença, Itália 🇮🇹
— Como foi hoje? — Analu pergunta depois de dar uma mordida enorme em seu lanche.
— Muito legal! Aprendemos como tirar sangue da veia. — Analu faz uma careta e eu rio.
Estamos na praça de alimentação de um shopping. Analu passou me pegar na faculdade e disse que estava com saudades do lanche daqui, então, cá estamos nós.
— Fico tão feliz por te ver assim, fazendo o que gosta. — Eu sorrio meiga.
— Está sendo um sonho pra mim.
— Isso aquece meu coração! — Ela faz um bico e eu rio.
— Mas bom... — Eu tusso. — ...como foi reencontrar o Luca? — Analu suspira.
— Ele agiu como se eu fosse uma doença contagiosa, apertou minha mão e a soltou logo em seguida.
— Sinto muito! — Analu é uma pessoa incrível e não merece sofrer por ninguém.
— Está tudo bem, não vai acontecer nada nesse um mês. — Eu assinto.
O foco da nossa conversa muda e voltamos a comer enquanto fofocamos. __________________________________
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