19.Selene

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🇮🇹 Florença, Itália 🇮🇹

Meu coração está a mil quando passo pela porta do quarto de Analu. Fecho a porta rapidamente e me prenso contra ela.

Por sorte a morena já dorme em sua cama, senão seriam perguntas sem fim.

Quando me certifico de que o senhor Lúcio não veio atrás de mim, me afasto da porta e vou até a cama. Me sento com cuidado para não acordar Analu e suspiro.

Olho para minhas mãos suadas e as limpo no lençol. Aquele homem só pode ser um louco! O que ele ia fazer? Me beijar?

Eu nunca iria permitir isso, ainda mais um grosso como ele. Eu não permitiria que ele fosse meu primeiro beijo, sim, nunca beijei ninguém!

Além de Tereza ser uma mãe bem...como posso dizer? Manipuladora, ela também era controladora ao extremo. Eu não saía de casa, consequentemente não tinha amigos, era a excluída da sala. Todos tinham grupinhos e amigos, menos eu.

Se Tereza Coppolo me encontrasse mesmo que só dando bom dia para qualquer pessoa da espécie masculina, era problema na certa.

Então eu evitava. Eu poderia ter tido liberdade depois que ela morreu, mas estava ocupada tentando não virar uma sem teto e não morrer de fome e também depois do que aconteceu naquela noite... nem quero pensar nisso.

E foi assim que chegamos aqui, sem nunca ter beijado ninguém e virgem aos vinte e um anos.

E com toda certeza não vai ser esse homem que vai ter essa oportunidade.

Suspiro novamente tentando afastá-lo de meus pensamentos. Me aconchego dentro das cobertas fofas de Analu e fecho os olhos esperando que o sono me abrace logo.

 Me aconchego dentro das cobertas fofas de Analu e fecho os olhos esperando que o sono me abrace logo

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— Bom dia. — Digo descendo as escadas.

— Bom dia, querida, dormiu bem? — Júlia pergunta.

— Otimamente bem, a cama de Ana Lúcia é muito confortável! — Ela assente sorrindo. — Precisa de ajuda em alguma coisa? — Pergunto. Ainda é cedo, a mesa já está posta para o café da manhã, mas Júlia está na cozinha preparando algo.

— Ah não, querida, está tudo pronto. Só preciso que vá acordar Analu. — Eu assinto.

Subo as escadas novamente seguindo pelo corredor extenso.

Paro quando vejo uma porta sendo aberta e dela saindo o senhor Lúcio. Ele também para e me encara de cima à baixo. Não gosto quando faz isso. Eu saí-o do meu transe e continuo andando. Passo por ele sentindo seu perfume amadeirado. Logo cedo e ele já está arrumado.

Entro no quarto de Analu e a vejo dormindo ainda.

— Ana Lúcia? — Chamo sentando ao seu lado na cama. — Acorda. — A abano levemente. — Sua mãe preparou um café da manhã delicioso! — Digo. — Na verdade acho que não foi ela não, mas tanto faz. — Eu rio.

— Foi ela sim — Ana Lúcia boceja se espreguiçando. — ela ama fazer coisas assim quando estamos todos reunidos. — Minha amiga se levanta da cama bastante animada.

— O café da manhã da sua mãe deve ser delicioso! — Eu rio e Analu sorri.

— Depois desses anos todos, mesmo se ela me desse um copo de água para o café da manhã eu beberia com todo o gosto. — Eu sorrio por ver a forma como Analu fala da senhora Júlia.

— Enfim, vou escovar meus dentes. — Eu assinto. Minha amiga some para o banheiro e eu fico sentada na cama. Minutos depois ela volta ao quarto.

— Queria tanto tomar café da manhã com toda família! — Ela faz uma careta. — Mas Lúcio já deve ter ido embora.

— Quando eu estava vindo para o seu quarto, encontrei com ele. — Analu franze o cenho.

— Serio? — Ela vai até o closet e some lá dentro. Minutos depois volta com um vestido rosa e outro azul nas mãos e me mostra.

— O rosa. — Eu aponto e ela assente voltando ao closet. — Sim, mas ele já estava arrumado. — Digo quando ela volta ao quarto.

— Que estranho, Lúcio não passa mais do que um dia aqui. — Analu veste o vestido e penteia o cabelo.

Eu dou de ombros.

— Agora sim. — Ela diz girando a minha frente.

— Vamos. — Ela estica a mão para mim e eu a pego me levantando da cama.

Quando descemos as escadas, Júlia, Fillipo e Lúcio, estão na mesa. Eh, não vai ser um café da manhã fácil.

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