53.Lúcio

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🇮🇹 Sicília, Itália 🇮🇹

Dois dias depois, o desgraçado finalmente mandou a localização, estou a caminho de lá e como ele pediu, aparento estar sozinho, sem armas e sem soldados.

É um galpão no meio do nada, tem dois homens parados na porta. Caminho até eles que me vasculham sem dizer nada e depois liberam minha entrada.

Frederic está sentado em uma cadeira de frente para uma mesa com um tabuleiro de xadrez em cima.

Franzo o cenho, mas me aproximo e me sento na cadeira livre.

— Lúcio Caccini. — Ele diz. Consigo identificar algo como escárnio em sua voz.

— Frederic Gales. — Respondo.

— Vamos jogar? — Ele sugere. Olho para ele atentamente, o que esse desgraçado está fazendo?

Movo a primeira peça.

— Porquê me chamou aqui? Pra jogar xadrez? Não achei que fosse tão solitário. — Pergunto bloqueando seu primeiro ataque. Frederic sorri.

— Você é sempre tão apressado? — Ele sorri de lado para mim.

Bufo movendo mais uma peça.

— É bom no xadrez, quem te ensinou? O velho Fillipo?

— O melhor. — Digo.

— Quem me ensinou foi a empregada da casa, já que você não se importou em perguntar.

— Estamos aqui para falar sobre sua infância deprimente?

— Ohh, essa doeu. — Ele diz colocando a mão no peito enquanto me observa mover um cavalo.

O olho com tédio e espero ele mover as peças dele.

— Quer saber o que quero, não quer? — Assinto.

Ele sorri.

— Só quando o jogo acabar.

•••

Selene Coppolo
🇮🇹 Florença, Itália 🇮🇹

— Selene, posso fazer uma pergunta? — Levanto meus olhos para Luce e assinto.

— Você confia em Lúcio? — Franzo o cenho com sua pergunta.

— Como assim? — Luce respira fundo e pisca os olhos.

— Sei lá, ele é da máfia.

— Sua família inteira é da máfia Luce. — A lembro.

— Era, não sobrou ninguém.

— Seu pai ainda está vivo, Luce.

— Não temos tanta certeza.

— Aonde quer chegar com isso?

— A nenhum lugar. Foi apenas uma pergunta, desculpa se ofendi. — Eu assinto deixando para lá o assunto.

Luce se levanta e vai até uma das prateleiras.
A observo enquanto dedilha as lombadas de alguns livros. Luce é alguém tranquila, ela raramente fala de sua família, fala mais dela e sempre que o assunto 'família' surge na conversa, ela muda de assunto ou se mostra desconfortável. Também nunca mais falou do homem que ela amava, ela simplesmente disse que ele quebrou-lhe o coração. Senti tanto por ela. Mas achei melhor que minha situação inicial, presa contra a própria vontade.

Era melhor que ela continuasse com o coração quebrado. E imagino como esse homem era, na verdade, eu acho que todos os homens da máfia são iguais, frios e que fazem de tudo para ter o que querem. Não desejo isso à mais ninguém. E talvez ela não entenda agora, mas foi melhor pra ela.

— Gostei desse. — Ela me mostra um livro com grossura média. — 'O vampiro que não me ama'  — Ela lê o título. — Parece interessante. — Eu concordo.

Nós continuamos a ler até a quase a hora de Lúcio voltar para casa. Mas dessa vez, fiquei esperando e nada dele aparecer. De repente fui acometida por uma preocupação estranha. Estava preocupada com Lúcio. Preocupada se algo aconteceu com ele.

Isso é estranho.

Engulo em seco tentando fazer essa sensação ir embora junto.

Engulo em seco tentando fazer essa sensação ir embora junto

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Perdoem o capítulo curto igual roupa de quenga😔.
Estou com bloqueio!! Mas prometo que logo, logo isso passa.
Vou até maneirar na meta.
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