Selene Coppolo, uma jovem e talentosa dançarina de 21 anos, brilha sob as luzes da boate mais exclusiva de Florença. O que poucos sabem é que a boate é propriedade de Lúcio Caccini, o implacável capo da máfia italiana. Com 33 anos, Lúcio é um homem...
— Me avisaram que você tentou fugir... — Lúcio se aproxima, tirando seu casaco e arregaçando as mangas de sua camisa. Eu tremo, ele está tranquilo demais.
— Quero ir embora! Você me trouxe aqui contra minha vontade! — Esbravejo mesmo tremendo até a espinha.
— Não grita comigo, Selene. — Em um movimento rápido Lúcio agarra minha mandíbula. Ele me levanta levemente do chão e olha em meus olhos. — Eu estava tão feliz! Você estava se comportando, mas decidiu estragar tudo. — O Lúcio calmo do início agora já abandonou seu corpo. Posso ver cada centímetro dele se dilatar por raiva.
— Acho que você precisa de um castigo. — Um sorriso diabólico toma sua face e eu engulo em seco. — Vai se lembrar de nunca mais me desobedecer. — Ele me solta no chão com força e logo em seguida agarra meus cabelos me puxando para fora do quarto.
— Lúcio! Está me machucando. — Eu digo, lágrimas inundando meus olhos.
— Acredite querida, ainda vou machucar mais que isso. — Passamos por um corredor meio iluminado. E ele para em frente a uma porta com fechadura digital. Eu nem sabia que essa parte da casa existia.
Ele digita a senha e faz reconhecimento facial. Quando a porta abre, ele volta a me puxar. E só me solta quando estamos dentro da sala.
Ele me arremessa com tudo no chão. Não me atrevo a levantar. Apenas olhos ao redor e o pânico toma conta de mim quando percebo as diversas ferramentas na parede.
— Esse é um lugar que você nunca deveria pisar, Selene. Mas você me obriga. — Lúcio caminha até uma das paredes, olha e toca as ferramentas.
— Queria ter que usar outros métodos. — Ele se vira para mim com um chicote nas mãos.
Eu tremo e me arrasto para trás.
— Lúcio, por favor não! — Ele se abaixa e toca meu rosto.
— Eu também pedi para você se comportar não pedi? — Não respondo. — Não pedi? — Ele pergunta entredentes apertando novamente minha mandíbula. Eu abano positivamente a cabeça.
— Mas você não fez isso. Estava fingindo, fingindo para mim, Selene! — Ele solta meu rosto com força me fazendo virar o rosto para o outro lado.
Lúcio rasga minha saída de praia e se levanta me arrastando com ele.Vejo aonde ele está me levanto e me desespero ainda mais. É uma especie de cadeira, daquelas de ginásio em que você se deita. E ao lado tem dois pilares curtos com algemas presas.
— O que vai fazer Lúcio? — Ele me joga na cadeira, me coloca de costas e puxa meu pulso para o prender. — Lúcio, por favor. — Imploro.
Ele não me responde, simplesmente vai para o outro lado e prende meu pulso.
— Até você entender que é minha, isso vai acontecer muitas vezes. — Ele se levanta.
Eu choro sentindo dor pela posição. Ele não tem o direito de fazer isso comigo.
— Vou te dar dez chicotadas, e se você reclamar ou chorar alto, eu começo do zero. — Engulo o choro imediatamente. Mordendo os lábios com toda força possível.
Há um minuto de silêncio até que sinto uma fisgada de dor em minhas costas nuas.
— Uma. — Ouço ele contar. Tenho que apertar meus lábios ao máximo para não gritar. — Duas. — Pressiono os olhos. — Três. — Eu grito não aguentando a dor.
Choro copiosamente enquanto Lúcio diz que vai começar do zero.
Quando não paro de chorar, Lúcio para de contar e apenas deixa o chicote se familiarizar com minhas costas.
Quando paro de emitir qualquer som pela boca e apenas as lágrimas rolam pelo meu rosto, vejo Lúcio abrir as algemas que prendem meus pulsos.
Estou sem forças, meus olhos estão pesados e o soluço é mais doloroso.
Minha visão começa a se misturar com o preto e imagens de Lúcio.
— Selene? Selene? Me responde. — Lúcio grita mas não tenho forças nem quando ele parece ameaçador demais para eu não o obedecer.
Respiro pesadamente enquanto sinto minhas costas em carne viva. E Lúcio tocando nelas as faz ficar mais doloridas ainda.
E eu apago. Desejando que seja o último suspiro.
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