🇮🇹 Sicília, Itália 🇮🇹
Dois dias depois, o desgraçado finalmente mandou a localização, estou a caminho de lá e como ele pediu, aparento estar sozinho, sem armas e sem soldados.
É um galpão no meio do nada, tem dois homens parados na porta. Caminho até eles que me vasculham sem dizer nada e depois liberam minha entrada.
Frederic está sentado em uma cadeira de frente para uma mesa com um tabuleiro de xadrez em cima.
Franzo o cenho, mas me aproximo e me sento na cadeira livre.
— Lúcio Caccini. — Ele diz. Consigo identificar algo como escárnio em sua voz.
— Frederic Gales. — Respondo.
— Vamos jogar? — Ele sugere. Olho para ele atentamente, o que esse desgraçado está fazendo?
Movo a primeira peça.
— Porquê me chamou aqui? Pra jogar xadrez? Não achei que fosse tão solitário. — Pergunto bloqueando seu primeiro ataque. Frederic sorri.
— Você é sempre tão apressado? — Ele sorri de lado para mim.
Bufo movendo mais uma peça.
— É bom no xadrez, quem te ensinou? O velho Fillipo?
— O melhor. — Digo.
— Quem me ensinou foi a empregada da casa, já que você não se importou em perguntar.
— Estamos aqui para falar sobre sua infância deprimente?
— Ohh, essa doeu. — Ele diz colocando a mão no peito enquanto me observa mover um cavalo.
O olho com tédio e espero ele mover as peças dele.
— Quer saber o que quero, não quer? — Assinto.
Ele sorri.
— Só quando o jogo acabar.
•••
Selene Coppolo
🇮🇹 Florença, Itália 🇮🇹— Selene, posso fazer uma pergunta? — Levanto meus olhos para Luce e assinto.
— Você confia em Lúcio? — Franzo o cenho com sua pergunta.
— Como assim? — Luce respira fundo e pisca os olhos.
— Sei lá, ele é da máfia.
— Sua família inteira é da máfia Luce. — A lembro.
— Era, não sobrou ninguém.
— Seu pai ainda está vivo, Luce.
— Não temos tanta certeza.
— Aonde quer chegar com isso?
— A nenhum lugar. Foi apenas uma pergunta, desculpa se ofendi. — Eu assinto deixando para lá o assunto.
Luce se levanta e vai até uma das prateleiras.
A observo enquanto dedilha as lombadas de alguns livros. Luce é alguém tranquila, ela raramente fala de sua família, fala mais dela e sempre que o assunto 'família' surge na conversa, ela muda de assunto ou se mostra desconfortável. Também nunca mais falou do homem que ela amava, ela simplesmente disse que ele quebrou-lhe o coração. Senti tanto por ela. Mas achei melhor que minha situação inicial, presa contra a própria vontade.Era melhor que ela continuasse com o coração quebrado. E imagino como esse homem era, na verdade, eu acho que todos os homens da máfia são iguais, frios e que fazem de tudo para ter o que querem. Não desejo isso à mais ninguém. E talvez ela não entenda agora, mas foi melhor pra ela.
— Gostei desse. — Ela me mostra um livro com grossura média. — 'O vampiro que não me ama' — Ela lê o título. — Parece interessante. — Eu concordo.
Nós continuamos a ler até a quase a hora de Lúcio voltar para casa. Mas dessa vez, fiquei esperando e nada dele aparecer. De repente fui acometida por uma preocupação estranha. Estava preocupada com Lúcio. Preocupada se algo aconteceu com ele.
Isso é estranho.
Engulo em seco tentando fazer essa sensação ir embora junto.
Perdoem o capítulo curto igual roupa de quenga😔.
Estou com bloqueio!! Mas prometo que logo, logo isso passa.
Vou até maneirar na meta.
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Nas mãos do Mafioso
RomanceSelene Coppolo, uma jovem e talentosa dançarina de 21 anos, brilha sob as luzes da boate mais exclusiva de Florença. O que poucos sabem é que a boate é propriedade de Lúcio Caccini, o implacável capo da máfia italiana. Com 33 anos, Lúcio é um homem...