🇮🇹 Sicília, Itália 🇮🇹
O silêncio do hospital era interrompido apenas pelos sons distantes de passos apressados e murmúrios abafados dos corredores.
Estava tudo tão diferente do caos de horas atrás. A adrenalina que me manteve de pé durante o parto de Selene começava a se dissipar, e o peso da realidade caía sobre meus ombros. Eu tinha me tornado pai. Seline e Max, nossos filhos, estavam aqui. Uma sensação de alívio começava a me invadir.
Eu estava ali, parado na sala de espera, encarando o chão frio e tentando organizar meus pensamentos. A responsabilidade que agora carregava era imensa, e a situação entre mim e Selene, complicada.
Mas, por um breve momento, a única coisa que importava era a chegada dos gêmeos. Eu precisava contar à minha família.
Respirei fundo e tirei o celular do bolso.
Deslizei os dedos pelo celular, discando o número de Ana Lúcia primeiro. Ela precisava ser a primeira a saber, era melhor amiga de Selene e madrinha de Seline. A linha chamou duas vezes antes de ela atender.
— Oi, Lúcio... — Sua voz parecia preguiçosa, parecia ter acabado de acordar.
— Analu... — Eu parei por um momento. — Eles nasceram.
Do outro lado, ouvi a linha ficar muda.
— Como assim? Ainda é cedo! — Ouvi sua voz começar a se desesperar. E ao fundo ouvi Luca murmurar. Analu parecia estar se movimentando.
— Eles estão bem, Seline e Max estão bem.
— Graças a Deus. — Ela sussurrou. — E Selene? Como ela está?
— Está cansada, mas está bem.
— Nós estamos indo para o hospital. — Ela disse. — Eu já aviso os outros.
— Eu vos encontro na entrada. — Respondi.
— Já agora, qual é o hospital? — Eu quase quis rir. Sua voz estava afobada e parecia que ela continuava andando de um lado para o outro.
— Principale ospedale della Sicilia.
— Tá bom, já estamos indo. — Ela disse rápido.
Desliguei a chamada.
Minutos depois, assim que cheguei à porta do hospital, vi um carro se aproximar. A primeira a sair foi Ana Lúcia, seu rosto revelando uma mistura de alívio e ansiedade. Logo atrás vinham Marina e Luca, seguidos por Júlia e Fillipo, e por fim, Luigi.
— Lúcio! — Ana Lúcia correu até mim e me abraçou apertado.
— Eles estão bem. — Eu disse, tentando tranquilizá-la novamente. — Seline e Max são fortes. Os dois estão saudáveis.
Marina se aproximou logo em seguida, seus olhos brilhando com emoção.
— Eu mal posso esperar para conhecê-los. — Ela disse, sorrindo.
— Eles estavam com Selene no quarto, mas já estão no berçário. — Eu disse.
— E Selene ainda está descansando.
Júlia e Fillipo ficaram mais atrás, observando com sorrisos contidos. Minha mãe parecia emocionada, como se estivesse prestes a chorar de alegria, enquanto Fillipo assentia com um olhar que demonstrava compreensão.
Luigi, no entanto, veio direto até mim e me abraçou apertado. Fiz uma careta.
— Parabéns, papai. Agora temos uma garotinha para cuidar.
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Nas mãos do Mafioso
Roman d'amourSelene Coppolo, uma jovem e talentosa dançarina de 21 anos, brilha sob as luzes da boate mais exclusiva de Florença. O que poucos sabem é que a boate é propriedade de Lúcio Caccini, o implacável capo da máfia italiana. Com 33 anos, Lúcio é um homem...