36.Selene

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🇮🇹 Florença, Itália 🇮🇹

— Porque demorou tanto? — Lúcio pergunta assim que fecha a porta do quarto.

— Estava fervendo água para tomar um chá e Analu apareceu na cozinha, ficamos conversando enquanto esperava. — Digo tudo rapidamente.

— Fiquei te esperando. — Ele vêm até mim e acomete meu lábios com um beijo selvagem e fogoso.

•••

— Aqui, querida, levei esses catálogos de móveis para você escolher, Lúcio disse que essa parte ficaria por sua conta. — Minha sogra, Júlia me entrega alguns catálogos enquanto tomamos o café da manhã.

Eu olho para Lúcio que está alheio à mim e me volto para ela.

Se eu me negar a fazer isso vai ser estranho, afinal para eles eu era uma mulher apaixonada por Lúcio.

Limpei a garganta e sorri-lhe começando a folhear.

Olhei alguns móveis realmente bonitos mas os preços me incomodavam. E acho que não consegui esconder isso. Sou translúcida demais.

— Não se preocupe com os preços, querida. — Lúcio diz. Eu levanto meu olho para ele que estava sentado na cadeira de frente para minha e assinto.

Bom, se ele diz...

Acabei marcando muitos móveis e decorações, quando entreguei para Júlia os catálogos ao início da tarde, ela sorriu e disse que eu tinha bom gosto.

Acabei me decidindo por uma decoração clara, a maioria dos móveis era branco e alguns outros em tons de madeira clara. Amei o contraste. Ainda faltavam algumas coisas, que Júlia disse que traria mais catálogos para eu escolher.

Eu agradeci, aquelas horas escolhendo móveis e decorações me distraíram do meu inferno pessoal.

Lúcio não estava em casa.
O que me possibilitou mais algumas horas de tranquilidade e paz.

Limpo uma lágrima teimosa que escorre pelo canto do olho, eu vou fazer alguma coisa para sair daqui, pode ter certeza, só não sei como ainda.

Parada em uma das janelas enormes desta mansão, consigo ver os soldados espalhados pelo tereno, isso é praticamente uma fortaleza, ninguém entra ou saí sem que eles saibam e duvido que quando formos morar só eu e ele será de outra forma.

Presa em uma gaiola dourada, uma gaiola que eu mesma estou decorando. É irônico.

•••

'Nossa' casa ficou pronta, bem antes do que eu desejava. Eu estava receosa.

Mas agora que estamos à caminho de lá, sinto um pavor me invadir.

Uma lágrima rola por minha bochecha sem autorização. Lúcio que está no banco do motorista ao meu lado me olha, mas não diz nada. Mesmo que seja por pouco tempo, ainda sinto o peso do seu olhar.

— Deveria estar feliz, meu anjo, estamos indo para a nossa casa. — Ele sorri se divertindo com meu desespero.

Começo a soluçar, mas me forço a parar de chorar quando Lúcio acaricia minha nádega por cima do vestido leve.

— Vamos ser felizes, meu anjo.

Penso em abrir a porta do carro e me jogar, olho para ver se ela está destrancada, mas um clique me chama atenção, é Lúcio, ele trancou todas as portas.

— Nem pense nisso. — Engulo em seco e fico quieta no lugar.

O resto do trajeto é feito em silêncio, apenas Lúcio que vez ou outra amassava com malícia minhas pernas.

Quando nos aproximamos de um portão grande com detalhes dourados, minha boca quase caiu, se a mansão dos Caccini já era grande e luxuosa, essa é outro nível.

Há vários homens espalhados pelo tereno. Lúcio nem se preocupa em tirar a chave da ignição quando estaciona em frente à casa.

Ele dá a volta e abre a porta para mim, ainda admiro a imponência desta casa.

— Gostou? — Ele passa seus braços por minha cintura me despertando e me fazendo ficar em alerta. — É nossa. — Ele beija a parte lateral da minha cabeça por cima dos caracóis.

Nos puxando para dentro, a porta é aberta por Angélica. Fico aliviada por ter pelo menos um rosto conhecido.

— Sejam bem vindos, sr. e sra.Caccini. — Ela diz.

Lúcio me puxa para passarmos do hall de entrada, mas não deixo de reparar que há um quadro grande com uma foto do dia do nosso casamento.

A sala está enfeitada com todos os móveis que escolhi, vejo a cozinha de onde estou parada por ser conceito aberto, há também fotos minhas espalhadas pela casa e me pergunto como ele as conseguiu. Está tudo muito bonito, quase me esqueço que está é minha prisão.

— Nosso lindo ninho de amor. — No meio da sala Lúcio gira nos próprios calcanhares com os braços abertos.

Me arrepio.

Lúcio me apresenta todos os cantos da casa e faz questão de dizer-me todas as fantasias sujas que deseja fazer comigo nessa casa.

Agora não tinha escapatória, eu e ele sozinhos nessa casa..!

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